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Paraíba

MPPB ajuíza ação de improbidade contra sete réus da Operação ‘Xeque-Mate’

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ingressou, nesta quarta-feira (26), com uma ação civil pública por ato de improbidade istrativa contra sete réus da Operação ‘Xeque-Mate’, entre elas o prefeito afastado Wellington Viana França (Leto Viana), o ex-prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha), o empresário Roberto Santiago e o radialista Fabiano Gomes. A ação tem como objeto a ‘compra de mandato’ de cargo eletivo e requer que a Justiça defira liminares de afastamento da função pública e de indisponibilidade de bens, cumulada com dano moral coletivo.

A ação civil pública foi assinada pelos promotores de Justiça de Cabedelo, Ronaldo José Guerra, Alessandro de Lacerda Siqueira, Guilherme Barros Soares e Rogério Rodrigues Lucas de Oliveira e também tem como alvos o ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Cabedelo, Lucas Santino da Silva; o ex-secretário municipal de comunicação, Olívio Oliveira dos Santos, e Fabrício Magno Marques de Melo Silva.

A ação civil pública baseia-se nas provas obtidas na Operação ‘Xeque-Mate’, deflagrada em abril, pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB) e pela Superintendência de Polícia Federal na Paraíba, para apurar crimes praticados pelos poderes Executivo e Legislativo de Cabedelo, em conluio com empresários e servidores municipais. Ela resultou na prisão do atual prefeito (Leto Viana), do presidente da Câmara de Vereadores (Lúcio José do Nascimento Araújo) e de outros quatro vereadores, além do afastamento de cinco vereadores e de servidores municipais.

Compra de mandato

Conforme explicaram os promotores de Justiça, a ação civil pública tem como objeto a ‘compra de mandato’ de prefeito. “Valendo-se da ‘fragilidade’ de Luceninha (ex-prefeito que estava sendo pressionado por credores a pagar dívidas adquiridas na campanha de 2012), Roberto Santiago, para evitar movimentos inconstantes ou surpresas indesejadas, optou adquirir, ‘comprar’, a gestão e reá-la a Leto Viana, pessoa de sua inteira confiança e amigo de longa data, como estratégia de inibir especialmente qualquer concorrência ao seu interesse e às suas atividades empresariais”, explicou o promotor Ronaldo Guerra.

Conforme apurou o MPPB, o empresário Roberto Santiago participou da compra do mandato de prefeito de Luceninha porque pretendia que o prefeito Leto Viana impedisse a instalação de um shopping center na cidade de Cabedelo. “De fato, até a prisão de Leto, o shopping, a ser edificado pelo conhecido Grupo Marquise, não conseguiu se instalar no município.
A concretização da transação, mediante o pagamento de parte da quantia acordada, ocorreu em 20 de novembro de 2013, quando Roberto Santiago, proprietário da empresa Portal, Leto Viana, então  vice-prefeito de Cabedelo; Lucas Santino, na condição de presidente da Câmara de Cabedelo, Olívio Oliveira, ocupante do cargo de Secretário Municipal de Comunicação e Fabiano Gomes, assessor de comunicação da empresa Portal e responsável pelo marketing da campanha eleitoral de Luceninha, ofereceram, prometeram e concretizaram vantagens patrimoniais indevidas ao então prefeito Luceninha, para que ele renunciasse ao cargo eletivo”, detalhou o promotor.

As vantagens indevidas a Luceninha se concretizaram no pagamento de quantia em dinheiro (espécie) e, outra parte, na reserva de cargos públicos, cujo provimento seria realizado a partir de pessoas indicadas pelo ex-prefeito, totalizando proveito econômico direto e indireto de aproximadamente R$ 5,3 milhões.

Pedidos

Na ação civil pública, a promotoria requer a condenação dos promovidos por ato de improbidade istrativa e a aplicação das seguintes sanções: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente; perda da função pública; suspensão dos direitos políticos por oito anos; pagamento de multa civil; proibição de contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; ressarcimento integral do dano, ficando o valor da causa estimado em R$ 80,6 milhões.

