O Hotel Tambaú em João Pessoa, na Paraíba, já foi um dos mais famosos do Brasil. Com arquitetura icônica à beira d’água, mais de 200 quartos e avaliação 5 estrelas, o local era cartão postal da cidade e atraía visitantes do mundo inteiro. Hoje, está abandonado, vítima de problemas istrativos e uma intensa batalha judicial pela sua posse.
Uma reportagem do Jornal Extra repercutiu o abandono do empreendimento e destacou a história do hotel.
O hotel foi inaugurado em 1971 e istrado por uma rede ligada à antiga Varig. Seus tempos de glória foram marcados por muito luxo e festas incríveis, mas, nos bastidores, inúmeros problemas aceleraram o declínio do estabelecimento e culminaram em sua falência em 2006. A empresa aérea faliu pouco depois, em 2010.
Após disputas jurídicas pela posse do Tambaú, ele foi a leilão em 2021 e acabou sendo comprado pela rede hoteleira Ampar. A empresa prometeu fazer um grande projeto de revitalização do cartão postal a fim de abri-lo novamente ao público e esquentar a economia local. Ela até ergueu um tapume em volta da estrutura e instalou câmeras para impedir a invasão e depredação da propriedade, mas o projeto é alvo de críticas e polêmicas.
Moradores da cidade afirmam que pouco foi feito para impedir a deterioração da estrutura e que ela continua em estado de abandono. O youtuber Diego Madruga filmou um vídeo em volta do local no ano ado, no qual ele descreve um forte cheiro de fezes vindo do hotel. Imagens aéreas também capturaram cenas de piscinas esverdeadas e estruturas em ruínas.
Em nota, a Ampar disse que o prédio foi “encontrado em literal estado de abandono e apresentando sinais de depreciação natural, principalmente pela maresia e também depredação provocada por vândalos e outros malfeitores”. A rede hoteleira também alega que solicitou a regularização do fornecimento de energia elétrica e recolhimento de lixo.
“Estamos determinados e reunimos todos os esforços necessários a fazer a recuperação e revitalização do Hotel Tambaú, devolvendo ao turista e ao povo da nossa cidade o nosso cartão postal”, declarou a Ampar.
