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Amorcracia: Maria dos Mares conta detalhes sobre sua nova exposição para o Espaço Arte Brasil

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O “ser feminino” sempre esteve presente na trajetória artística de Maria dos Mares, seja na infância com influência direta de sua mãe, seja nas histórias de outras mulheres que viram inspiração para as novas obras. Em celebração ao mês das mulheres, a artista assina a próxima exposição do Espaço Arte Brasil, intitulada “Amorcracia” — duas palavras fortes que Maria dos Mares ergue com orgulho como sua bandeira. A mostra abre ao público gratuitamente no próximo dia 13 de março, no térreo do Liv Mall Shopping.
Nesta entrevista, Maria dos Mares compartilha a origem de seu interesse pelas artes plásticas, a conexão com o feminino em suas criações, o que o público pode esperar da nova exposição e seus planos para o futuro. Confira:
Quando e como surgiu o interesse pelas artes plásticas?
De maneira bastante espontânea, acho que foi uma evolução de uma necessidade de me expressar. Eu sempre digo que começou na minha infância, dentro de casa, com a minha mãe, que era muito criativa. Então nós tínhamos em casa um ambiente constante de criação e ficávamos brincando ao lado de onde ela trabalhava, em contato com cores e texturas, acho que isso me marcou muito.
Sendo reconhecida como uma multiartista, como percebe a interação entre suas diferentes formas de expressão artística?
Na verdade, eu não trabalho desvinculada da palavra, da linguagem falada e escrita. Enquanto estou trabalhando, idealizando o que aquela peça vai dizer para as pessoas e o que está dizendo para mim, vão surgindo palavras e eu vou escrevendo, às vezes em um caderno que está por perto, às vezes no próprio barro. Está tudo vinculado.
Suas criações abordam muito o “Ser Feminino”. De onde veio essa influência?
A subjetividade feminina foi me direcionando para essa questão. Geralmente, são temas ligados a histórias que ouço em contato com outras mulheres, assuntos do dia a dia que estão na mídia e que me incomodam; eu queria dar minha contribuição de alguma forma.
Seria uma forma de deixar uma mensagem para outras mulheres?
Não só deixar uma mensagem, mas uma forma com a qual eu possa intervir e contribuir como um ato político.
Neste mês de março, estreará sua nova exposição para o Espaço Arte intitulada ‘Amorcracia’. Poderia compartilhar um pouco sobre a inspiração por trás do termo?
A palavra surgiu durante a pandemia. Quando estávamos todos reclusos, eu comecei a trabalhar produzindo livros, tirando das gavetas tudo o que já tinha escrito e trabalhando algumas questões relativas ao momento como uma forma de denúncia. Ao mesmo tempo, eu comecei a ficar aborrecida com o esvaziamento da palavra democracia e eu pensava ‘tem que ter alguma outra palavra que nos guie’. Enquanto eu fazia esse trabalho de montagem dos livros, acabei unindo as palavras “amor” e “cracia”. Ela vem, pra mim, substituir esse outro vazio.
O que o público pode esperar da nova exposição?
Nessa mostra agora, quero apresentar de forma mais coletiva esses pensamentos e, normalmente, trazendo como destaque o feminino. É meio contundente, mas é no sentido de mexer um pouco com tudo. Agora, para saber mais detalhes, as pessoas vão ter que ir à exposição (risos). Tem que ir ver, [no sentido de] ter um olhar de contemplação direcionado para a obra de arte no contexto em que estamos vivendo, tentar entender a nossa relação com tudo o que vai estar exposto.
E a partir de agora, quais são os planos para o futuro?
Eu continuo com a mesma intenção que sempre tive de ser combativa, direcionar meu trabalho para o coletivo e, na medida do possível, interagir com o que se a para contribuir socialmente de alguma forma. Outro plano é diminuir o ritmo de trabalho que está muito intenso, mas mesmo que eu trabalhe apenas com pequenos formatos, eles serão tão grandes em intenção quanto outra peça já produzida por mim.

