O consórcio responsável pelo alargamento da BR-230 do km 0 ao 28 reduziu o número de frentes de serviços. Apenas o km 4, que fica na entrada de Camboinha II, no município de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, está em execução. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte na Paraíba (Dnit-PB), que contratou a empresa para as obras, a redução aconteceu neste mês e o consórcio alegou motivos istrativos. No entanto, alguns moradores informaram que há pelo menos dois meses não se observa nenhum trabalhador no km 6 – um dos locais onde está sendo construído um dos viadutos e que a obra estava avançada. A previsão é que a princípio a obra deva ser concluída em 2020. No entanto, deve ultraar a estimativa.
Segundo reportagem do jornal Correio da Paraíba, em vários trechos da rodovia federal é possível encontrar diversas estruturas de concreto que serão utilizadas em viadutos. Em algumas delas, a vegetação dos canteiros central e lateral já toma conta. “Antes mesmo de terminar dezembro já não tinha mais ninguém trabalhando aqui”, disse a moradora Antônia Dias, ao se referir ao km 6, na entrada da comunidade Recanto do Poço, em Cabedelo. Para a dona de casa, Thaysa da Silva, ainda há dúvidas sobre a obra. “Parece que vai ser bom para o trânsito, mas por enquanto ainda está muito ruim, tanto para atravessar quanto para quem precisa fazer o retorno”, disse.
Segundo o engenheiro e chefe da unidade local de Santa Rita do Dnit-PB, Rainer Rembrandt, a ausência de trabalhadores é por conta de ajustes istrativos. “A gente até solicitou que abrisse novas frentes, direcionou as frentes que a gente precisava ter início, mas até o momento não colocaram o pessoal para trabalhar”, afirmou, destacando que a obra contava com alguns impedimentos como uma ação judicial que determinava a retirada de postes de iluminação dos trechos alargados (duplicados ou triplicados), que terminou ontem.
Rainer destacou que a vinda do ministro dos Transportes, no início deste mês, serviu para cobrar agilidade das obras. Por se fazer uma obra com a rodovia em funcionamento e ser uma área urbana, o chefe da unidade local informou que o prazo de três anos para conclusão deve ser ultraado. “A princípio estamos trabalhando com esse prazo”, afirmou. Em relação ao percentual em execução chega ser entre 25 e 30%, mas de conclusão da obra não chega a esse número.