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Variação salarial entre regiões amplia complexidade no recrutamento de profissionais

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Por Marcelo Olivieri

 

Sabemos que o Brasil é um país de proporções continentais. Sua vasta extensão territorial, assim como sua diversificada cultura, tornam a missão de recrutar extremamente complexa, ainda mais quando adicionamos ao processo a variação salarial que existe mesmo que olhemos para profissionais com o mesmo cargo, mas que atuam em diferentes regiões.

Uma pesquisa realizada pela Love Mondays, comunidade de carreiras voltada à avaliação de empresas, colheu informações de mais de 90 mil pessoas e apontou que a variação salarial no Brasil, dependendo do cargo, chega a ser de 100% de uma região para outra. Cargos de gerência, diretoria e coordenação tem, em média, de R$ 2 a 3 mil reais de diferença.  Se olharmos especificamente para as áreas de marketing e vendas essa variação acontece, principalmente, pela concentração de mão de obra especializada nos grandes centros.

Apesar de a variação salarial ser uma característica que torna o recrutamento uma tarefa delicada, ela não é a única. De modo geral, podemos apontar três particularidades onde as características de uma região para outra interferem na complexidade de recrutar.

A primeira delas é a importação e exportação de talentos, em outras palavras, quando os profissionais são convidados a mudar de região para assumir uma cadeira. A importação de talentos acontece quando as grandes regiões convidam profissionais que estão se destacando em locais periféricos e os trazem para atuar próximos, ou inclusive dentro da sede ou matriz da empresa.

A exportação de talentos acontece na mesma medida e, nesses casos, o representante comercial que esteja se destacando próximo à sede da empresa pode ser enviado para localidades afastadas para desenvolver melhor as condições comerciais da região. Na grande maioria dos casos, esse movimento dos profissionais é entendido como uma promoção, ou um próximo nível de carreira.

A segunda característica marcante é a diversidade cultural de nosso país. Essa variedade de povos, clima, costumes, são uma variável importantíssima no processo de contratar para vagas onde o profissional vai precisar se mudar.

Na Trend Recruitment, nossa maior preocupação é entender a necessidade do cliente e colher um briefing da vaga da maneira mais completa possível. Em um primeiro momento, buscamos sempre encontrar o profissional adequado na mesma cidade ou localização da vaga, até para valorizar a mão de obra local. Quando os talentos estão em outras localidades, nosso compromisso com a assertividade a a ser ainda mais criterioso. Não adianta preencher uma vaga de maneira rápida se não o fizermos de forma duradoura.

Com a diversidade de culturas encontrada no nosso país, é comum, durante o processo seletivo, o profissional se disponibilizar a viajar e se mudar. No entanto, não são todas as pessoas que conseguem se adaptar a uma mudança como essa. É papel do recrutador colocar todas as cartas na mesa e fazer uma análise profunda do candidato para garantir que esse vai conseguir se estabilizar na nova cidade.

A terceira característica que gostaria de destacar é a extensão territorial e a concentração de demanda nos grandes centros. Essa é uma particularidade para o mercado de vendas. Se compararmos representantes comercias de grandes centros com os de regiões mais afastadas, eles irão cobrir extensões territoriais completamente diferentes, mesmo tendo o mesmo número de clientes em carteira.

O constante deslocamento para regiões muito afastadas faz com que esses vendedores, além de raramente estarem na cidade que residem, ainda precisem gerenciar equipes, liderar processos e conduzir a gestão à distância – adicionando um requisito a mais no perfil de contração e atenção ainda maior do recrutador na hora de encontrar a pessoa certa para cada vaga.

Com tantas variáveis e um cenário complexo como esse, o headhunter precisa redobrar a atenção na hora de contratar. A primeira tarefa é conhecer muito bem o mercado para o qual se está recrutando. Depois é preciso conhecer a demanda do cliente e alinhar as expectativas entre a empresa e o profissional. Por fim, é necessário manter um olhar atento ao processo para não deixar nada escapar. São os pequenos detalhes que farão a contratação ser bem sucedida ou não. Precisamos que nossos clientes estejam satisfeitos com a contratação e que os candidatos estejam motivados com todas as mudanças e adaptações que eventualmente eles precisarão ar.

Marcelo Olivieri é formado em Psicologia e possui MBA em Gestão Estratégica. Com mais de 10 anos de experiência no recrutamento especializado nas áreas de marketing e vendas, Olivieri é diretor da Trend Recruitment.

Sobre a Trend Recruitmet
https://www.trendrecruitment.com/pt

A empresa nasceu em março de 2016, com a missão de recrutar especificamente os profissionais nas áreas de vendas, marketing e trade marketing. A Trend atende tanto os cargos de middle management, com vagas para especialistas, coordenadores e gerentes, quanto para o top management, com posições que podem englobar níveis de diretores, vice-presidentes e presidentes. Otrabalho vai da coleta do briefing com o cliente, ando pela análise da cultura da empresa e mapeamento do mercado para buscar os melhores candidatos e acompanhá-los até o fim do processo. Ao longo de todo esse percurso, a empresa diferencia-se por oferecer um trabalho extremamente qualitativo e ágil. A postura consultiva garante ao cliente um atendimento calcado em confiança e resultado, já que as entregas são feitas por um time qualificado, antenado a esse segmento e muito experiente.

