Nos acompanhe

Artigos

Definições políticas para 2026 na Paraíba já estão plenamente desenhadas

Publicado

em

* Por Josival Pereira

Na política da Paraíba, o mais comum é que as candidaturas aos cargos mais importantes- governador, vice-governador e senador – somente são definidas às vésperas das convenções ou em períodos mais próximos, quase sempre faltando 5 ou 4 meses para a eleição. Todavia, pela intensa movimentação das lideranças partidárias, há uma tendência de antecipação das decisões e é bem possível que até o fim do ano (2025) os principais candidatos já estejam praticamente proclamados.

Na verdade, a maioria das definições já estão encaminhadas e já são claramente perceptíveis os contornos de alianças politico-partidárias com as probabilidades de candidaturas.

Os desenhos que se pintam indicam a formação de três campos distintos de conglomerações partidárias para a disputa do poder estadual. Uma aliança liderada pelo governador João Azevedo, envolvendo PSB, Progressistas, Republicanos e talvez o PT, com outra meia dúzia de legendas; outra aliança liderada pelo conjunto formado pelo senador Efraim Filho e o grupo Cunha Lima, com a aglomeração de partidos como PSD, União Brasil ou parte dele, Podemos, MDB e outras legendas da direita liberal; e, por fim, a direita mais radical também se fará presente na disputa com o PL, liderada pelo ministro Marcelo Queiroga, representando o bolsonarismo.

Dentro desses três campos políticos , os nomes já estão praticamente postos. Na aliança governamental, o candidato a governador deverá ficar entre o vice-governador Lucas Ribeiro e o prefeito Cícero Lucena. Fala-se ainda no deputado Hugo Motta, mas, com certeza, essa será uma solução muito remota. Um candidato a senador será o governador João Azevedo e a outra vaga restará disponível para acertos internos ou adesões de porte.

No campo da direita liberal, o candidato a governador ficará entre o senador Efraim Filho e o ex-deputado Pedro Cunha Lima, com a tendência que seja o primeiro, pela sua condição de estar no meio do mandato de senador e não perder o posto em caso de derrota na eleição local. Um candidato ao Senado será o senador Veneziano Vital do Rego. A outra vaga pode ser ocupada por Pedro Cunha Lima, mas também pode ser disponibilizada para outros acertos internos ou para adesões.

Na direita bolsonarista, os nomes estão lançados: o ex-ministro Marcelo Queiroga será o candidato a governador e o pastor Sérgio Queiroga disputará vaga no Senado. Há vagas em aberto na chapa, mas, mantendo a linha mais ideológica de definição, dificilmente não sejam ocupadas por gente de casa.

Tenha-se ainda que a esquerda mais pura, reunida na federação PSOL/Rede, pode apresentar chapa para o debate em torno das eleições para governador.

Apesar dessa possibilidade, é de se registrar que a perspectiva concreta é a de que futuro governador de Paraíba terá perfil de direita, uma vez que os nomes catados para disputar pela aliança liderado pelo PSB e que pode contar com o

PT e legendas de centro esquerda têm histórico perfil de direita. Muda o ciclo inaugurado em 2010, com a eleição de Ricardo Coutinho, estabelecendo um período de gestões constituídas por alianças amplas, mas lideradas pela esquerda.

Lógico que não estão descartadas mudanças de última hora ou imprevistas. É praxe na política da Paraíba. Como a aliança liderada pelo governador dispõe de muitos nomes em condições de disputa, não será surpresa que uma ou outra figura, insatisfeito por falta de acomodação, bandei-se para para a oposição. Assim como é plenamente possível que a aliança governamental, pela sua ampla força, atrai lideranças da oposição.

Não se descarte também que as duas forças mais à direita (direita liberal e direita bolsonarista) acabem se juntando, talvez em torno do nome do senador Efraim Filho.

Na geral, contudo, aa definições políticas para 2026 na Paraíba, inclusive com os nomes dos principais candidatos, já estão plenamente desenhadas.

