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No mês da visibilidade trans, especialista explica como é feita a transição de voz em pessoas

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A conexão entre a voz e a identidade de gênero é uma etapa significativa no processo de reconhecimento social para pessoas trans, que se identificam com gênero diferente daquele designado ao nascimento. Em janeiro, quando se comemora o Mês da Visibilidade Trans, a otorrinolaringologista especialista em laringologia, com foco em transição da voz, Érica Campos, reforça a importância do procedimento de readequação vocal para a autoestima e qualidade de vida de pessoas trans.

“A transição vocal é muito mais do que uma mudança na voz: envolve sonhos, expectativas e, muitas vezes, o medo do que os outros vão pensar; é algo que está diretamente ligado à socialização. É muito recorrente no consultório o relato de pessoas transgênero com disforia vocal, que evitam falar em público para não chamar atenção pelo timbre”, destaca Érica, que é referência em mudanças vocais para mulheres trans no Brasil e a primeira médica brasileira a integrar a International Association of TransVoice Surgeons (IATVS).

Érica explica que a cirurgia de “feminização da voz”, também conhecida como glotoplastia, é feita por dentro da boca, sem deixar cicatriz, e dura cerca de duas horas. Após o procedimento, a paciente deve permanecer de 7 a 10 dias em silêncio absoluto. “A voz só vai estar no formato definitivo depois de 6 a 8 meses, e nem sempre essa espera é fácil. Por isso, estar em equilíbrio e buscar acompanhamento especializado é fundamental para garantir um pós-operatório mais tranquilo e uma recuperação melhor”.

A adaptação vocal após a glotoplastia envolve um processo de reeducação com acompanhamento fonoaudiológico e psicológico, além de cuidados necessários para que a paciente compreenda novamente o funcionamento da musculatura da laringe e atinja uma voz confortável e natural. “Essa espera é sempre desafiadora para pacientes que buscam fazer a transição vocal, por isso, é importante que as expectativas estejam bem alinhadas desde o início”, reforça a otorrinolaringologista.

A cirurgiã destaca que a glotoplastia evoluiu ao longo do tempo e, diante do avanço tecnológico, como o uso de lasers e técnicas minimamente invasivas, pode ser realizada com maior segurança, precisão e resultados menos inflamatórios. Após a cirurgia, é necessário o acompanhamento médico regular, com laringoscopias, para monitorar o desenvolvimento da voz e alcançar os resultados desejados.

“A glotoplastia desempenha um papel fundamental no pertencimento durante o processo de transição de gênero, que envolve mudanças que afetam a saúde física e mental. Também atendo pacientes cis que sofrem com disforia vocal, ou seja, que se sentem intimidadas em falar em público devido à voz, seja pelo uso de anabolizantes ou outras questões. Já os homens trans costumam ficar satisfeitos com as mudanças proporcionadas pela terapia hormonal. Como a testosterona tem um papel virilizante na voz, o uso do hormônio, na maioria das vezes, é suficiente”, explica Érica.

Outro procedimento que pode ser realizado em conjunto com a glotoplastia é a condroplastia, cirurgia para redução do pomo de Adão. “A retirada do pomo de Adão é uma questão estética que não interfere na voz, mas que pode ser fundamental para construção de autoestima e para trazer um sentimento de pertencimento às mulheres trans”, explica Érica.

Sobre Érica Campos
Referência em transição da voz, Érica Campos tem Fellowship em Laringologia e Otorrino Pediatria Avançada (UNICAMP), é Mestre em Neurolaringologia (UNICAMP) e tem formação complementar no Mount Sinai Hospital, em New York/USA, e no Massachusetts General Hospital & Harvard Medical School, em Massachusetts/USA. É Membro Titular da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial) e Full Member da IATVS (International Association of TransVoice Surgeons). Também atua como preceptora no Serviço de Laringologia do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (UFBA) e Hospital Otorrinos. Mais informações: https://www.instagram.com/dra.ericacampos/
Foto: Getty Images

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Representantes de supermercados iniciam defesa para adoção de contrato de trabalho por hora

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Redação do Portal da Capital

Representantes do setor supermercadista defenderam o contrato de trabalho por hora como solução para a dificuldade de issão de funcionários. O tema foi abordado na segunda-feira (12/05) durante a abertura do festival Apas Show, feira de alimentos e bebidas, que será realizado até a próxima quinta-feira (15/05), em São Paulo.

