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Paraíba

JP é destaque no Fórum de Secretários das Capitais durante Encontro Nacional de Gestores de Cultura

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O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, participou, nesta quinta-feira (24), de uma reunião do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados, durante o II Encontro Nacional de Gestores de Cultura (ENGCult), no Centro de Convenções de João Pessoa, onde a capital paraibana foi, mais uma vez, protagonista nesse processo.

“É muito importante para todos nós da Prefeitura de João Pessoa acolher os secretários de cultura das capitais e dos municípios associados. Nós fizemos uma reunião do nosso Fórum muito forte e intensa. Reafirmamos uma agenda junto ao Ministério da Cultura, uma pauta nacional de extrema importância para todos nós, como a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), os arranjos regionais”, iniciou Marcus Alves.

Ele destacou que foi possível, na segunda reunião de 2025, marcar, de forma muito simbólica, a força dos municípios. “O prefeito Cícero Lucena tem um lugar muito especial na Frente Nacional dos Prefeitos, como vice-presidente para articulação junto ao Congresso Nacional. Esse lugar especial do prefeito nos legitima e pede que cuidemos desse Fórum, dando atenção a toda a política nacional de cultura que nós estamos dando”, ressaltou.

“Nós acolhemos e abraçamos todos os novos municípios que chegaram agora para participar do Fórum, tendo a consciência de que muitos novos secretários e gestores vão ar um tempo de aprendizagem de todo o funcionamento desse sistema. Nós estamos criando uma unidade muito grande e um compartilhamento de experiências muito significativo. Isso vai render bons frutos para nossa história cultural”, acrescentou Marcus Alves.

Márcio Tavares dos Santos, secretário executivo do Ministério da Cultura (MinC), afirmou que os secretários de cultura e municípios associados têm um fórum que tem sido fundamental na articulação de políticas públicas, a exemplo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e da Lei Paulo Gustavo.

“Agora estamos entrando no segundo ciclo da PNAB e a implementação do Sistema Nacional de Cultura são pautas que o Ministério da Cultura tem priorizado nesse diálogo com os fóruns das capitais. E eu espero que essa reunião nos ajude muito a avançar no desenho dessas políticas estruturantes”, pontuou.

Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultura do Ministério da Cultura, observou que o Brasil tem 5570 municípios e que, sem dúvida nenhuma, a dimensão política municipalista é fundamental para que seja estruturada qualquer política pública de qualquer área, de qualquer setor, mas, principalmente, na cultura.

“A cultura é feita nos territórios, nos lugares, ela é do chão batido. Então, articular municípios é uma função fundamental para completar este quadro federalista brasileiro que precisa cada vez mais ser aprimorado. Leis, estruturas, normativas, formação, entender o tipo de ação de política pública de cultura que precisamos fazer em cada parte desse país, conforme as especificidades dos municípios, que são muito diversas, para nós é uma descoberta boa, que é aprender a negociar, pactuar, mas, sobretudo, entender o Brasil, a sua produção cultural e a importância de nós, gestores, nessa articulação para o fortalecimento da cultura brasileira”, analisou.

Eliane Parreiras, presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados e secretária de Cultura de Belo Horizonte (MG), afirmou que é uma alegria estar em João Pessoa. “É uma cidade maravilhosa, com o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, que é uma pessoa muito importante para a história do Fórum. Ele, ao longo desses últimos anos, fez um trabalho muito importante para consolidação e fortalecimento do Fórum. Simbolicamente, é muito bom estarmos aqui, de maneira descentralizada, ando pelas regiões brasileiras”.

Para além disso, ela destacou que o momento é muito importante de encontro presencial entre os secretários e os dirigentes. Ela lembrou que houve, de maneira geral, uma mudança muito grande nas prefeituras, e este é o momento de conhecer, começar a construir laços.

“Estamos recompondo o Fórum com essa participação efetiva e também com a mediação hoje do Ministério da Cultura. É muito importante porque o secretário executivo do MinC e a secretária dos Comitês estão aqui dialogando com essas cidades todas. É uma reunião propositiva do Fórum de construção e fortalecimento das alianças estratégicas entre os municípios”, disse.

Mário Lopes, assessor técnico da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), afirmou que esta é mais uma oportunidade de troca de experiências, mas principalmente de formação dos novos gestores e gestoras de cultura das capitais, médios e grandes municípios. Ele ressaltou que a FNP veio para afiançar a participação e o compromisso da entidade dos novos prefeitos e prefeitas, da nova diretoria, para qualificar políticas públicas de cultura.

“A FNP vem nesse papel duplo de trazer o comprometimento da nova diretoria, eleita agora em abril, em Brasília – inclusive, o prefeito Cícero Lucena assume a vice-presidência de Relações com o Congresso Nacional, da FNP – e também trazer esse apoio ao Fórum de Secretários Municipais nessa busca de qualificação de alternativas perante os grandes temas do municipalismo, por exemplo, reforma tributária. Nós, como FNP, estamos juntos, nos solidarizamos com toda pauta cultural nessa busca de alternativas de novas receitas, mas também de novas políticas públicas qualificadas relacionadas à cultura”.

