Nos acompanhe

Artigos

Campanha eleitoral de 22 é ainda mais podre e cheia de violências

Publicado

em

* Por Vinicius Torres Freire

Uma das notícias mais comuns desta campanha eleitoral é a violência. Há alguns assassinatos, pancadarias e ataques como esses liderados por Jair Bolsonaro (PL) contra a jornalista Vera Magalhães.

No mais, qual o “debate”? Ganhar eleitores evangélicos; a tentativa do bolsonarismo de apagar décadas de imundícies contra mulheres e a humanidade; a campanha das cartas democráticas, que amorteceu a ofensiva golpista; o efeito do Auxílio Brasil na votação.

Sim, há realidades que determinam resultados, como o voto de classe e fome, a influência dos novos poderes sociais e políticos, uma nova divisão regional do voto, a propensão dos mais velhos e muito jovens a votar em Lula da Silva (PT). Mas o que é tema de conversa?

Não parece haver uma onda grande de mortes motivada diretamente pela política partidária, apesar de a pistolagem estar solta nos cafundós onde se caçam, à bala, a ferro e a fogo, indígenas, sem-terra e ambientalistas, aquele massacre que fingimos não ser política. Mas há morte político-partidária, há ameaça, há medo, como houve medo de sair à rua no 7 de Setembro do Bicentenário e no de 2021. Há o grande medo de um futuro sob autocratas ignorantes.

Feminismo é um tema, mas por motivos em geral torpes ou degradantes. Bolsonaro afirmou que “pisou na bola” ao dizer um dia que deu uma “fraquejada” por ter uma filha, para em seguida explicar, a sua maneira imbecil e asquerosa, que isso é resultado de uma “brincadeira comum entre homens”. A brincadeira: perguntar se um futuro pai vai ser “consumidor” (de mulheres) ou “fornecedor” (por ter uma filha “para consumo”).

Não é, propriamente, um debate sobre o que fazer de desigualdades, discriminações e opressões diversas contra a diversidade humana.

Em suma, Bolsonaro tenta dar algum golpe a fim de apagar décadas de atrocidades, entre elas ameaças de estupro. Por exemplo, “arrepende-se” por ter “aloprado” quando afirmou não ser coveiro, indiferente ao morticínio que ajudou a promover no pior da epidemia. Foi apenas nisso que “deu uma aloprada” _o restante de sua carreira de crimes contra a decência humana básica não importa.

Mas vemos extensas discussões no comentarismo tolo e oficioso sobre a “moderação” de Bolsonaro na campanha e em debates, uma fraude propagandeada pelo governismo e regentes do Centrão.

O que mais há no “debate público” da eleição, ao menos o mais midiático ou que rende fofoca extensa em rede social? Temos um referendo radical de Bolsonaro, uma espécie de júri popular de Lula e torpezas. Nem corrupção foi bem assunto, apesar de esforços jornalísticos. O PT tem telhado de vidro e prefere não jogar no ventilador a ficha corrida dos Bolsonaro.

Economia? Será assunto de algum acordão ou acordinho, a partir de outubro, se Lula ganhar, ou vai seguir nos solavancos do trem-fantasma do bolsonarismo, talvez decorado com uma caveira de Pinochet, genocida, assassino, falsário e ladrão, mas “liberal”, como dizem alguns economistas.

Nem com a fumaça da Amazônia e do Cerrado empesteando o ar e o mundo rico ameaçando sanções a gente trata de ambiente na campanha. Reforma partidária? O que fazer do Supremo, que segurou algumas pontas nesta era de trevas, mas está muito politizado e fora da casinha? Como mandar militares para o quartel?

Sim, campanhas costumam ser baixas e o nível foi baixando cada vez mais rápido a partir de 2010. A de 2022 é um pote meio vazio e meio cheio de imundície.

Continue Lendo

Artigos

Após quase 20 anos de atuação, Elsinho Carvalho pede desligamento da Assembleia Legislativa

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O advogado Elson Carvalho Filho, conhecido como Elsinho Carvalho, pediu hoje desligamento da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba após duas décadas de atuação no Legislativo paraibano.

