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Líder do PMDB, Lira defende aguardar decisão do STF sobre afastamento de Aécio

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Após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, marcar para o dia 11 de outubro o julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade sobre a necessidade de aval do Congresso para o afastamento de parlamentares, o Senado sinalizou que deve aguardar o veredicto dos ministros antes de deliberar sobre o juízo de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O Senado havia marcado uma sessão para a próxima terça-feira, 3, para analisar a decisão que impôs medidas cautelares a Aécio. Mas o Estadão/Broadcast Político apurou que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), irá propor o adiamento dessa discussão para que os senadores aguardem novo entendimento do Supremo sobre o caso, antes de colocaram o tema em plenário. O caso expõe uma crise institucional entre Legislativo e Judiciário.

A ação direta de inconstitucionalidade foi protocolada em 2016 por partidos políticos. O objetivo do pedido é submeter ao crivo do Congresso medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal – como o recolhimento domiciliar noturno – que venham a ser impostas a membros do Legislativo, assim como já acontece nos casos de prisão em flagrante. Aécio poderia vir a ser beneficiado com esse entendimento, uma vez que uma eventual derrubada da decisão pelo plenário do Senado não poderia ser contestada. As legendas também sustentam que medidas judiciais que interfiram no exercício do mandato parlamentar devem ser deliberadas pelo Legislativo.

O possível adiamento deve ser discutido na reunião de líderes de terça-feira, às 14h. Eunício já conta, no entanto, com o apoio de seu partido, o PMDB. “Liguei para o presidente Eunício. Já disse que, em nome do PMDB, a gente concordava inteiramente com essa decisão. Política é assim: negociação, conciliação, bom senso. Esse novo julgamento pode evitar um confronto entre dois Poderes. Ele já tem a posição do maior partido do Senado e ficou agradecido”, afirmou o líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB).

TUCANOS

O acordo não tem agradado a todos. O líder dos tucanos no Senado, Paulo Bauer (SC), defende que os senadores apreciem as sanções judiciais contra o colega de legenda antes mesmo de o Supremo deliberar sobre o assunto. “Vamos imaginar que no dia 11 de outubro o Supremo vote e não acolha essa Adin. Aí a gente faz o quê? Volta no assunto e pede desculpa por ter demorado tanto?”, questionou Bauer.

Ele explica que, mesmo que o entendimento do STF seja favorável ao Senado, os parlamentares terão de analisar especificamente o caso de Aécio, como prevê a ação elaborada por partidos. “A segunda opção: o Supremo acolhe a Adin e nós teremos que votar de qualquer forma. Eu não vejo nenhum motivo ou razão para o Senado transferir a votação da próxima terça para o dia 11”, argumentou. O entendimento é o mesmo da defesa do senador Aécio Neves.

Apesar das divergências, aliados de Aécio em Minas Gerais disseram que sentiram alívio com a sinalização do Supremo. Deputados tucanos como Marcus Pestana e Domingos Sávio, ambos mineiros, defenderam a preservação da harmonia entre os Poderes. Eles defendem que os senadores aguardem a decisão do Supremo.

“O confronto pressupõe que estaria rompida a harmonia entre os Poderes e até o momento o que a gente vê é divergência de opinião. Temos que ter responsabilidade. É um gesto de grandeza do Supremo se dispor a se debruçar sobre o assunto no conjunto de seus membros. Nossa esperança é que tire dali uma decisão com sintonia com a Constituição, que foi, a nosso ver, ignorada ao determinar reclusão parcial ao senador e a suspensão de seu mandato. O que todo mundo deseja é o Supremo votando com bom senso e não com paixões político-ideológicas”, disse Sávio, que preside o diretório estadual do partido.

“Ninguém quer criar uma crise institucional. O combate à corrupção tem que se dar sob a égide da Constituição e não me parece que na decisão da 1ª Turma, por três a dois, os princípios democráticos foram respeitados. Há uma contradição: nós temos um deputado com mandato condenado e preso (Celso Jacob) e temos outro parlamentar, um senador (Aécio Neves), que sequer é réu, mas está privado do seu mandato. Será que ninguém vê essa inconsistência?”, diz Pestana.