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Paraíba

Nesta 4ª: Encontro Nacional de Gestores de Cultura começa em JP com mais de 1.200 pessoas do país

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Redação do Portal da Capital

João Pessoa vai sediar nesta semana, entre quarta-feira (23/04) e sexta-feira (25/04), o 2º Encontro Nacional de Gestores de Cultura, com a presença de gestores públicos e privados, pesquisadores, operadores do direito e especialistas em políticas culturais de todo o Brasil para discutir políticas públicas para o setor.

O evento vai acontecer no Centro de Convenções de João Pessoa e vai ser realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba, em parceria com o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.

Durante três dias, a capital paraibana vai receber os 27 gestores estaduais de cultura do Brasil e mais de 1.200 pessoas ligadas ao setor cultural de mais de 700 municípios brasileiros. Entre eles, muitos secretários municipais de cultura vindos de todo o país.

Entre as presenças confirmadas, estão a ministra da Cultura do Governo Federal, Margareth Menezes, a presidenta da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Denise Pessôa, e a deputada federal Jandira Feghali.

Estarão na cidade também representantes de entidades nacionais e internacionais como Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização dos Estados Iberamericanos, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Fundação Itaú, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Oi Futuro, Fundação Casa de Rui Barbosa, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Advocacia Geral da União (AGU). Uma série de universidades brasileiras também vão enviar professores e pesquisadores para a cidade.

Pedro Santos, que é secretário de Estado da Cultura da Paraíba e anfitrião do evento, destaca a importância do encontro e o protagonismo da Paraíba nesse momento.

“Vão ser três dias em que as políticas públicas para a cultura de todo o Brasil serão discutidas porque trabalha com cultura, vive da cultura. Assumimos assim um protagonismo que muito nos orgulha”, destacou o secretário.

Ele ressalta alguns dos objetivos do evento, que para ele se torna algo sem precedentes para a construção de políticas culturais no Brasil.

“Serão mais de mil pessoas que atuam diretamente com o setor cultural, com o fomento das diferentes expressões artísticas, com o desenvolvimento das artes a partir de políticas públicas no Brasil. Vamos se reunir, sentar, dialogar conjuntamente. Pensar projetos, soluções, financiamentos, modelos de negócios, investimentos para a cultura. É algo absolutamente potente o que será vivido por aqui”, comemorou Pedro.

Já Fabrício Noronha, que é secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, ressaltou a importância do encontro e o momento único que será vivido em João Pessoa nesta semana.

“Estamos diante de um novo ciclo para as políticas culturais no Brasil. O 2º Encontro Nacional de Gestores da Cultura consolida-se como o principal espaço de diálogo entre os entes federados, visando fortalecer a cultura como vetor de desenvolvimento humano, social e econômico. É uma oportunidade única para refletirmos sobre os desafios e construirmos estratégias conjuntas que garantam a efetividade das políticas culturais em todo o país”, pontuou.

Para além dos debates, uma programação cultural e musical está sendo montada para apresentações no Centro de Convenções de João Pessoa. E nomes como Chico César, Elba Ramalho, Sandra Belê e Escurinho já confirmaram presença e farão shows para gratuitos, que inclusive serão abertos para a população.

O Encontro Nacional de Gestores de Cultura vai abrir espaço também para a cultura popular e tradicional, com apresentações de cocos, cirandas, reisados, cavalos marinhos, acordeonistas, entre outros.

Três pilares do encontro – O 2º Encontro Nacional de Gestores de Cultura vai ser estruturado em três formatos principais: “Diálogos Necessários”, “Laboratórios de Gestão” e “Encontros Temáticos”.

Os Diálogos Necessários promoverão reflexões críticas sobre os principais desafios da política cultural no país, estimulando a construção de soluções coletivas. Já os Laboratórios de Gestão oferecerão capacitação prática e direcionada, com foco no aperfeiçoamento das ações e ferramentas de gestão pública da cultura.