Em seu instagram, ele agradeceu aos deputados e deputadas e aos servidores da Casa.

“Hoje encerro um ciclo com o sentimento de gratidão e de dever cumprido. Em nome de Álvaro Dantas e da experiente deputada Chica Motta, agradeço a todos, indistintamente. Muito obrigado pelo convívio e aprendizado ao longo destes anos.”

Elsinho iniciou suas atividades na Assembleia Legislativa prestando assessoria aos deputados Manoel Júnior (in memoriam), Olenka Maranhão, Vital do Rego (hoje ministro e presidente do Tribunal de Contas da União) e a Gervásio Maia.

Depois atuou na Procuradoria da Casa, na Chefia de Gabinete da Presidência e na Chefia da Secretaria do Gabinete da Presidência, por quase dez anos, nas gestões do hoje deputado federal Gervasinho e do atual presidente, Adriano Galdino.

Durante sua trajetória Elsinho participou ativamente da elaboração de importantes projetos de lei que beneficiaram a população paraibana.

Também teve destacada atuação em Comissões Parlamentares de Inquérito – Is, nos projetos de aposentadoria incentivada para os servidores da Casa e em reformas istrativas.

Atencioso, sempre esteve atento à imprensa e aos servidores.

Em sua despedida, recebeu mensagens de carinho e agradecimento de amigos, servidores e deputados.

“Obrigada por ser vir ao povo da Paraíba com tamanho zelo e dedicação”, escreveu a deputada Francisca Motta (Republicanos), avó do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

Já o deputado Anderson Monteiro (MDB) escreveu: “Muito bom ter convivido com o amigo na ALPB. Sucesso.”

Advogado reconhecido no Estado, mantém escritório de advocacia com atuação no direito público, entre outras áreas, há quase 20 anos.

Continue Lendo

Artigos

Pressa para João se definir ativa dilema entre poder e perspectiva de poder

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

*Por Josival Pereira

Uma declaração do deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente estadual do Progressistas, está moendo na imprensa e nas rodas políticas nos últimos dois ou três dias. Foi a defesa para que a chapa da aliança liderada pelo governador João Azevedo seja definida logo. Não houve sinalização de prazo, mas supõem-se que seja com certa urgência.

A fala de Aguinaldo ganhou maior repercussão porque, de forma direta, ele defendeu que o governador decida já se será candidato a senador ou não. Esse é o ponto nevrálgico da coisa.

Não é apenas Aguinaldo que cobra definição mais imediata do governador em relação à candidatura ao Senado. Existem várias vozes neste sentido, incluindo a de aliados e até amigos do governador. Avalia-se que, sem essa definição, João perderia espaços eleitorais e pode correr risco nas urnas.

O problema é que este talvez seja o assunto mais complexo, melindroso e delicado da política estadual. É que a questão tem a ver não apenas com a eleição, mas, sobretudo e essencialmente, com o dilema entre o poder político (ou o poder em marcha para a finalização) e a perspectiva de poder, conceitos que dominam bem os bastidores do ambiente político, embora muitas vezes sejam tratados com demasiada parcimônia.

No caso concreto, o que entra em jogo é que no momento em que o governador João Azevedo anunciar taxativamente, sem nenhuma dúvida, que será candidato a senador, indubitavelmente vai se instalar o processo de finalização de seu governo. Começará a contagem regressiva para a renúncia, que precisará ocorrer até o dia 2 de abril de 2026. Seu poder governamental começará a se esvair a cada mês. Querendo ou não, não demorará que se e a registrar nos dedos a quantidade de meses restante para o fim do governo (10, 9, 8, 7 meses e assim por diante).

Os milhões de investimentos em grandes obras arão a importar menos. Valerá mais a corrida em busca da consolidação de privilégios grupais ou pessoais. Com a decisão plena de candidatura, o poder do governo posto começará a se dissolver. Não adiantam contra-argumentos. Existem centenas de exemplos neste sentido por aí.

