Nos acompanhe

Artigos

A “sorte” de Pâmela…

Publicado

em

Em um desses dias do mês de março de 2025, o Sistema de Informações do Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou a informação de que, pelo menos, 500 (quinhentas) pessoas envolvidas no caso que ficou conhecido como o dos “atos antidemocráticos de 8 de janeiro”, tinham deixado de ser réus primários e aceitado o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), proposto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para evitar a continuidade da ação penal.

Isso porque pesava contra essas pessoas, provas explícitas de participação no ditos “atos” e que foram produzidas por elas mesmas através de, por exemplo, mensagens, fotos e vídeos publicados nos respectivos perfis de redes sociais.

Lendo isso lembrei da ex-mulher de petista, ex-primeira-dama da Paraíba, suplente de deputado federal pelo PSC e irmã em Cristo, Pâmela Bório. E ao lembrar dela pensei: que mulher de sorte!

Sim… porque, inegavelmente o que acontece com ela só pode ter um “dedo” de sorte grande que a faz ainda não ter sido julgada pela Corte Suprema, mesmo tendo produzido contra si, algumas das provas que as tais quinhentas pessoas que deixaram a condição de réus primários para trás também produziram. Obviamente que estou falando dos vídeos gravados e publicados por ela, no perfil pessoal dela, onde aparecia toda orgulhosa e “revolucionária” no telhado de um dos prédios instalados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que foram invadidos naquele dia de registros deploráveis.

Você querido (a) leitor (a), haverá de concordar comigo que “sorte” é um termo coerente a ser invocado neste caso quando relembrar o fato de que até o interrogatório dela, que aconteceria no dia 14 de novembro de 2024, foi adiado porque – do nada! -, na noite da véspera da data agendada para a inquirição da moça, foi registrado um atentado a bomba na Capital Federal que terminou com, pelo menos, um morto.

Pois bem, ado este episódio, o interrogatório chegou a acontecer em 18 de novembro, quando, mais uma vez, a “sorte” a alcançou e a fez ver a celeridade do andamento do processo que tramita contra si, não apenas diminuir o “o”, mas paralisar por meses -como ainda segue até o momento da publicação deste texto!-.

Para você que não sabe, o processo que corre em desfavor da ex-primeira-dama, de acordo com registros do Sistema de Informações do STF, foi protocolado em 23 de setembro de 2024 e foi “andando” relativamente rápido, contabilizando diversas movimentações seguidas, em um ritmo, posso dizer… contínuo, até que… paralisou geral, desde o dia 09 de dezembro de 2024, quando o processo foi encaminhado para o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes.

Desde esse dia já se vão quase quatro meses de paralisação do trâmite processual.

Vendo esses fatos, começo a analisar e chego ao ponto de pensar até que deveria ter estabelecido uma amizade com o ex-marido da ex-primeira-dama, o ex-governador Ricardo Coutinho, que também tem demonstrado nos últimos anos ser um homem de muita sorte, principalmente – e também! -, no âmbito jurídico.

Coutinho tem tanta sorte que mais de uma dezena de magistrados que atuam na Paraíba se averbaram suspeitos de julgar processos envolvendo o nome dele, permitindo assim que as investigações da “Operação Calvário” se tornassem um “calvário” apenas para alguns e nunca para ele, mesmo tendo sido apontado pelo Ministério Público como suposto “cabeça” de uma Organização Criminosa (Orcrim) que teria desviado mais de R$ 140 milhões dos cofres públicos paraibanos enquanto era governador do Estado.

Ora, não venha me dizer que não se trata de uma “sorte superlativa” -e rara!- ver um julgamento adiado por ter um monte de magistrado que não quer sequer tocar no processo que tem determinado nome. É muita sorte, sim!

E, é por causa dessas coisas que vejo, que me ponho a pensar que a sorte pode sim ser um fenômeno “contagioso” e que pela distância que a vida nos impôs não pude ser uma pessoa alcançada por ela em um nível tão elevado.

Mas, não estou só nessa situação, uma vez que até o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, já foi transformado em réu numa velocidade espantosa, demonstrando não ter a mesma sorte de Pâmela ou de Ricardo.