Por fim, os Encontros Temáticos servirão como espaços estratégicos de articulação entre redes de gestores, fortalecendo agendas comuns e ampliando o alcance das pautas que seguirão sendo desenvolvidas após o encontro.

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Paraíba é o quarto Estado do Brasil com maior crescimento de renda no trabalho em 2024, diz FGV

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Redação do Portal da Capital

A Paraíba é o quarto Estado do Brasil com maior crescimento de renda no trablaho em 2024. Os dados foram divulgados pela FGV Social, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

De acordo com a pesquisa, Sergipe (32,47%), Pernambuco (19,78%), Bahia (19,42%) e Paraíba (18,62%) seguidos por Tocantins (17,71%), da região Norte, são os Estados que mais tiveram crescimento.  Oito estados do Nordeste, dos nove que compõem a região, estão entre os dez primeiros. “É uma marca de um crescimento forte no Nordeste que voltou a acontecer na renda do trabalho que é estrutural. A região não apenas cresceu mais, mas distribuiu melhor os ganhos, especialmente na base da pirâmide social”, analisa Marcelo Neri, pesquisador da FGV responsável pelo estudo.

Em linhas gerais, o Nordeste se destacou como a região com maior crescimento da renda do trabalho no Brasil em 2024, registrando aumento de 13% – quase o dobro da média nacional, de 7,1%. O estudo da FGV evidenciou a redução de desigualdades na região, com os maiores avanços concentrados entre grupos historicamente excluídos, como trabalhadores com baixa escolaridade.

O Brasil viveu, em 2024, a maior redução da desigualdade social registrada nos últimos anos. A renda do trabalho dos mais pobres do Brasil cresceu 10,7% em 2024. O ritmo foi 50% maior do que o verificado entre os 10% mais ricos (6,7%). A renda do trabalho subiu, em média, 7,1%.

“Tivemos uma redução muito forte da desigualdade em 2024. E tudo isso está mais forte em termos de renda do trabalho do que em relação a outros componentes de renda”, explica Marcelo Neri.

O avanço foi atribuído à combinação entre geração de empregos formais e à Regra de Proteção do Bolsa Família, que permite aos beneficiários permanecerem no programa por até dois anos, mesmo depois de conseguirem emprego com carteira assinada ou aumento de renda. Nesse caso, a família recebe 50% do valor do benefício. Em 2023, o Bolsa Família foi retomado pelo Governo Federal com aumento de 44% no valor médio recebido por beneficiário em função de novas categorias que espelham melhor o número de crianças, gestantes e nutrizes na composição familiar.

No ano ado, 75,5% das vagas criadas no mercado formal de trabalho foram ocupadas por beneficiários do Programa Bolsa Família e 98,8% por pessoas inscritas no Cadastro Único, conforme mostra o cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

“A Regra de Proteção do Bolsa Família é um instrumento essencial para garantir que os beneficiários possam buscar novas oportunidades no mercado de trabalho sem perder o apoio do governo. Ela cria um ambiente de segurança e incentiva a formalização, o que contribui diretamente para a redução da desigualdade e para o crescimento econômico do país”, afirma o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).

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De olho em 2026, Cícero cumpre agenda com Nabor e almoça com Veneziano

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Redação do Portal da Capital

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), cumpriu agenda com o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), que é pai do presidente estadual do Republicanos na Paraíba, Hugo Motta, bem como com o senador Veneziano Vital do Rêgo, presidente estadual do MDB na Paraíba.

Os encontros políticos de Cícero aconteceram durante o feriadão da Semana Santa e Tiradentes.

Ao comentar sobre os encontros, o prefeito da Capital paraibana disse que o objetivo maior dos encontros é ouvir lideranças para seguir no “objetivo maior que é preservar esse modelo de gestão do governador João Azevêdo que colocou o Estado nos trilhos do desenvolvimento“.

Os comentário de Cícero foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta terça-feira (22/04).

Confira o áudio:

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