Municípios – Representantes de vários municípios estiveram no Encontro. De Salvador (BA), Walter Pinto, subsecretário de Cultura e Turismo, comentou suas impressões. “Eu tenho achado muito proveitoso o encontro em nível de discussão e, mais do que isso, é a interação entre diversos entes federativos. É uma oportunidade de compartilharmos algumas experiências, entender que boa parte dos desafios da gestão, das políticas públicas da cultura são muito semelhantes, em que pese, tenhamos municípios e estados, cada um com suas características e particularidades, mas é entender que podemos nos fortalecer na medida em que compartilhamos essas experiências, tecnologias sociais e que possamos demandar junto à União esse fortalecimento. Essa é a estratégia do Fórum e da Rede”, disse.

Do município de Carrapateira (PB), a secretária Thaynara Vieira, que é gestora de cultura pela primeira vez, conta que saiu do Sertão em busca de experiências para entender melhor como funciona a cultura no País. “Almejo aprender e ajudar o município a desabrochar em produções culturais e também buscar recursos para nossa cidade”.

Alex Ferreira, secretário de Cultura do Estado de Roraima, observou que o extremo Norte do país, até por uma questão logística, é meio isolado e tem certa dificuldade de se integrar e participar do circuito nacional.

“Por isso, temos buscado, sempre que possível, participar desses eventos. Buscamos efetivamente essa integração e criar canais de interlocução para que consigamos fluir nas tratativas culturais e, de fato, levar as políticas tratadas em nível nacional para o estado e para a região Norte de um modo geral”.

O presidente da Fundação Gregório de Matos, em Salvador, Fernando Guerreiro, disse que está na quinta formação do Fórum de Gestores Municipais e hoje pertence à diretoria do Nordeste. “Para mim, esse é um momento de retomada muito importante porque tivemos mudança de prefeitos, novos secretários chegaram, e estamos retomando o protagonismo do Fórum e discutindo o futuro, criando pautas novas, ou seja, essa reunião, para mim, é o início de um novo ciclo”, comentou.

Encontro – O II ENGCult é um espaço estratégico para troca de experiências, articulação entre entes federativos e fortalecimento da gestão cultural em todo o país. Uma oportunidade para quem constrói cultura na ponta e deseja ampliar sua rede de atuação. A programação completa está no link: https://drive.google.com/file/d/18QNIyuQELbStkViGEHl861Sp7Bfv1fqJ/view.

Realizado pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, com co-realização da Secretaria de Estado da Cultura do Governo da Paraíba, o evento tem patrocínio da Fundação Itaú e parceria do Fórum Nacional de Secretários e Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados, e Rede Nacional de Gestores Municipais de Cultura.

Conta ainda com a cooperação da Unesco e apoio institucional da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Empreender Paraíba e Ministério da Cultura.

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Agentes políticos e jurídicos chegam a um consenso e TAC eliminará risco de fechamento do Padre zé

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O diretor do Hospital Padre Zé, padre George Medeiros, afirmou que agentes políticos e jurídicos chegaram a um consenso e o ime que envolvia risco de fechamento da unidade hospitalar filantrópica será encerrado na próxima semana.

Segundo o gestor, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será assinado na próxima quarta-feira (30/04), às 14h, com a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para a liberação de recursos públicos que garantirão a continuidade do funcionamento do hospital.

A unidade filantrópica hospitalar tem vivido dias difíceis, em termos financeiros, a partir da descoberta de um suposto esquema de desvio de quase R$ 140 milhões em verbas e produtos destinados à manutenção do hospital.

O antigo gestor, padre Egídio de Carvalho Neto, foi apontado por investigações do Ministério Público como mentor do esquema de corrupção que teria garantido a ele a formação de um patrimônio milionário que continha, inclusive, apartamentos de luxo, obras de arte e uma fazenda no valor aproximado de R$ 5 milhões.

Os comentários do padre George foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (25/04).

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MPF emite medidas para proteger território de pescadores em Barra de Mamanguape; veja documentos

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O Ministério Público Federal (MPF) emitiu duas recomendações visando à proteção dos direitos e do modo de vida da comunidade tradicional de pescadores de Barra de Mamanguape, localizada no município de Rio Tinto, litoral norte da Paraíba. Os documentos foram enviados à Prefeitura de Rio Tinto (PB), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), à Superintendência de istração do Meio Ambiente (Sudema), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao cartório de registro de imóveis do município.

Uma das recomendações orienta a Prefeitura de Rio Tinto e os órgãos ambientais que não autorizem licenças, alvarás de construção, nem licenças ambientais para a supressão de vegetação ou outros atos istrativos que possam interferir na área, sem consulta prévia ao MPF. A outra recomendação é para que a prefeitura e o cartório local se abstenham de realizar qualquer ato istrativo ou registral que envolva a venda, licenciamento, parcelamento, regularização fundiária ou emissão de documentos relacionados a imóveis situados no território tradicional da comunidade. A recomendação inclui a suspensão de alvarás, autorizações urbanísticas, certidões de localização, guias de ITBI e registros de propriedade ou georreferenciamento, além da revisão de registros e transmissões já efetivadas.