Penso ser este um bom tema para estudo e produção de dissertação e tese no setor acadêmico.

Continue Lendo

Artigos

Após quase 20 anos de atuação, Elsinho Carvalho pede desligamento da Assembleia Legislativa

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O advogado Elson Carvalho Filho, conhecido como Elsinho Carvalho, pediu hoje desligamento da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba após duas décadas de atuação no Legislativo paraibano.

Em seu instagram, ele agradeceu aos deputados e deputadas e aos servidores da Casa.

“Hoje encerro um ciclo com o sentimento de gratidão e de dever cumprido. Em nome de Álvaro Dantas e da experiente deputada Chica Motta, agradeço a todos, indistintamente. Muito obrigado pelo convívio e aprendizado ao longo destes anos.”

Elsinho iniciou suas atividades na Assembleia Legislativa prestando assessoria aos deputados Manoel Júnior (in memoriam), Olenka Maranhão, Vital do Rego (hoje ministro e presidente do Tribunal de Contas da União) e a Gervásio Maia.

Depois atuou na Procuradoria da Casa, na Chefia de Gabinete da Presidência e na Chefia da Secretaria do Gabinete da Presidência, por quase dez anos, nas gestões do hoje deputado federal Gervasinho e do atual presidente, Adriano Galdino.

Durante sua trajetória Elsinho participou ativamente da elaboração de importantes projetos de lei que beneficiaram a população paraibana.

Também teve destacada atuação em Comissões Parlamentares de Inquérito – Is, nos projetos de aposentadoria incentivada para os servidores da Casa e em reformas istrativas.

Atencioso, sempre esteve atento à imprensa e aos servidores.

Em sua despedida, recebeu mensagens de carinho e agradecimento de amigos, servidores e deputados.

“Obrigada por ser vir ao povo da Paraíba com tamanho zelo e dedicação”, escreveu a deputada Francisca Motta (Republicanos), avó do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.

Já o deputado Anderson Monteiro (MDB) escreveu: “Muito bom ter convivido com o amigo na ALPB. Sucesso.”

Advogado reconhecido no Estado, mantém escritório de advocacia com atuação no direito público, entre outras áreas, há quase 20 anos.

Confira imagem:

 

Continue Lendo

Artigos

Pressa para João se definir ativa dilema entre poder e perspectiva de poder

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

*Por Josival Pereira

Uma declaração do deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente estadual do Progressistas, está moendo na imprensa e nas rodas políticas nos últimos dois ou três dias. Foi a defesa para que a chapa da aliança liderada pelo governador João Azevedo seja definida logo. Não houve sinalização de prazo, mas supõem-se que seja com certa urgência.

A fala de Aguinaldo ganhou maior repercussão porque, de forma direta, ele defendeu que o governador decida já se será candidato a senador ou não. Esse é o ponto nevrálgico da coisa.

Não é apenas Aguinaldo que cobra definição mais imediata do governador em relação à candidatura ao Senado. Existem várias vozes neste sentido, incluindo a de aliados e até amigos do governador. Avalia-se que, sem essa definição, João perderia espaços eleitorais e pode correr risco nas urnas.

O problema é que este talvez seja o assunto mais complexo, melindroso e delicado da política estadual. É que a questão tem a ver não apenas com a eleição, mas, sobretudo e essencialmente, com o dilema entre o poder político (ou o poder em marcha para a finalização) e a perspectiva de poder, conceitos que dominam bem os bastidores do ambiente político, embora muitas vezes sejam tratados com demasiada parcimônia.

No caso concreto, o que entra em jogo é que no momento em que o governador João Azevedo anunciar taxativamente, sem nenhuma dúvida, que será candidato a senador, indubitavelmente vai se instalar o processo de finalização de seu governo. Começará a contagem regressiva para a renúncia, que precisará ocorrer até o dia 2 de abril de 2026. Seu poder governamental começará a se esvair a cada mês. Querendo ou não, não demorará que se e a registrar nos dedos a quantidade de meses restante para o fim do governo (10, 9, 8, 7 meses e assim por diante).

Os milhões de investimentos em grandes obras arão a importar menos. Valerá mais a corrida em busca da consolidação de privilégios grupais ou pessoais. Com a decisão plena de candidatura, o poder do governo posto começará a se dissolver. Não adiantam contra-argumentos. Existem centenas de exemplos neste sentido por aí.