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Brasil

Paraíba é o 2º do NE que mais contribuiu para estoque de empregos formais no Brasil, diz Sudene

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De acordo com o Boletim Temático Emprego e Rendimento, lançado nesta quarta-feira (30/04) pela Sudene, o Nordeste concentrou, em 2024, 17% do estoque de empregos formais do País. Os estados que mais contribuíram para a boa performance regional foram Rio Grande Norte, Paraíba, Sergipe e Alagoas. As unidades federativas registraram acréscimo, quando comparado a 2023, de 7,3%, 6,5%, 5,4% e 4,9%, respectivamente. Os vínculos ativos registrados no ano ado foram de 527.070 (RN), 520.348 (PB), 329.235 (SE) e 430.300 (AL). O documento está disponível neste link.

Elaborado pela Coordenação-Geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação da Sudene, o boletim também traz informações sobre o comportamento das atividades econômicas. No período avaliado, o setor de Serviços deteve a maior concentração no estoque de empregos no Nordeste, ficando em 47,1%, percentual que se aproximou ao do País como um todo (47,6%). O Comércio também se destacou como um importante setor empregador, com participações de 24,7% (Nordeste) e 22,8% (Brasil).

A Agropecuária teve uma representatividade menor no estoque de empregos formais, com 3,9% no Brasil e 4,2% no Nordeste. A participação da Indústria foi de 16,3% no Nordeste e de 19,3% no Brasil, enquanto a Construção apresentou uma movimentação inversa, com uma atuação ligeiramente maior no Nordeste (7,7%) em comparação com o Brasil (6,4%). De acordo com a Sudene, estes dois últimos setores ocuparam posições intermediárias em relação ao estoque de empregos.

Na análise territorial, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste identificou um “cluster de concentração de emprego na Região”, especialmente nas capitais e em suas imediações. Esse cenário é atribuído a um “conjunto de fatores econômicos, incluindo economias de aglomeração, maior demanda agregada, investimentos públicos estratégicos e um desenvolvimento histórico que gerou um ambiente de negócios mais dinâmico e atrativo”. Apesar desse cenário, alguns municípios de médio porte do interior compõem um grupo que possui mais de 50 mil e menos de 300 mil empregos, entre eles Feira de Santana (BA), com 142.479 empregos.

Na sequência vêm Campina Grande/PB (106.776), Vitória da Conquista/BA (81.666), Caruaru/PE (81.619), Petrolina/PE (84.043), Mossoró/RN (76.156), Imperatriz/ MA (59.588) e Juazeiro do Norte/CE (51.620). “Certamente uma das questões-chave que respalda este crescimento é a expansão de rede de institutos e universidades federais e estaduais, contribuindo para uma maior oferta de mão de obra qualificada nestes municípios, reforçada pela ampliação da infraestrutura existente”, afirma o economista Miguel Vieira Araújo, da Sudene.

Essas localidades se sobressaem nos setores de comércio e serviços. Em Imperatriz (MA) e em Juazeiro do Norte (BA), por exemplo, a soma desses dois setores atinge 81% do total de empregos formais do município, superior à mesma soma no Brasil (71%) e no Nordeste (72%). Na sequência, vêm Campina Grande/PB (78%), Feira de Santana/BA (74%), Caruaru/PE (73%), (Mossoró/RN (72%) e Vitória da Conquista/BA (70%). Petrolina apresenta um perfil diferente, com a fruticultura se destacando e levando o setor Agropecuário a ser responsável por 30% do total de empregos formais do município, tornando-se o segundo que mais emprega – o primeiro é o de serviços (33%). Em Petrolina, os setores de Comércio e Serviços respondem conjuntamente por 57% do total de empregos.

Além do perfil diferenciado de Petrolina (PE), o boletim chama a atenção para Vitória da Conquista (BA) e Caruaru (PE), que possuem uma proporção do emprego industrial de 19% e 20%, respectivamente. Para Miguel Vieira Araújo, “essas diferenças intrarregionais reforçam a necessidade de que as políticas públicas sejam planejadas levando em consideração as especificidades de cada localidade”. Quanto ao rendimento, em 2024, o Nordeste registrou uma remuneração real média de R$ 2.676,18, 72% da média nacional (R$ 3.706,90).