Continue Lendo

Artigos

Pressa para João se definir ativa dilema entre poder e perspectiva de poder

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

*Por Josival Pereira

Uma declaração do deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente estadual do Progressistas, está moendo na imprensa e nas rodas políticas nos últimos dois ou três dias. Foi a defesa para que a chapa da aliança liderada pelo governador João Azevedo seja definida logo. Não houve sinalização de prazo, mas supõem-se que seja com certa urgência.

A fala de Aguinaldo ganhou maior repercussão porque, de forma direta, ele defendeu que o governador decida já se será candidato a senador ou não. Esse é o ponto nevrálgico da coisa.

Não é apenas Aguinaldo que cobra definição mais imediata do governador em relação à candidatura ao Senado. Existem várias vozes neste sentido, incluindo a de aliados e até amigos do governador. Avalia-se que, sem essa definição, João perderia espaços eleitorais e pode correr risco nas urnas.

O problema é que este talvez seja o assunto mais complexo, melindroso e delicado da política estadual. É que a questão tem a ver não apenas com a eleição, mas, sobretudo e essencialmente, com o dilema entre o poder político (ou o poder em marcha para a finalização) e a perspectiva de poder, conceitos que dominam bem os bastidores do ambiente político, embora muitas vezes sejam tratados com demasiada parcimônia.

No caso concreto, o que entra em jogo é que no momento em que o governador João Azevedo anunciar taxativamente, sem nenhuma dúvida, que será candidato a senador, indubitavelmente vai se instalar o processo de finalização de seu governo. Começará a contagem regressiva para a renúncia, que precisará ocorrer até o dia 2 de abril de 2026. Seu poder governamental começará a se esvair a cada mês. Querendo ou não, não demorará que se e a registrar nos dedos a quantidade de meses restante para o fim do governo (10, 9, 8, 7 meses e assim por diante).

Os milhões de investimentos em grandes obras arão a importar menos. Valerá mais a corrida em busca da consolidação de privilégios grupais ou pessoais. Com a decisão plena de candidatura, o poder do governo posto começará a se dissolver. Não adiantam contra-argumentos. Existem centenas de exemplos neste sentido por aí.

Na política, começará a funcionar o que se convencionou chamar de perspectiva de poder. Ocorre quando do ponto de vista temporal o cargo de poder central no município, estado ou no país começa a se aproximar do ungido. Se dá, então, que, automaticamente o futuro detentor do poder a a ser foco de todas as atenções e as soluções sobre contratos, empregos, conflitos e encaminhamento de privilégios já am a ser concentrados no futuro governante e gestor. Trata-se de uma mudança de núcleo de poder quase inevitável.

Pode até ser que o deputado Aguinaldo Ribeiro e os defensores da antecipação de decisão de João nem tenham pensado nisso. Na prática, porém, a decisão final do governador sobre a candidatura ao Senado implica no início da transferência do poder político no Estado. Não foi à-toa, por exemplo, que, recentemente, quando o governador estava de férias, numa visita do vice-governador Lucas Ribeiro a Cajazeiras, o ex-prefeito Zé Aldemir tenha levado um grupo de servidores demitidos do hospital local para o evento. A promessa é que serão reitidos quando Lucas assumir o governo. Afinal, Lucas e Aldemir são do mesmo partido.

Não são também à-toa os registros históricos de prefeitos e governadores que deixam para a undécima hora o anúncio sobre renúncia ou não ao poder para a disputa de outro cargo. São conjunturas em que o poder de cautela e preservação funciona mais alto.

É este quadro que leva o governador João Azevedo a istrar sua situação política. Por isso, num momento, ele adianta a candidatura ao Senado e, noutro, planta a dúvida. Parede conduzir o poder na ponta dos dedos até abril do ano que vem para não perder autoridade.

Assim, não foi de graça que o secretário Tibério Limeira (istração) disse que o PSB ainda não abriu mão da cabeça de chapa. Permite a leitura que o governador pode ficar no cargo para eleger o sucessor. Do mesmo modo, não são gratuitas as declarações de aliados defendendo a permanência do governador no poder até o fim do mandato.

A verdade é que, por todas essas sutis implicações, dificilmente, o governador João Azevedo anunciará uma decisão definitiva sobre a candidatura ao Senado até o início de 2026. As candidaturas serão estimuladas, mas não efetivadas. Pode parecer ruim para o esquema liderado pelo governador. Todavia, vale lembrar que a história revela que quase nada se movimenta a definição do lado do governo. Afinal, as campanhas eleitorais na Paraíba não costumam andar apenas com uma perna.

