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Direita radical perde espaço

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* Por Aloísio de Toledo César

Em política raramente ocorrem espaços vazios, porque sempre que algum se abre logo alguém ou outro grupo o ocupa. Talvez isso venha agora a acontecer com o progressivo desmantelamento da direita radical defendida pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e seus seguidores, que sofreram forte revés – assim como o Brasil – no fatídico 8 de janeiro, quando ocorreu a invasão e destruição material do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Os reflexos daquele acontecimento projetaram na figura do ex-presidente Jair Bolsonaro uma sombra na dignidade que ele deveria preservar como titular de sua posição pública. Quem age desse modo prejudica não apenas a si próprio, como, por exemplo, a sua posição, a honra de seu cargo.

Quanto mais alto o cargo – e, assim, a dignidade –, mais grave é a reprovabilidade pela falta deste necessário atributo. Sempre que atinge um presidente da República, como titular da honra e grandeza do Estado, essa indignidade chega às raias do suicídio moral e político, como parecemos estar assistindo nestes sombrios dias.

O País observou aquele político negligenciar não apenas em relação a si próprio, mas também ao imenso eleitorado que quase o reelegeu. Ao mesmo tempo que seus seguidores em radicalismo afrontavam o País, de diferentes formas e em diferentes lugares, provocando tumultos que revoltavam a grande maioria, ele se ocultou e nada fez, como se nada tivesse que ver com aquilo.

Realmente, ao invés de dizer “parem com isso, porque só nos desmoraliza”, ele fingia que o assunto não era com ele e se distanciou cada vez mais, até praticamente exilar-se nos Estados Unidos. Tão comprometedora se tornou sua imagem com o 8 de janeiro que grupos adversários aram a pretender sua prisão e o ministro Alexandre de Moraes acabou deferindo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de inclui-lo como investigado pelas atrocidades ocorridas naquele dia.

A partir do distanciamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, tornou-se clara na política brasileira a existência de um espaço que poderia ser ocupado por outro grupo também de direita. Conforme bem ponderou o Estadão em editorial, o extremismo bolsonarista perdeu mesmo espaço na direita e isso abre a oportunidade para outra direita, a democrática, aquela capaz de honrar as tradições do País, respeitando a Constituição e as leis, de dialogar com as forças políticas e rejeitar transformações radicais do Estado e da sociedade.

A rigor, a existência de uma direita democrática ganhou expressão no País a partir da queda da ditadura getulista, que assombrara a todos com o predomínio da vontade do ditador sobre as leis e a presença eloquente de atos de corrupção no governo, além de praticamente “inventar” a inflação, que nunca mais nos abandonou.

O grupo político de direita que assumiu o compromisso de lutar pela democracia e pelas liberdades democráticas foi a União Democrática Nacional (UDN), e desde aquela época esses princípios aram a ser defendidos, somente no plano das ideias e sem qualquer radicalismo (nada que se assemelhe ao bolsonarismo dos dias atuais).

Quando o ex-presidente Jânio Quadros iludiu o País, elegendo-se e logo renunciando, estava para ser substituído pelo vice, João Goulart, que parecia pretender fazer do Brasil uma República sindicalista. Isso levou a direita a organizar-se para impedir sua posse, tendo ganhado destaque, na época, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada por mulheres de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Tão expressivo e contundente foi esse movimento que acabou provocando enorme desastre político e social: as Forças Armadas intervieram, para evitar o risco de uma República sindicalista, e com isso foi implantada uma longa ditadura militar, que manchou por longo tempo nossa história.

Mas, ao longo desse período de exceção, políticos habilidosos como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Mário Covas e outros aram a conversar com os militares menos radicais em busca de um caminho para a abertura política e a consequente devolução do poder a quem se elegesse, fossem civis ou militares.

No final, prevaleceu a razão e ocorreu a primeira eleição pós-ditadura, tendo sido eleito o habilidoso mineiro Tancredo Neves, um dos principais líderes e articuladores, que teve a infelicidade de falecer no dia em que tomaria posse, assumindo em seu lugar o vice José Sarney, que era visto como um “puxa-saco” dos militares.

Em todo esse período houve o exercício da direita democrática e defensora de eleições, sem jamais haver ocorrido violências como aquelas a que o País vem assistindo ao longo do governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

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EUA x China: como a guerra tarifária entre os países pode afetar seus investimentos?

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Redação do Portal da Capital

Após tomar posse na Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump em uma de suas primeiras medidas adotou um novo formato de tarifa de importação a outros países. Sendo uma das maiores economias do mundo, a China não ficou de fora da taxação norte-americana e decidiu reagir, criando um cenário de disputa econômica em escala global.

A nova guerra tarifária, que agitou o mercado financeiro entre as duas maiores potências mundiais, aqueceu o debate sobre o futuro de investimentos atrelados às economias dos países.

Diante do atual cenário, a SIR Investimentos – empresa que realiza serviços de assessoria de investimentos -, fez uma análise referente ao tema e apontou o que a nova conjuntura significa para os investimentos.

Leia abaixo:

Em um cenário de constantes transformações, a guerra comercial entre as duas maiores potências do mundo não apenas agitou os mercados globais, como também reacendeu debates sobre inflação, cadeias produtivas e proteção de portfólios.

Com tarifas americanas chegando a até 145% sobre importações chinesas — e com a China reagindo com medidas igualmente rigorosas — o ambiente permanece volátil. Agora, a negociação de novos acordos entre os países pode trazer novas mudanças, na tentativa de conter impactos mais amplos sobre a economia global.