Enquanto o Senado não se pronunciar – e talvez derrubar a suspensão do mandato e a restrição de liberdade – o senador vai cumprir ordem judicial. Aécio está ando os dias na residência parlamentar onde mora em Brasília, por causa da imposição do recolhimento domiciliar à noite. Ele mantém contato direto com advogados e aliados políticos por telefone.

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“Vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país”, diz Lula sobre 6 por 1

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O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que a sua gestão irá aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país e consultar diversos setores do trabalho para tentar alinhar um equilíbrio entre a vida profissional e a qualidade de vida para os trabalhadores.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a escala de seis dias de trabalho por um de folga (6×1) continua fora da pauta de votação do Parlamento brasileiro apesar de ter sido protocolada há mais de dois mseses na Câmara dos Deputados.

Confirme lembra a Agência Brasil, a PEC 6×1, de autoria da deputada federal Erica Hilton (RJ), ganhou força no ano ado por meio da pressão de trabalhadores nas ruas e redes sociais, gerando amplo debate sobre o tema na sociedade e nos meios de comunicação.

O comentário de Lula foi registrado pelo programa Correio Debate, nesta sexta-feira (02/05).

Confira o áudio:

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Benefícios da Lei do Audivisual arão de R$ 300 mi em 2025 para R$ 803 mi em 2026, ano eleitoral

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O Senado Federal aprovou na quarta-feira (30/4) o Projeto de Lei (PL) nº 363/2025 que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente. A decisão destina R$ 15 bilhões a estados e municípios para fomento das culturas locais até 2027. O PL, que ou pela Câmara dos Deputados na segunda-feira (28/04), segue para sanção do presidente Lula.

De acordo com informações publicadas pela Agência Brasil, com as novas regras, a concessão de benefícios da Lei do Audiovisual será limitada a R$ 300 milhões em 2025, com previsão de aumento para R$ 803 milhões em 2026 e R$ 849 milhões em 2027.

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) poderá estabelecer metas e indicadores para o acompanhamento da aplicação dos recursos.

Entre as principais previsões, a medida estabelece a manutenção dos R$ 15 bilhões para o setor cultural, que serão reados aos entes federados pelo Ministério da Cultura (MinC), a retirada do limite de vigência da Aldir Blanc até 2027, assegurando continuidade permanente da política e a obrigatoriedade de execução mínima de 60% dos recursos pelos estados e municípios como critério para novos rees.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, comemorou a aprovação: “É uma vitória. A Aldir Blanc é uma das maiores políticas de incentivo direto à cultura da nossa história. Essa aprovação é essencial para garantir que a cultura siga recebendo o e necessário para seu crescimento e para que os produtores culturais, especialmente os que estão na linha de frente da criação, tenham o a recursos públicos que fortaleçam suas ações.”

O PL também traz a instituição de planos plurianuais para aplicação dos recursos com mais previsibilidade e o fortalecimento dos fundos estaduais e municipais de cultura a partir de 2027.

No campo do audiovisual, o PL prorroga, até 31 de dezembro de 2029, o prazo para utilização dos benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine), anteriormente previsto para acabar no fim deste ano.

O Recine permite a desoneração de tributos federais sobre as compras voltadas à implantação ou modernização de salas de exibição cinematográfica, principalmente em cidades menores ou do interior.

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“Por que ele não foi demitido ainda?”, dispara bolsonarista ao ministro da Previdência, Carlos Lupi

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O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (02/05) para defender a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência.

A manifestação ocorre após vir à tona o escândalo de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)

Na semana ada, a Polícia Federal deflagrou uma operação que revelou um esquema bilionário de desvios e fraudes em aposentadorias e pensões, envolvendo associações de fachada, servidores públicos, propinas e falsificações. O prejuízo estimado entre 2019 e 2024 chega a R$ 6,3 bilhões.

A investigação apontou que milhares de aposentados foram associados sem consentimento e tiveram descontos feitos diretamente nos benefícios pagos pelo INSS

A oposição no Congresso Nacional aponta suposta omissão dolosa do ministro frente ao escândalo. “O que Carlos Lupi pode revelar que assusta o PT? Por que ele não foi demitido ainda?”, disse Cabo Gilberto.

Confira:

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