Na política, começará a funcionar o que se convencionou chamar de perspectiva de poder. Ocorre quando do ponto de vista temporal o cargo de poder central no município, estado ou no país começa a se aproximar do ungido. Se dá, então, que, automaticamente o futuro detentor do poder a a ser foco de todas as atenções e as soluções sobre contratos, empregos, conflitos e encaminhamento de privilégios já am a ser concentrados no futuro governante e gestor. Trata-se de uma mudança de núcleo de poder quase inevitável.

Pode até ser que o deputado Aguinaldo Ribeiro e os defensores da antecipação de decisão de João nem tenham pensado nisso. Na prática, porém, a decisão final do governador sobre a candidatura ao Senado implica no início da transferência do poder político no Estado. Não foi à-toa, por exemplo, que, recentemente, quando o governador estava de férias, numa visita do vice-governador Lucas Ribeiro a Cajazeiras, o ex-prefeito Zé Aldemir tenha levado um grupo de servidores demitidos do hospital local para o evento. A promessa é que serão reitidos quando Lucas assumir o governo. Afinal, Lucas e Aldemir são do mesmo partido.

Não são também à-toa os registros históricos de prefeitos e governadores que deixam para a undécima hora o anúncio sobre renúncia ou não ao poder para a disputa de outro cargo. São conjunturas em que o poder de cautela e preservação funciona mais alto.

É este quadro que leva o governador João Azevedo a istrar sua situação política. Por isso, num momento, ele adianta a candidatura ao Senado e, noutro, planta a dúvida. Parede conduzir o poder na ponta dos dedos até abril do ano que vem para não perder autoridade.

Assim, não foi de graça que o secretário Tibério Limeira (istração) disse que o PSB ainda não abriu mão da cabeça de chapa. Permite a leitura que o governador pode ficar no cargo para eleger o sucessor. Do mesmo modo, não são gratuitas as declarações de aliados defendendo a permanência do governador no poder até o fim do mandato.

A verdade é que, por todas essas sutis implicações, dificilmente, o governador João Azevedo anunciará uma decisão definitiva sobre a candidatura ao Senado até o início de 2026. As candidaturas serão estimuladas, mas não efetivadas. Pode parecer ruim para o esquema liderado pelo governador. Todavia, vale lembrar que a história revela que quase nada se movimenta a definição do lado do governo. Afinal, as campanhas eleitorais na Paraíba não costumam andar apenas com uma perna.

No mais, talvez seja prudente avisar aos aliados do governador que, às vezes, um conselho amigo pode carregar algum perigo.

Continue Lendo

Artigos

Veneziano avança e vai fechando um sim de quem tem dois pra dar

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Luis Tôrres

Único candidato majoritário do momento que não precisa da decisão de terceiros, portanto, efetivamente definido para as eleições de 2026, o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), postulante à reeleição, avança politicamente como quem trafega numa avenida de duas faixas sem semáforo nem veículos.

Faz da velha máxima que aponta para a inexistência de espaço vazio na política um exemplo na prática. E, enquanto os “possíveis” candidatos, sejam da base governista ou até mesmo oposicionista, ainda discutem e buscam definições pautados por tantos “se” e “talvez, vai fechando um a um apoios importantes entre lideranças políticas municipais para sua candidatura à reeleição.

Impulsionado pelo envio de emendas a diversos municípios da Paraíba, segundo ele, com ações em todas as 223 cidades paraibanas, Veneziano corre solto com cabelos ao vento e vai carimbando com o V um dos braços de prefeitos de todos os partidos, inclusive os aliados ao governo, sem querer saber de quem será o outro braço.

Vai garantindo, portanto, o seu voto antecipada e independentemente de quais serão seus adversários e parceiros na disputa pelas duas vagas no Senado.

De tal forma que, se deixarem Veneziano ar muito tempo neste privilégio de seguir “oficialmente” sozinho, quando as duplas de candidatos oficializados se derem conta não encontrarão mais ninguém capaz de garantir dois votos.

Porque um deles já estará prometido ao Cabeludo.

Continue Lendo