A Coordenação-Geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação enfatiza, no boletim, que os dados analisados contribuem para identificar tendências de longo prazo, como as transformações na estrutura setorial do emprego, o crescimento real dos salários e a persistência ou redução das desigualdades regionais, fornecendo subsídios para avaliar a eficácia de políticas públicas implementadas e o planejamento de estratégias futuras para um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável na Região. A partir dessas avaliações, “podemos delinear estratégias direcionadas para estimular a criação de empregos de qualidade, fomentar a elevação da renda da população e promover a inclusão social”, enfatiza o economista José Farias, titular da coordenação.

O boletim também traz dados conjunturais com foco no emprego industrial no período de 2013 a 2023. São abordadas informações em relação ao estoque de emprego e remuneração em salários mínimos das atividades econômicas, seguindo a Classificação Brasileira de Ocupações, a partir de dados coletados na base da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Em 2013, o Nordeste correspondia a 18,2% do emprego formal no País, enquanto em 2023 essa porcentagem caiu para 16,4%. Mesmo com a redução a Região manteve a terceira maior concentração de empregos formais, que foi superada pelo Sudeste (aumento de 50,3% para 51,3%) e Sul (crescimento de 17,2% para 18,4%). Em relação à distribuição dos empregos totais por faixas de remuneração em salários mínimos, foi observado um movimento de redução na proporção de empregos na faixa de até 1,00 salário mínimo na maioria das regiões. No Nordeste, essa faixa apresentou uma queda significativa de 34,3% em 2013 para 27,6% em 2023. A faixa salarial de 1,01 a 2,00 salários mínimos remunerava mais da metade dos trabalhadores no Nordeste (57%), no período 2013-2023.

Segundo José Luís Alonso, técnico da Coordenação-Geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação da Sudene, “foi observada a tendência de convergência na parcela de empregados em atividades próprias da indústria do Nordeste em comparação com o Brasil, entre 2013 e 2023. Enquanto no Brasil a parcela de empregados em atividades próprias da indústria ou de 26,3% para 27,5%, um acréscimo de 4,6%, no Nordeste a participação ou de 23,0% para 26,1%, um acréscimo de 13,5%”.

A análise apontou a importância do segmento industrial na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, representado por empregos com melhor remuneração, menor rotatividade, além de serem mais duradouros. Para José Farias, esse cenário reforça a importância da territorialização da Nova Política Industrial Brasileira (NIB). Como integrante do grupo de trabalho da NIB, a Sudene atua para mapear as principais aglomerações industriais da região, os sistemas produtivos existentes e as capacidades locais.

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“Haveremos de fazer uma grande contribuição”, diz Aguinaldo sobre Federação União Progressista

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O deputado federal paraibano Aguinaldo Ribeiro disse considerar um “momento histórico” o anúncio da criação da Federação União Progressista que se configura a partir de então, como o maior bloco do Congresso Nacional.

Aguinaldo se disse “tranquilo e absolutamente esperançoso” sobre a expectativa da possibilidade “de fazer uma grande contribuição […] para o engrandecimento do nosso país

Os comentários do parlamentar foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta quarta-feira (30/04).

Confira o áudio:

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Daniella Ribeiro destaca avanços do programa Antes que Aconteça

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Redação do Portal da Capital

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (29/04), a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) ressaltou os avanços do programa Antes que Aconteça, iniciativa do Congresso Nacional voltada à prevenção da violência contra a mulher. A parlamentar destacou a inauguração da primeira Sala Lilás do programa em João Pessoa e anunciou a abertura da segunda unidade em Campina Grande (PB), além da implantação da primeira Casa de agem, também em João Pessoa, destinada ao acolhimento de mulheres vítimas de violência e seus filhos.

“Essa casa abrigo está fornecendo todas as demandas necessárias para que a mulher se sinta segura. Lá, além da assistência para as crianças, ela também vai contar com apoio ao empreendedorismo feminino, para se recolocar no mercado de trabalho”, afirmou Daniella.

A senadora também mencionou a de um protocolo de intenções no dia 8 de abril, com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), da Procuradoria-Geral da República e da Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados. O acordo vai estruturar e ampliar as ações do Antes que Aconteça, promovendo o à Justiça, inovação, produção de dados, inclusão produtiva e prevenção de crimes contra a mulher.

Daniella fez um apelo à participação dos homens no combate à violência de gênero e enfatizou a necessidade de levar o tema para dentro das escolas, como forma de romper com os ciclos de agressão que afetam também as crianças. A senadora ainda solicitou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que leve o tema à pauta de encontros internacionais, reforçando o compromisso do Brasil com a proteção das mulheres.

Antes que Aconteça

O programa Antes que Aconteça foi criado para garantir recursos para o fortalecimento da rede de apoio às mulheres em situação de violência doméstica, com olhar especial para a prevenção. A iniciativa tem quatro objetivos principais: fortalecer o cumprimento da Lei Maria da Penha, construir políticas públicas de Justiça e segurança pública, ampliar as políticas de o à Justiça para mulheres e de formação, capacitação e produção cientifica em direitos das mulheres.

Fonte: Agência Senado

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