Um dos que se pronunciaram acerca do assunto foi o presidente da Associação Paulista de Supermercados, Erlon Ortega. Segundo ele, há, atualmente, no estado, 35 mil postos abertos. Ele afirmou ainda que os empregadores têm encontrado dificuldade para preenchê-los, já que os trabalhadores têm demandado outros regimes de trabalho.

“O jovem não quer mais o modelo antigo de trabalho, ele quer mais flexibilidade, mais liberdade. Por isso, precisamos discutir urgentemente, com a Abras [Associação Brasileira de Supermercado], o modelo horista, em que pode trabalhar por hora, a qualquer momento. E, mais, precisamos conectar as nossas vagas aos programas sociais. O supermercado é a porta de entrada do trabalho formal”, disse.

Ortega ressaltou, ainda, que o setor deveria ser classificado como serviço essencial, “pois, na prática, somos essenciais para o abastecimento desse país, e mostramos isso, principalmente, na pandemia”.

A modalidade de contrato intermitente foi inserida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela reforma trabalhista de 2017. Entidades que representam frentistas, operadores de telemarketing e dos trabalhadores da indústria contestaram no Supremo Tribunal Federal o novo regime. Para essas entidades, o contrato por hora favorece a precarização da relação de emprego e o pagamento de remunerações abaixo do salário mínimo, além de impedir a organização coletiva dos trabalhadores. Em 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a constitucionalidade do contrato de trabalho intermitente.

Para o presidente da Abras, João Galassi, o pagamento da jornada por hora traz mais liberdade de escolha ao trabalhador.

“O que é melhor? Seis por um, quatro por três, cinco por dois? Nenhuma dessas alternativas. O que é melhor para os nossos colaboradores é a liberdade de poder escolher sua jornada de trabalho. Isso só será possível se tiver a liberdade de ser contratado por hora”, opinou.

Galassi disse ainda que o setor também se beneficia com o modelo, além de afirmar que, mesmo os funcionários que optassem por esse regime, continuariam tendo carteira assinada e a possibilidade de remuneração maior.

“Cada semana é uma semana. Ela tem que ter o direito de trabalhar quantas horas ela desejar, tem que ter o direito de garantir sua ambição pessoal, a sua vontade de ou ganhar mais ou ganhar menos, de escolher”, finalizou, comparando com flexibilidade dos motoristas de aplicativos de transporte.

Uma pesquisa de 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2024, apontou a precarização das condições de trabalho de motoristas de aplicativo. Segundo o estudo, essas condições pioraram significativamente na última década, com jornadas mais longas, queda na contribuição previdenciária e de renda. O rendimento médio desses trabalhadores caiu de R$ 3,1 mil, entre 2012 e 2015, para R$ 2,4 mil em 2022. Na esfera de transporte de ageiros, o total de motoristas autônomos, excluídos os mototaxistas, ou de 400 mil para 1 milhão. Já no que concerne às jornadas, verificou-se que as que tinham duração de 49 a 60 horas semanais equivaliam pouco mais do que um quinto, 21,8%, em 2012, e aram a representar quase um terço em 2022, 27,3%.

Conforme a reforma trabalhista, o trabalhador intermitente recebe por horas ou dias trabalhados, e tem direito a férias, FGTS e décimo terceiro salário de forma proporcional ao período trabalhado. No contrato, deve ser definido o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função.

O empregado deve ser convocado com, no mínimo, três dias corridos de antecedência. No período de inatividade, pode prestar serviços a outras empresas.

Varejo

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou hoje (12), ao participar da Apas Show, que a estimativa é de que o comércio varejista movimente R$ 16 bilhões este ano.

“No ano ado, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu forte, 3,4%, e os supermercados [se expandiram] 6,5%. Um setor campeão de empregos e renda”, destacou durante a jornalistas na Expo Center Norte.

Alckmin disse, ainda, que a reforma tributária proporciona “justiça tributária” e que, ao lado de ferramentas oferecidas por entidades como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), mesmo as empresas de menor porte terão mais condições de melhorar seus negócios.