E para quem investe, o que muda?

🔹 Aumento de custos: Produtos importados, inclusive tecnologias e itens do dia a dia, podem subir de preço, pressionando setores inteiros.

🔹 Volatilidade acentuada: Mercados reagem a cada notícia. Ações, câmbio e até commodities têm oscilado com força.

🔹 Brasil no radar: Apesar das tensões, o Brasil bateu recordes de exportação para EUA e China no 1º trimestre. Isso abre oportunidades em setores específicos da economia local.

🔹 Oportunidades com critério: Crises comerciais podem gerar distorções que abrem brechas para ganhos — desde que com estratégia e proteção.

Se você não está revendo seu portfólio diante desse cenário, pode estar exposto mais do que deveria. Fale com um assessor e esteja à frente das turbulências do mercado.

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“Por que” não será fácil fazer Cícero desistir de ser candidato

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Redação do Portal da Capital

* Por Luis Tôrres

O escritor norte-americano Mark Twain dizia que os dois momentos mais importantes da vida de um homem são quando ele nasce e quando ele descobre o porquê. Para o prefeito Cícero Lucena (PP), há um terceiro momento tão importante quanto. Descobrir o porquê ele desistirá de disputar o governo da Paraíba caso esteja à frente das pesquisas.

Foi exatamente o que ele cobrou ao ser perguntado nesta segunda, 28, no Frente a Frente da Tv Arapuan, se abriria mão da candidatura ao governo caso estivesse na frente nas pesquisas. “Teria que ter um porque!”, disse sem hesitar.

Sobre a tal “candidatura de Lucas Ribeiro (PP) ao governo caso João Azevedo saia para se candidatar ao Senado”, Cícero foi ainda mais enigmático para dizer que, mesmo nesta situação, a candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PP) à reeleição também deve ser considerada natural. E emendou: “Nem tudo que é natural é o que vai acontecer”.

Na entrevista toda, Cícero destacou suas ações quando governador na década de 90, quando substituiu Ronaldo Cunha Lima e assinou decreto de criação de mais de 50 cidades na Paraíba, descartou aliança com a oposição declarando-se ser uma das figuras mais leais da política paraibana e defendeu que “os interesses pessoais” não estejam acima da necessidade de dar continuidade ao projeto de João Azevedo no governo.

E foi além: disse que espera tudo seja definido até junho, antes mesmo do São João, que é pra dar tempo do candidato se fortalecer ainda mais.

De tudo o que ele disse, duas coisas podem resumir tudo. Cícero é o candidato ao governo mais oficial de todo o Brasil, mais do que os que vão para reeleição. Lembrando que ao fazer a chamada para o programa só falou em “projeto da Paraíba” e não mais de João Pessoa. Registrou que pesquisas apontam que o próprio pessoense quer que ele leve a experiência da capital para o estado. E ainda disse que o vice-prefeito Léo Bezerra já é o segundo prefeito de João Pessoa e vai dar continuidade sem problemas a tudo que está sendo desenvolvido.

E a segunda conclusão é de que a coisa mais difícil do mundo será convencê-lo a desistir desse projeto.

Simplesmente “porque” ele entende que essa é a melhor – talvez a única  – oportunidade de sua vida. E que, do jeito que vai correndo solto, com uma liberdade de ação maior do que as dos seus parceiros de grupo, chegará no momento da decisão com um patamar de difícil convencimento.

Será difícil alguém responder “por que não” Cícero.

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Após quase 20 anos de atuação, Elsinho Carvalho pede desligamento da Assembleia Legislativa

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Redação do Portal da Capital

O advogado Elson Carvalho Filho, conhecido como Elsinho Carvalho, pediu hoje desligamento da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba após duas décadas de atuação no Legislativo paraibano.

Em seu instagram, ele agradeceu aos deputados e deputadas e aos servidores da Casa.

“Hoje encerro um ciclo com o sentimento de gratidão e de dever cumprido. Em nome de Álvaro Dantas e da experiente deputada Chica Motta, agradeço a todos, indistintamente. Muito obrigado pelo convívio e aprendizado ao longo destes anos.”

Elsinho iniciou suas atividades na Assembleia Legislativa prestando assessoria aos deputados Manoel Júnior (in memoriam), Olenka Maranhão, Vital do Rego (hoje ministro e presidente do Tribunal de Contas da União) e a Gervásio Maia.

Depois atuou na Procuradoria da Casa, na Chefia de Gabinete da Presidência e na Chefia da Secretaria do Gabinete da Presidência, por quase dez anos, nas gestões do hoje deputado federal Gervasinho e do atual presidente, Adriano Galdino.

Durante sua trajetória Elsinho participou ativamente da elaboração de importantes projetos de lei que beneficiaram a população paraibana.

Também teve destacada atuação em Comissões Parlamentares de Inquérito – Is, nos projetos de aposentadoria incentivada para os servidores da Casa e em reformas istrativas.

Atencioso, sempre esteve atento à imprensa e aos servidores.

Em sua despedida, recebeu mensagens de carinho e agradecimento de amigos, servidores e deputados.

“Obrigada por ser vir ao povo da Paraíba com tamanho zelo e dedicação”, escreveu a deputada Francisca Motta (Republicanos), avó do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

Já o deputado Anderson Monteiro (MDB) escreveu: “Muito bom ter convivido com o amigo na ALPB. Sucesso.”

Advogado reconhecido no Estado, mantém escritório de advocacia com atuação no direito público, entre outras áreas, há quase 20 anos.

Confira imagem:

 

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