A medida foi tomada em resposta a denúncias apresentadas pela própria comunidade, que relatou o crescimento desordenado do turismo, invasões de empreendedores que não fazem parte da comunidade, especulação imobiliária, dentre outros fatores que ameaçam seu território e seu modo de vida tradicional.

Segundo apurou-se, a comunidade tradicional de pescadores artesanais de Barra de Mamanguape enfrenta pressões decorrentes não só da ausência de políticas públicas adequadas, mas também de ações governamentais e de empreendimentos que têm gerado impactos negativos na região. Entre os problemas relatados estão o comprometimento do abastecimento de água, o bloqueio de o ao mangue e à praia e o aumento de conflitos no território.

Comunidade tradicional – A tradicionalidade da comunidade foi reconhecida pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil (CNPCT). Além disso, como explica o procurador da República José Godoy, conforme o Enunciado nº 47 da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, a autodeclaração de territórios tradicionais é legítima e gera repercussões jurídicas, que devem ser consideradas em políticas públicas, especialmente em questões fundiárias e ambientais.

“O direito ao território tradicional é anterior à demarcação e precisa ser protegido de forma efetiva, inclusive nos casos em que o Estado ainda não formalizou esse reconhecimento. A recente do Decreto nº 46.455/25 pelo governo da Paraíba, que reconhece a existência, os direitos e a contribuição das comunidades tradicionais para a formação da sociedade paraibana, reforça esse compromisso. Cabe aos poderes públicos agir com urgência para impedir que esses territórios desapareçam diante do avanço da especulação e da ausência de políticas públicas concretas”, afirmou Godoy.

A comunidade possui um vínculo histórico com o território que remonta a pelo menos um século, conforme descrito na ata de autorreconhecimento encaminhada ao MPF. Formada a partir da convivência entre descendentes de indígenas Potiguara e outros povos que chegaram à região, a comunidade consolidou modos de vida próprios, baseados na pesca artesanal e no uso sustentável dos recursos naturais do estuário do rio Mamanguape. O documento relata que, até a década de 1990, os moradores viviam em casas de palha, com o limitado à vila por trilhas ou pelo rio, e sem infraestrutura urbana básica. (Foto: morador da comunidade durante captura de caranguejo no mangue do rio Mamanguape)

Parecer técnico de perícia antropológica do MPF, por sua vez, alerta para o desaparecimento progressivo das áreas de uso tradicional da comunidade, em razão da especulação imobiliária, do avanço desordenado do turismo e de empreendimentos privados como a carcinicultura, ressaltando a urgência da regularização do território para garantir a continuidade do modo de vida tradicional e a preservação da identidade cultural local.

APA ameaçada – Barra de Mamanguape, onde o rio de mesmo nome encontra o mar, é conhecida por sua beleza natural e pela presença do peixe-boi-marinho, espécie ameaçada de extinção e protegida na Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape, criada em 1993. Contudo, o crescimento desordenado do turismo e a especulação imobiliária representam uma séria ameaça tanto para o ecossistema quanto para o modo de vida da comunidade tradicional de pescadores.

Tô no mapa – A comunidade cadastrou oficialmente seu território na Plataforma de Territórios Tradicionais (PTT), ferramenta coordenada pelo MPF, que reúne informações georreferenciadas de áreas autodeclaradas por povos e comunidades tradicionais em todo o Brasil. A iniciativa fortalece juridicamente o reconhecimento do território e visa subsidiar políticas públicas específicas.

Além de realizar o cadastro, a comunidade tem promovido ‘lives’ para ensinar outras comunidades paraibanas a utilizarem a plataforma. A ferramenta, alimentada pelas próprias comunidades e validada por um conselho gestor com representantes tradicionais, visa garantir visibilidade aos territórios tradicionais ainda não demarcados, promovendo sua proteção e induzindo políticas fundiárias, ambientais e culturais. Os registros das reuniões online podem ser conferidos no perfil da comunidade no Instagram: @coletivobarrademamanguape

As recomendações foram emitidas em 22 de abril e concedem prazo de 20 dias para que os órgãos informem se acataram e se cumprirão as medidas recomendadas.

Procedimento istrativo nº 1.24.000.000739/2023-29

Íntegra da recomendação à Prefeitura, ICMbio, Sudema e Ibama
Íntegra da recomendação à Prefeitura e ao cartório

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“De jeito nenhum!”, diz Enivaldo sobre possível “climão” por partilha do comando da Federação na PB

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O presidente estadual do PP na Paraíba, Enivaldo Ribeiro, ao ser questionado sobre a possibilidade de compartilhamento do comando da Federação resultante da juntão entre a sua sigla, Partido Progressistas (PP), e o União Brasil, afirmou não enxergar dificuldade.

Segundo Enivaldo, a boa relação que mantém, inclusive em âmbito familiar, com Efraim Filho, permite que não haja constrangimento sobre a questão.

O comentário de Enivaldo Ribeiro foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (25/04).

Confira o áudio:

 

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