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Paraíba

Operação Saturação: fábrica é interditada por vender creme vegetal como manteiga

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O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (MP-Procon) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em conjunto com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/PB), por meio da Gerência Executiva de Combate à Fraude Fiscal, com a Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap/PB), com a Polícia Civil da Paraíba (Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária – Deccoy) e a Polícia Militar da Paraíba, deflagrou nesta quinta-feira (24/04) a “Operação Saturação” para apurar denúncias contra empresa que fabrica manteiga da terra comercializada sob o nome “Manteiga da Terra Paulista”.

A operação está ocorrendo no município de Paulista, no Sertão paraibano, onde fica a sede da empresa investigada. O nome da operação faz referência à utilização ilícita de gordura vegetal (não saturada) para adulterar a fabricação de manteiga.

A empresa foi denunciada à Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB) por fabricar e comercializar como manteiga da terra, “creme vegetal” utilizando ingredientes inapropriados e não declarados no rótulo, como margarina industrial e óleo vegetal.

Além das infrações istrativas sanitárias, fiscais e consumeristas, há indícios de cometimento dos crimes de adulteração de alimentos nocivos à saúde (art. 272, do B), crime contra as relações de consumo (Art. 7º, da Lei nº 8.137/90) e crime de publicidade enganosa ao fazer afirmação falsa ou enganosa e omitir informações relevantes sobre natureza, características, qualidade e segurança do produto (Art. 66, da Lei 8.078/90), além do crime de Associação Criminosa (art. 288, do B), cujas penas somadas variam entre 7 e 16 anos de reclusão e multa.

A ação foi coordenada pelo diretor-geral do MP-Procon, promotor de Justiça Romualdo Tadeu de Araújo Dias, com o acompanhamento e apoio institucional do diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, promotor de Justiça Osvaldo Lopes Barbosa; além do promotor de Justiça de São Bento, Bruno Figueirêdo Cachoeira Dantas.

Além dos três promotores de Justiça e seis fiscais integrantes do Ministério Público, participaram da ação fiscalizatória um delegado de Polícia Civil acompanhado de seis agentes de investigação, dois peritos criminais, quatro auditores fiscais, dois inspetores sanitários, dois gerentes técnicos vinculados à Agevisa e quatro inspetores da Sedap.

As investigações prosseguem visando responsabilizar istrativamente, civilmente e criminalmente os envolvidos com base no Código de Defesa do Consumidor, na Lei nº 8.137/1990 e na Instrução Normativa nº 30/2001 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

O MP-Procon e os demais órgãos de fiscalização e controle alertam consumidores, comerciantes e distribuidores para a necessidade de conferir atentamente a origem e autenticidade dos produtos alimentícios adquiridos, reforçando que denúncias podem ser feitas pelos canais oficiais de atendimento.

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Na Paraíba, matrículas em tempo integral saltam de 27,4% em 2022 para 33,1% em 2024

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Redação do Portal da Capital

Dados do Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), indicam que o estado da Paraíba ampliou o o à educação integral desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Resultado de políticas como a Escola em Tempo Integral e de uma construção coletiva entre Governo Federal, estados e municípios, o percentual de matrículas em jornada ampliada nas creches da Paraíba ou de 65,8% para 70,8% entre 2022 e 2024. Na pré-escola, o salto foi ainda mais significativo: saiu de 16,6% para 23,9% no mesmo período.

Nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º), o percentual era 14,9% em 2022 e foi para 24,7% em 2024. Já nos anos finais (6º ao 9º), o avanço foi de 15,1% para 20,2%. O ensino médio foi a única etapa com redução nas matrículas em tempo integral, de 57,8% para 54,5% no mesmo período. Considerando todas as etapas, na Paraíba houve aumento de 27,4% em 2022 para 33,1% em 2024.

» e os Resultados do Censo Escolar 2024

NACIONAL – Em todo o país, entre 2022 e 2024, o percentual de dupla jornada nas creches ou de 56,8% para 59,7%. Na pré-escola, o avanço foi de 12,1% para 15,6% e, no ensino fundamental, de 14,4% em 2022 para 19,1% em 2024. O percentual do ensino médio saiu de 20,4% matrículas em 2022 para 24,2% em 2024. Considerando todas as etapas, o aumento foi de 18,2% em 2022 para 22,9% em 2024.

AVANÇOS – O programa Escola em Tempo Integral teve 965 mil matrículas de tempo integral declaradas no ciclo 2023-2024, para a educação básica. No segundo ciclo (2024-2025), as redes pactuaram 943 mil matrículas, que ainda estão em fase de declaração até 9 de maio. A política proporcionou crescimento de 47 pontos percentuais de entes com políticas de educação integral nos últimos anos, ando de 17% em 2022 para 64% em 2024.

“Quando a gente cria um programa como o Escola em Tempo Integral é com base nos resultados do Censo Escolar. Os avanços em relação ao tempo integral são um esforço que temos feito com um papel de indutor, de coordenador das políticas junto aos entes federados, para construirmos juntos e alcançarmos as metas e os avanços da educação básica”, afirmou o ministro Camilo Santana (Educação).

Santana também pontuou a dimensão do avanço das matrículas de tempo integral no ensino médio. “Nessa faixa, a gente praticamente atingiu a meta do PNE até 2024. Temos um novo PNE com metas mais ousadas apresentadas ao Congresso para os próximos 10 anos, mas já chegamos a praticamente 23%, quando a meta era de 25%”, lembrou.

