Nos acompanhe

Brasil

Lula decreta luto oficial de sete dias pela morte de Papa Francisco

Publicado

em

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), emitiu nota de pesar pela morte do papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21/04), e decretou luto oficial de sete dias no país.

Leia a nota abaixo:

A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos.

Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados.

Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças.Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito.

Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará.

Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil.

O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações.

Continue Lendo

Brasil

Relembre a relação do papa Francisco com o Brasil

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O papa Francisco morreu nesta 2ª feira (21.abr.2025), aos 88 anos. O pontífice foi o 2º líder mais velho a governar a Igreja Católica em 700 anos. No entanto, sofria de problemas de saúde. Foi hospitalizado em 14 de fevereiro no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, na Itália, para tratar uma pneumonia bilateral. Teve alta em 23 de março e se recuperava no Vaticano.

No início de fevereiro, ele foi diagnosticado com bronquite, que evoluiu para uma pneumonia bilateral. Em 2023, Francisco ou 3 dias hospitalizado para tratar também de uma bronquite. Em março de 2024, não conseguiu ler o seu discurso durante a abertura do ano judicial no Vaticano por causa da doença.

O papa Francisco manteve uma relação próxima com o Brasil, abordando temas como meio ambiente, desigualdade social e democracia. Desde o início de seu pontificado, em 2013, ele tem feito declarações sobre a situação política e social do país, além de destacar a importância da proteção da Amazônia.

O Brasil tem a maior população católica do mundo. De acordo com o Anuário Pontifício de 2023, que tem o dado mais recente sobre católicos no país, o país tem aproximadamente 180 milhões de católicos, consolidando-se como o país com o maior número de fiéis batizados no mundo.

O Vaticano acompanha de perto questões sociais, políticas e ambientais do Brasil, além de promover visitas e reconhecer santos brasileiros.

Francisco esteve o Brasil como destino de sua 1ª viagem internacional depois que assumiu o comando da Igreja Católica. O pontífice veio ao país para participar da 28ª JMJ (Jornada Mundial da Juventude), encontro de jovens católicos realizado no Rio de Janeiro em julho de 2013.

“Deus quis que minha primeira viagem fosse ao Brasil”, disse o papa à época em uma recepção no Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, com a presença da então presidente Dilma Rousseff (PT).

Cerca de 1 ano depois, em 21 de fevereiro de 2014, foi a vez da ex-presidente se encontrar com o pontífice no Vaticano. Na ocasião, Dilma entregou a Francisco uma camisa da seleção brasileira assinada por Pelé e uma bola autografada por Ronaldo. A ex-presidente também convidou o líder católico para a Copa do Mundo, que foi realizada no Brasil naquele ano.

Dilma encontrou Francisco novamente em abril de 2024. Na ocasião, a ex-presidente presenteou o líder religioso com o “Theodoro Sampaio. Nos sertões e na cidade”, de Ademir Pereira dos Santos.

Francisco não se reuniu pessoalmente com Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) durante os mandatos dos ex-presidentes. Em abril de 2017, o papa enviou uma carta a Temer recusando o convite de visita ao Brasil por questões de agenda. Na época, também disse que a crise política e social que o país enfrentava não era de “simples solução”.

Quanto a Bolsonaro, a relação do ex-presidente com Francisco teve alguns momentos de tensão, principalmente por conta de divergências em relação à proteção da Amazônia. Apesar disso, o pontífice demonstrou um gesto de compaixão em 27 de janeiro de 2022, ao enviar uma nota de pesar a Bolsonaro pela morte de sua mãe, Dona Olinda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Francisco se encontraram pessoalmente diversas vezes. A 1ª reunião se deu antes do petista conquistar seu 3º mandato como presidente. Em 13 de fevereiro de 2020 no Vaticano, Lula conversou com o pontífice sobre o meio ambiente e a desigualdade social.

Depois de assumir a Presidência do Brasil, Lula viajou ao Vaticano em junho de 2023. Ele estava acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva. Ambos trocaram presentes com o papa.

O pontífice entregou ao petista um baixo-relevo em bronze com o escrito: “A paz é uma flor frágil”. O documento sobre a Fraternidade Humana e o livro sobre a Statiu Orbis de 27 de março de 2020 também foram concedidos a Lula.

Em troca, o papa foi presenteado com uma gravura do artista pernambucano J.F. Borges, e uma estátua de Nossa Senhora de Nazaré, entregue pela primeira-dama.

Lula e Francisco voltaram a se encontrar cerca de 1 ano depois. Em 14 de junho de 2024, o petista e o pontífice se reuniram em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. Janja também esteve presente. Na ocasião, Lula convidou o papa para participar de uma campanha conjunta para “tornar o mundo mais humano”.

Durante seu pontificado, Francisco também comentou sobre diversas situações no Brasil. Falou, por exemplo, dos atos extremistas realizados em 8 de janeiro, em Brasília. Ele manifestou preocupação com o episódio. Disse que extremistas no Brasil enfraquecem a democracia e que a polarização política não ajuda a “resolver os problemas urgentes dos cidadãos”.