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Paraíba

“Federação é uma jaboticaba brasileira”, diz Jackson por ser contra ampliação da ‘Brasil Esperança’

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O presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, reiterou ser contra ampliação da Federação Brasil Esperança e que a chegada de mais dois partidos iria “bagunçar ainda mais o cenário”.

Segundo Macêdo, na Paraíba, por exemplo, a partir da Federação houve muita divergência nas últimas eleições e “isso foi um problema”.

O comentário do presidente foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta terça-feira (27/05).

Confira o áudio:

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Paraíba

Vereador aprova PL e aperta o cerco contra médicos que não cumprem expediente na Saúde Municipal

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O vereador Guguinha Moov Jampa (PSD), de João Pessoa, decidiu apertar ainda mais o cerco em desfavor de médicos que não cumprem expediente na Rede Municipal de Saúde a partir da aprovação de um Projeto de Lei (PL), nesta terça-feira (27/05), que permite que a população marque consultas pelo aplicativo “João Pessoa na Palma da Mão”, disponibilizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

De acordo com o PL 54/2025, “metade das vagas para consultas médicas disponibilizadas diariamente pelas unidades de saúde descritas no caput deste artigo serão preenchidos de maneira remota através do aplicativo sobredito e a outra metade será preenchida presencialmente pelo usuário na própria unidade de saúde de maneira convencional por ordem de chegada“.

Ainda segundo o PL, “As vagas disponibilizadas por meio do aplicativo serão distribuídas igualitariamente para realizado do atendimento pelo turno da manhã e pelo turno da tarde, atendendo ao quantitativo estabelecido pelo SUS“.

Segundo Guguinha, a partir desta iniciativa, “a população não só vai avaliar o médico depois que acabar a consulta, mas vai dizer que o médico não está. E aí a Secretaria de Saúde tem obrigação de cortar o ponto médico”.

Clique aqui e confira a íntegra do Projeto aprovado.

 

 

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Paraíba

Projeto de Ruy proíbe uso de inteligência artificial em dublagens de obras de audiovisual no Brasil

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O mercado nacional de dublagem, referência mundial pela qualidade e profissionalismo, ganhou um reforço através do novo projeto de lei de autoria do deputado federal Ruy Carneiro. A iniciativa do parlamentar vai proibir o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) na dublagem de obras audiovisuais no Brasil.

O objetivo é proteger o segmento de uma possível desestruturação, diante da crescente adoção de tecnologias automatizadas por grandes plataformas de streaming.

“A inteligência artificial não pode substituir a arte e muito menos os nossos artistas. A dublagem brasileira é um patrimônio cultural, reconhecido internacionalmente. Se aceitarmos ivamente a substituição de profissionais por máquinas, colocamos em risco milhares de empregos e toda uma cadeia produtiva construída com muito esforço ao longo de décadas”, argumenta Ruy.

A proposta veda expressamente o uso de IA para a dublagem de filmes, séries, animações e demais conteúdos audiovisuais exibidos comercialmente em salas de cinema, na televisão aberta e por , além de serviços de vídeo sob demanda e plataformas online. Em audiência pública realizada na Câmara em agosto de 2024, profissionais da dublagem denunciaram a substituição de postos de trabalho e a pressão para contratos que os obrigam a abrir mão de seus direitos sobre a própria voz.

O projeto 2462/2025 prevê sanções para os responsáveis pela veiculação de conteúdos dublados por IA, que vão desde advertência até multa diária de até R$ 50 mil, podendo culminar na suspensão das atividades por até 90 dias, em caso de reincidência.

O texto ainda destaca que, embora a inteligência artificial traga ganhos de produtividade, seu uso descontrolado pode precarizar relações trabalhistas, comprometer a qualidade artística e violar direitos autorais.

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