Na política, começará a funcionar o que se convencionou chamar de perspectiva de poder. Ocorre quando do ponto de vista temporal o cargo de poder central no município, estado ou no país começa a se aproximar do ungido. Se dá, então, que, automaticamente o futuro detentor do poder a a ser foco de todas as atenções e as soluções sobre contratos, empregos, conflitos e encaminhamento de privilégios já am a ser concentrados no futuro governante e gestor. Trata-se de uma mudança de núcleo de poder quase inevitável.

Pode até ser que o deputado Aguinaldo Ribeiro e os defensores da antecipação de decisão de João nem tenham pensado nisso. Na prática, porém, a decisão final do governador sobre a candidatura ao Senado implica no início da transferência do poder político no Estado. Não foi à-toa, por exemplo, que, recentemente, quando o governador estava de férias, numa visita do vice-governador Lucas Ribeiro a Cajazeiras, o ex-prefeito Zé Aldemir tenha levado um grupo de servidores demitidos do hospital local para o evento. A promessa é que serão reitidos quando Lucas assumir o governo. Afinal, Lucas e Aldemir são do mesmo partido.

Não são também à-toa os registros históricos de prefeitos e governadores que deixam para a undécima hora o anúncio sobre renúncia ou não ao poder para a disputa de outro cargo. São conjunturas em que o poder de cautela e preservação funciona mais alto.

É este quadro que leva o governador João Azevedo a istrar sua situação política. Por isso, num momento, ele adianta a candidatura ao Senado e, noutro, planta a dúvida. Parede conduzir o poder na ponta dos dedos até abril do ano que vem para não perder autoridade.

Assim, não foi de graça que o secretário Tibério Limeira (istração) disse que o PSB ainda não abriu mão da cabeça de chapa. Permite a leitura que o governador pode ficar no cargo para eleger o sucessor. Do mesmo modo, não são gratuitas as declarações de aliados defendendo a permanência do governador no poder até o fim do mandato.

A verdade é que, por todas essas sutis implicações, dificilmente, o governador João Azevedo anunciará uma decisão definitiva sobre a candidatura ao Senado até o início de 2026. As candidaturas serão estimuladas, mas não efetivadas. Pode parecer ruim para o esquema liderado pelo governador. Todavia, vale lembrar que a história revela que quase nada se movimenta a definição do lado do governo. Afinal, as campanhas eleitorais na Paraíba não costumam andar apenas com uma perna.

No mais, talvez seja prudente avisar aos aliados do governador que, às vezes, um conselho amigo pode carregar algum perigo.

Continue Lendo

Artigos

Veneziano avança e vai fechando um sim de quem tem dois pra dar

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Luis Tôrres

Único candidato majoritário do momento que não precisa da decisão de terceiros, portanto, efetivamente definido para as eleições de 2026, o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), postulante à reeleição, avança politicamente como quem trafega numa avenida de duas faixas sem semáforo nem veículos.

Faz da velha máxima que aponta para a inexistência de espaço vazio na política um exemplo na prática. E, enquanto os “possíveis” candidatos, sejam da base governista ou até mesmo oposicionista, ainda discutem e buscam definições pautados por tantos “se” e “talvez, vai fechando um a um apoios importantes entre lideranças políticas municipais para sua candidatura à reeleição.

Impulsionado pelo envio de emendas a diversos municípios da Paraíba, segundo ele, com ações em todas as 223 cidades paraibanas, Veneziano corre solto com cabelos ao vento e vai carimbando com o V um dos braços de prefeitos de todos os partidos, inclusive os aliados ao governo, sem querer saber de quem será o outro braço.

Vai garantindo, portanto, o seu voto antecipada e independentemente de quais serão seus adversários e parceiros na disputa pelas duas vagas no Senado.

De tal forma que, se deixarem Veneziano ar muito tempo neste privilégio de seguir “oficialmente” sozinho, quando as duplas de candidatos oficializados se derem conta não encontrarão mais ninguém capaz de garantir dois votos.

Porque um deles já estará prometido ao Cabeludo.

Continue Lendo