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Arraiá da Capitá reúne Eliane, Waldonys, Ton Oliveira e Chico Forrozado no próximo sábado

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Redação do Portal da Capital

O mês de maio chegou, e João Pessoa já entra no clima junino com a tradicional festa Arraiá da Capitá, que acontece neste sábado, 17 de maio, a partir das 19h, no Clube Cabo Branco, no bairro de Miramar. O evento traz grandes nomes do forró autêntico, como Eliane, consagrada como a Rainha do ForróWaldonysTon Oliveira e Chico Forrozado, que prometem fazer o melhor esquenta para o São João da Paraíba. Os ingressos custam a partir de R$ 70 (meia entrada) e estão disponíveis pelo site Ingresso Nacional e na secretaria do clube.

A estrela da noite, Eliane, carrega com orgulho o título de Rainha do Forródado pelo público ao longo de sua carreira. “É uma grande responsabilidade, pois tivemos e ainda temos grandes artistas como Elba Ramalho, Marinês e Anastácia. É um nome pesado para carregar”, comenta a cantora.

Quem também sobe ao palco é o cearense Waldonys, que comemora 52 anos de vida neste mês e mais de três décadas de carreira musical. Sanfoneiro desde pequeno, tem como referências os mestres Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Além de músico, Waldonys é piloto civil acrobático, com mais de sete mil horas de voo, e paraquedista com mais de 3 mil saltos.

Com 33 anos de carreira e uma trajetória iniciada aos 13 anos, Ton Oliveira é outro nome de peso na festa. Autor de vários sucessos, ele viu sua canção Paraíba Joia Rara se tornar um verdadeiro hino popular. “Acredito que é uma música marcante na minha carreira e, talvez, a mais importante das minhas composições, principalmente por já ser reconhecida como Patrimônio Imaterial do Estado”, afirma o cantor. Para completar o time, o paraibano Chico Forrozado promete animar o público com seu carisma e talento no fole, executando clássicos da musicalidade nordestina e celebrando o autêntico forró com muita energia.

Sobre o Clube Cabo Branco

Fundado em 1915, o Clube Cabo Branco é uma das instituições sociais e esportivas mais tradicionais de João Pessoa. Localizado no bairro de Miramar, o espaço é conhecido por sua ampla infraestrutura e por promover eventos culturais, esportivos e sociais, sendo um ponto de encontro entre gerações há mais de um século.

Programa-se

Arraiá da Capitá – Eliane, Waldonys, Ton Oliveira e Chico Forrozado

Sábado, 17 de maio de 2025, às 19h

Clube Cabo Branco – Endereço: R. Cel. Souza Lemos, s/n – Miramar

Vendas: Ingresso a partir R$ 70,00 (meia)

Online- https://www.ingressonacional.com.br/evento/30523/arraia-da-capita–2025

Informações: (83) 3031-5948 (secretaria) | WhatsApp (83) 99907-4004

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Teatro Pedra do Reino terá show de Zé Ramalho esta semana

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Redação do Portal da Capital

Zé Ramalho retorna a João Pessoa para um show especial no Teatro Pedra do Reino, no dia 15 de maio, às 21h. Ícone da música brasileira e dono de uma voz inconfundível, o artista promete uma noite repleta de grandes sucessos, celebrando sua trajetória com um público que atravessa gerações.

No repertório, canções como Chão de Giz, Sinônimo, Táxi Lunar e Beira-Mar garantem um espetáculo marcado pela sonoridade única do artista. O show destaca a poesia e a força das múltiplas referências musicais que fazem de Zé Ramalho um artista singular da história da MPB.

Os ingressos já estão à venda pelo site Ingresso Nacional, com opções de inteira, meia-entrada e ingresso solidário, que pode ser adquirido mediante a doação de 1kg de alimento não perecível.

As opções de ingresso são as seguintes: Plateia A – R$ 235,20 (meia), R$ 246,40 (solidário) e R$ 470,40 (inteira); Plateia B – R$ 201,60 (meia), R$ 212,80 (solidário) e R$ 403,20 (inteira); e Balcao – R$ 156,80 (meia), R$ 168,00 (solidário) e R$ 313,60 (inteira)

Serviço
Show: Zé Ramalho em João Pessoa
Data: 15 de maio de 2025
Horário: 21h
Local: Teatro Pedra do Reino
Ingressos: Variam R$ 156,80 a R$ 470,40
Vendas: www.ingressonacional.com.br/evento/30715/ze-ramalho-em-joao-pessoa
Ingresso solidário: Doação de 1kg de alimento não perecível

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