O papa também prestou solidariedade às famílias afetadas pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul em 2024. Doou 100 mil euros para ajudar.

A primeira-dama Janja Lula da Silva se encontrou com o papa Francisco em 12 de fevereiro de 2025, durante audiência no Vaticano. Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, ela disse ter agradecido pelas orações pela saúde de Lula e conversado sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro, em 2024.

“Hoje a gente começou o dia abençoada, encontrando com o papa Francisco. Eu estou muito emocionada, toda vez que eu encontro com ele é sempre uma emoção“, disse Janja. “Eu falei um pouco do meu trabalho com as mulheres e com as meninas na questão da pobreza, de como a fome e a pobreza impactam a vida das meninas“.

Leia mais em matéria publicada pelo Poder 360 clicando aqui.

Continue Lendo

Brasil

“É preciso priorizar o que é essencial para melhorar a vida das pessoas”, diz Efraim

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Presidente da CMO (Comissão Mista de Orfamento), que vai elaborar a LDO de 2026, o senador Efraim Filho (União-PB) falou a respeito do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional esta semana. Para ele, a proposta é “ousada, mas atingível”.

“A CMO recebe a proposta do governo, o PLDO, muito atenta ao equilíbrio entre receita e despesa, às premissas de responsabilidade e equilíbrio fiscal. Todavia, consideramos que a meta estipulada é ousada, mas atingível”, assegura o senador.

A proposta prevê o aumento do salário mínimo em R$ 112 — dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.630 a partir de janeiro. Esse aumento resultará em um impacto de R$ 44,8 bilhões, segundo cálculo aproximado do Ministério de Planejamento e Orçamento — cada aumento de R$ 1 impacta o gasto público em cerca de R$ 400 milhões.

O projeto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias também apresenta uma meta de superávit para a União em 2026, com previsão de um saldo de R$ 34,3 bilhões, cerca de 0,25% do Produto Interno Brasileiro (PIB). Essa meta só será atingida se o governo conseguir aumentar as receitas em R$ 118 bilhões.

“São cifras astronômicas, é o mapeamento do gasto de todo o país. Um desafio que exige muita responsabilidade da CMO para encontrar as receitas e, também, as estratégias necessárias para que se possa atingir a meta. É importante registrar que nós temos, ainda por parte do governo, uma lacuna de R$ 118 bilhões de receitas que precisam aparecer e, mesmo havendo o compromisso por parte do governo, a CMO faz questão de reforçar que esses bilhões que faltam no orçamento não poderão vir, nem virão, de aumento de impostos, de aumento de alíquotas ou criação de novos impostos”, diz Efraim.

Perguntado sobre qual seria o caminho para aumentar a receita sem aumentar imposto, o presidente da CMO foi taxativo:

“O equilíbrio fiscal não vem apenas da receita. Precisamos olhar para o lado da despesa. É preciso qualificar o gasto público, é preciso eliminar o desperdício, é preciso priorizar aquilo que é essencial para melhorar a vida das pessoas”.

Para Efraim, a CMO precisa trabalhar com foco em beneficiar as pessoas.

“O orçamento não pode ser uma peça meramente técnica, alheia à realidade e ao dia a dia dos brasileiros. A gente vê o impacto que tem, por exemplo, a inflação e o aumento dos alimentos, que compromete a comida na mesa das famílias brasileiras. Além disso, é preciso dar transparência aos gastos públicos e segurança jurídica para investidores”, defende o presidente da CMO.

Continue Lendo

Brasil

Motta discutirá processo de cassação de deputado Glauber Braga com líderes partidários

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), deve discutir com líderes partidários da Casa o processo de cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

Por um placar de 13 a 05, o colegiado recomendou a perda de mandato do deputado de esquerda por ter agredido um representante do Movimento Brasil Livre (MBL), em 2024.

De acordo com informações da CNN Brasil, Hugo tem recebido reclamações de parlamentares de centro e de esquerda de que a punição estabelecida pelo Conselho de Ética foi exagerada.

Agora cabe ao plenário da Câmara dos Deputados definir se o parlamentar será cassado. No histórico da Casa Legislativa, nunca houve cassação de mandato por agressão, apesar de ter havido episódios de tapas e socos.

Desde a recomendação de cassação, Glauber tem feito uma greve de fome na Câmara dos Deputados. Ele tem recebido visitas de autoridades e artistas, incluindo ministros petistas.

A avaliação de que a punição do parlamentar deve ser reduzida – no caso, para uma suspensão – não se restringe à esquerda. Dentro do Partido Liberal (PL), há congressistas que avaliam a cassação como exagerada, além de abrir um precedente perigoso.

O próprio líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que a sua opinião pessoal é de que o ideal seria atribuir a penalidade de suspensão. “É minha opinião pessoal, mas a minha bancada quer cassá-lo. E tenho que estar junto com a minha bancada”, disse.

Continue Lendo