No mais, talvez seja prudente avisar aos aliados do governador que, às vezes, um conselho amigo pode carregar algum perigo.

Continue Lendo

Artigos

Pedro assume o PSD, Romero sai do casulo e Queiroga ensaia discurso para 2026

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Suetoni Souto Maior

As movimentações do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), pelo interior do Estado no fim de semana parecem ter acordado a oposição no Estado. Nesta terça-feira (8), três nomes importantes de partidos adversários do governador João Azevêdo (PSB) anunciaram movimentações visando as eleições do ano que vem. O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima marcou para o dia 28 a posse dele na presidência estadual do PSD, sigla subtraída da senadora Daniela Ribeiro. Além disso, o ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) e o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) colocaram os nomes à disposição para o pleito.

Do nada, o bloco que esperava os os da base governista buscou se colocar para a disputa. Pedro ressaltou em entrevistas à imprensa o histórico que o acompanha. Ele disputou as eleições para o governo do estado em 2022 e foi derrotado pelo governador João Azevêdo. Apesar disso, ressalta, conseguiu mais de um milhão de votos. Se decidir ser candidato, terá como adversário na mesma trincheira Romero Rodrigues, que não esconde o interesse pela disputa. O grande problema de Rodrigues é a dificuldade de fazer as pessoas acreditarem nesta disposição após desistências seguidas do parlamentar.

Romero brigou para ser candidato ao governo em 2018 e desistiu. Depois, se movimentou em 2022 e desistiu. Mas não acabou, movimentou-se novamente em 2024 para a disputa da prefeitura de Campina Grande e, advinha: desistiu. Ele, no entanto, tem se mostrado empolgado com a nova possibilidade.

Para terminar, Marcelo Queiroga deu entrevista à rádio Arapuan, de João Pessoa, nesta terça, e destacou a necessidade de um palanque na Paraíba para o candidato que for apoiado por Bolsonaro nas eleições de 2026. Em pesquisa recente, ele apareceu no segundo pelotão entre os nomes lembrados para a disputa do governo. Lideranças bolsonaristas do Estado esperavam que um dos nomes da centro-direita, como Pedro Cunha Lima ou Efraim Filho, representem o projeto na disputa. Este cenário, no entanto, é bem difícil de se concretizar.

Aos poucos os nomes vão chegando às ruas.

Continue Lendo

Artigos

Presidente do PT/PB diz que partido só faz um federal e ´oficializa´ competição entre Couto e

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Luis Tôrres

A sinceridade é uma das formas mais pré-históricas de viver em sociedade, que se alimenta de fingimento, máscaras e convenções sociais de todo tipo para uma boa preservação da espécie humana.

Longe da firula social, o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macedo, de tacape na mão, lembrou o tempo das cavernas ao dar nesta segunda,7, em entrevista à Arapuan FM, uma cacetada na pretensão do próprio partido em eleger dois deputados federais.

De forma direta, ele declarou que o PT não conseguirá eleger dois deputados, colocando, assim, o deputado federal, Padre Luiz Couto, candidato à reeleição, e o ex-governador Ricardo Coutinho, que anunciou recentemente pretensão de ir para Câmara dos Deputados, como futuros rivais de uma só cadeira disponível à legenda.

“Eu não vou enganar as pessoas. Eu acho que não. Eu não sou esses presidentes de partidos que chegam aqui. Ah, eu vou eleger cinco federais. Vou fazer doze estaduais. Aí chega outro, vou fazer seis federais. O coeficiente eleitoral para bater dois deputados federais é em torno de 300 mil a 320 mil votos. O PT nunca teve isso. Nem nos melhores momentos, nos momentos áureos, na primeira eleição do Lula, quando o Luiz Couto beirou os cem mil votos. Nós nunca tivemos isso”, destacou.

E aí, Luiz Couto e Ricardo Coutinho serão sinceros em replicá-lo ou vão fingir que não ouviram o que disse Jackson?

Continue Lendo