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Paraíba

Paraíba conquista 2º lugar em Ciências Humanas na FEBRACE 2025 com projeto sobre culturas afro-brasileira e indígena

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Estudantes de Campina Grande representaram com destaque o estado da Paraíba na 23ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), realizada entre os dias 25 e 28 de março na Universidade de São Paulo (USP). O projeto Kit Culturando: arte e ciência, desenvolvido por alunas da Escola SESI – Unidade Prata, conquistou o 2º lugar na categoria Ciências Humanas e demonstrou o poder transformador da ciência aliada à valorização da diversidade cultural.

Sob orientação da professora Mônica Larissa Aires de Macêdo, as estudantes Maria Luíza Dantas Vasconcelos e Anny Bheatriz de Lima Medeiros criaram um recurso didático interdisciplinar que visa contribuir com a implementação da Lei 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras. Intitulado “Kit Culturando”, o material inclui tintas naturais produzidas com urucum, açafrão e jenipapo — inspiradas em técnicas ancestrais — e um e-book explicativo com sugestões metodológicas para aplicação em sala de aula.

A pesquisa envolveu revisão bibliográfica, entrevistas com lideranças indígenas, como o Cacique Edinaldo da Aldeia Tabajara, e o desenvolvimento de oficinas temáticas, promovendo uma abordagem prática e sensível às realidades locais. O projeto revelou não apenas lacunas na formação de professores e no uso de materiais pedagógicos adequados, mas também o potencial da arte e da ciência como ferramentas de inclusão e valorização das identidades culturais.

A FEBRACE é a principal mostra nacional de projetos de ciências e engenharia desenvolvidos por estudantes do ensino básico e técnico no Brasil. Em 2025, o evento reuniu 300 projetos finalistas de 269 escolas públicas e privadas, com a participação de 671 estudantes e 462 professores de todas as regiões do país.

Sobre a FEBRACE

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) é promovida pela Escola Politécnica da USP e realizada anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC). Seu objetivo é estimular a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo entre estudantes do ensino básico e técnico, promovendo soluções inovadoras para desafios contemporâneos. Esta edição tem o patrocínio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Petrobras, Sebrae e apoio institucional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Governo Federal, do CNPq e do Conselho Regional de Técnicos do Estado de São Paulo – CRT-SP.

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Paraíba

Pesquisadores encontram vestígios de civilizações antigas e de mata atlântica na Caatinga paraibana

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Redação do Portal da Capital

O Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração Rio Paraíba Integrado (Peld Ripa) tem revelado descobertas importantes sobre a história ambiental e a biodiversidade da Caatinga paraibana. Coordenado por universidades como UEPB, UFPB, UFV e Unioeste, o projeto conta com o apoio do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq), além de instituições federais como o CNPq, Capes e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O financiamento do Peld Ripa é feito em ciclos de quatro anos. O primeiro, de 2021 a 2024, foi apoiado pelo Governo Estadual. Para o novo ciclo, de 2025 a 2028, o projeto será ampliado com recursos no valor de R$ 300 mil.

“O Governo da Paraíba tem investido fortemente em ciência e tecnologia como um pilar para o desenvolvimento sustentável do nosso estado. Projetos como o Peld Ripa são fundamentais para entendermos as mudanças climáticas e seus impactos, além de nos proporcionar dados essenciais para a formulação de políticas públicas mais eficazes. Esse projeto, em parceria com a Secties e a Fapesq, tem sido um marco nas pesquisas sobre a Caatinga e os biomas que a cercam, proporcionando uma visão clara sobre as transformações ambientais e históricas da nossa região”, afirma o secretário de Estado da Secties, Claudio Furtado.

De acordo com ele, a colaboração entre as universidades e as comunidades científicas é crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, promover a conservação da biodiversidade e melhorar a qualidade de vida da população paraibana. “O Peld Ripa é, sem dúvida, um projeto que reflete o compromisso do Governo da Paraíba com a ciência e a preservação ambiental”, completou.

Pesquisas realizadas pelo programa no Cariri paraibano demonstram que os lajedos e serrotes funcionam como museus naturais, preservando espécies da Caatinga que coexistem com vegetações típicas da Mata Atlântica, Cerrado e até da Floresta Amazônica. Isso indica que nesse período a região abrigava um corredor contínuo de Mata Atlântica que poderia ter se estendido até a Amazônia, formando uma transição entre biomas.

Os estudos são coordenados pelo geógrafo Dr. Bartolomeu Israel de Souza, professor da UFPB, e envolvem investigações sobre desertificação, microclima e mudanças climáticas. Uma das descobertas mais marcantes foi a identificação de fósseis de araruta, planta nativa usada por comunidades indígenas. A grande quantidade encontrada sugere a existência de uma antiga plantação, o que aponta para a presença de uma comunidade fixa no local, há cerca de oito mil anos.

Caatinga já foi ‘Mata Atlântica’

Seria possível árvores como jabuticabeiras, jatobás e ipês-roxos conviverem com mandacarus e juazeiros? Segundo Bartolomeu de Souza, sim. Esses encontros acontecem em áreas específicas nas bordas de lajedos e serrotes, onde se formam pequenos “oásis” que permanecem verdes mesmo durante longos períodos de seca. A presença de água acumulada e temperaturas mais amenas criam um microclima ideal para espécies com maior exigência hídrica.

Essas áreas também chamam atenção da comunidade científica internacional. Além da flora diversa, os solos são ricos em matéria orgânica. Segundo Bartolomeu, a presença da araruta em grande escala reforça a hipótese de um clima mais úmido e vegetação densa há milhares de anos. “Com o tempo, o clima se tornou mais seco e quente, levando à dispersão dessas populações e ao declínio de espécies como a araruta”, explica o pesquisador.

Os cientistas estimam que a Caatinga, como a conhecemos hoje, tenha menos de cinco mil anos. As mudanças atuais no clima, agora intensificadas pela ação humana, trazem novas perguntas: essas áreas de refúgio seriam capazes de recolonizar a Caatinga? Resistiriam à intensificação das secas? As respostas dependem da continuidade das pesquisas. “Enquanto ainda não há nada de concreto, o certo é que devemos preservar essas áreas”, alerta Bartolomeu.

Entretanto, há um desafio: a legislação ambiental atual não contempla as bordas de lajedo como áreas de proteção. Iniciar um debate político sobre o tema é urgente, pois essas formações podem ser chave para o futuro da biodiversidade e para a conservação dos recursos hídricos da Caatinga.

Universidades contribuem com políticas do Governo da Paraíba

O Peld Ripa também tem apoiado ações estratégicas do Governo da Paraíba. Contribuiu com o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Ponte do Futuro, que ligará João Pessoa a Lucena, realizou estudos para a dragagem do Porto de Cabedelo e participa do monitoramento de 118 reservatórios em parceria com a Aesa-PB e a Cagepa.

A UEPB é a instituição mantenedora do projeto, com participação ativa da UFPB, UFCG, IFPB e outras. Ao todo, cerca de 500 pesquisadores do Brasil e do exterior estão vinculados ao programa. A professora Joseline Molozzi, vice-coordenadora do projeto, destaca a articulação com ONGs, como o SOS Sertão Brasil e a Rede Maris, além da atuação em áreas de Restinga e projetos de restauração do mangue.

A popularização da ciência é um dos eixos do projeto. Exposições em praças, capacitação de professores, visitas escolares às universidades e atividades itinerantes fazem parte do escopo. Destaque para o projeto “Jovem Cientista”, que já alcançou 14 cidades. Em quatro anos, o Peld Ripa publicou 13 artigos científicos de alto impacto, organizou mais de 10 eventos, dois livros e diversas cartilhas destinadas às comunidades locais.

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Mangabeira 42 anos: Cabo Gilberto destaca destinação de recursos e ações ao maior bairro da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Cabo Gilberto (PL), utilizou as redes sociais para celebrar os 42 anos de história do bairro Mangabeira, celebrados nesta quarta-feira (23/04).

Sendo o maior e mais populoso bairro de João Pessoa, com mais de 100 mil habitantes, ele fica localizado na Zona Sul e representa um dos principais centros comerciais e residenciais da cidade.

O parlamentar aproveitar para destacar os esforços por meio dos mandatos como deputado e estadual e federal na destinação de emendas parlamentares que garantiram a reforma do Complexo Hospitalar Tarcísio de Miranda Burity, conhecido como Hospital Trauminha, o calçamento de todas as ruas que faltavam ser calçadas, e recursos para a construção da ponte que liga Mangabeira ao Valentina de Figueiredo.

“Compromisso assumido na campanha e realizado de forma transparente para a população da Paraíba em especial do Bairro de Mangabeira. Maior envio de recursos de um deputado federal da história de Mangabeira”, destacou o parlamentar.

Confira:

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Vereador Raoni Mendes participa de reunião com Efraim Filho e busca incentivos ao esporte na Capital

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Redação do Portal da Capital

O vereador de João Pessoa, Raoni Mendes (DC), participou de uma agenda no gabinete do senador Efraim Filho (União Brasil), em Brasília, nesta terça-feira (22/04), para debate temas relevantes à Capital em especial o incentivo ao esporte.

Participaram do encontro o técnico de Vôlei de Praia, Bruno de Paula, e o atleta olímpico George Wanderley.

Raony é presidente da  Comissão Especial de Estudos sobre o Esporte na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) e busca com a audiência garantir recursos e esforços da bancada paraibana no Congresso.

 

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