O PROGRAMA – O Escola em Tempo Integral fomenta a criação de matrículas em tempo integral (igual ou superior a 7h diárias, ou 35h semanais) em todas as etapas e modalidades da educação básica. O programa incentiva a ampliação da jornada na perspectiva da educação integral e a prioriza as escolas que atendem estudantes em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. O Governo Federal fornece assistência técnica e financeira, considerando propostas pedagógicas alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Confira infográfico:

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Fórum Paraibano de Gestores de Cultura é criado em João Pessoa com apoio da Secult-PB e do MinC

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Redação do Portal da Capital

Com apoio efetivo do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-PB), foi criado oficialmente na tarde desta quinta-feira (24) o Fórum Paraibano de Gestores Municipais de Cultura, entidade que tem o objetivo de aproximar os municípios paraibanos nos diálogos sobre políticas culturais. O evento de criação do novo Fórum aconteceu no Centro de Convenções de João Pessoa, durante o 2º Encontro Nacional de Gestores da Cultura, e contou com a presença de representantes do Ministério da Cultura (MinC).

Secult-PB e MinC tiveram participação ativa na construção e nos diálogos para a consolidação do Fórum Paraibano, cuja articulação foi iniciada em novembro de 2023 e seguiu durante reuniões regulares ao longo dos meses que se seguiram. Agora, o o definitivo para a fundação da entidade foi dado.

Igoberg Bernardo, secretário municipal de Cultura de Cabedelo, foi o principal articulador da criação do Fórum e no evento foi eleito e empossado o seu primeiro presidente, junto com os demais integrantes da diretoria. Ele destacou a colaboração que teve da Secult-PB, que auxiliou por exemplo na assessoria jurídica para a formulação de estatuto da entidade, e comentou que nasce mais uma rede de cooperação para discutir a cultura.

“Nossa proposta é integrar, articular ações colaborativas com foco nas gestões municipais. E, nesse sentido, o nosso principal objetivo é aproximar cada vez mais os diferentes municípios paraibanos”, pontuou, lembrando que o Fórum já nasce com a adesão de pelo menos 80 cidades do estado.

Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura da Paraíba, comemorou a criação do Fórum Paraibano de Gestores Municipais de Cultura e lembrou que, de imediato, ele a a compor a Rede Nacional de Gestores Municipais de Cultura, que abraça todas essas entidades locais.

Ele pontuou também o momento propício para a criação da nova entidade. “Tudo isso está acontecendo por causa do bom momento que estamos vivendo”, destacou, se referindo tanto à reestruturação do MinC como a uma política municipalista adotada para a cultura pelo governador João Azevêdo.

O secretário deu como exemplo um mapeamento que a Secult-PB fez em 2023, que constatou que 164 municípios paraibanos receberam ações diretas da Secretaria. Ainda assim, ele completou que as responsabilidades são sempre coletivas. “Os investimentos do Estado nos municípios são importantes, mas isso não tira as responsabilidades desses municípios com a cultura. Não é porque chegou verba da Pnab, que um município pode abrir mão de um orçamento próprio para o setor”, frisou.

Já em nome do Ministério da Cultura, Júnior Afro, que é presidente do Sistema Nacional de Cultura, defendeu um processo de mobilização contínua que fortaleça a cultura. Por exemplo, ele citou a sazonalidade e a descontinuidade de políticas públicas como dois problemas que ainda precisam ser melhor sanados no país e refletiu que a solução a justamente pela mobilização dessas redes. “Precisamos trabalhar pela reconstrução de um modelo de articulação de gestores e de públicos de cultura. Assim vamos ter mais eficiências para criar mecanismos de pactuação”, resumiu.

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Paraíba

Santa Rita ganha o primeiro assentamento agroextrativista criado pelo Incra no Estado da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

Em 24 de abril (quinta-feira), foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Portaria nº 1.089, que cria o primeiro Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) da Paraíba, denominado Dom José Maria Pires. O imóvel rural de origem, Fazenda Tambauzinho, está localizado no município de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa.

O Incra na Paraíba foi imitido, definitivamente, na posse do imóvel rural, com 124 hectares, em 16 de abril deste ano. A criação do assentamento beneficiará cerca de 15 famílias de posseiros que vivem na área há, aproximadamente, 50 anos.

Tambauzinho era considerada umas das áreas mais conflituosas da Paraíba. O imóvel está localizado a 25 quilômetros de João Pessoa, em uma região valorizada e de terras férteis, historicamente utilizada para o plantio de cana-de-açúcar, e cobiçada por empresários da construção civil e por criadores de camarão.

Com a portaria de criação do novo PAE, o Incra/PB fica autorizado a realizar a seleção das famílias para sua inclusão como beneficiárias do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA).

O decreto de desapropriação por interesse social para reforma agrária do imóvel foi publicado em dezembro de 2008 e a imissão do Incra na posse do imóvel aconteceu em 26 de outubro de 2010, mas foi posteriormente suspensa pela Justiça. Em setembro de 2024, houve a imissão de posse parcial, e, em 16 de abril de 2025, deu-se a imissão de posse definitiva.

Comunidade ribeirinha
O imóvel rural Tambauzinho está localizado em uma área onde o rio Paraíba se encontra com o mar. De acordo com a perícia antropológica realizada em dezembro de 2024 pelo Ministério Público da União (MPU), os moradores se autodenominam ribeirinhos e mantêm uma convivência respeitosa com os recursos naturais disponíveis, enraizada em práticas sustentáveis diversificadas e transmitidas de geração em geração.

Ainda segundo a perícia, eles trabalham na agricultura e na pesca, plantando macaxeira, inhame, feijão-verde, batata-doce, milho e hortaliças, e também coletando frutas como coco, manga, melancia e araçá. A produção é comercializada em feiras livres na capital e nos municípios de Cabedelo e Forte Velho, na própria comunidade, e por meio de atravessadores.

Como a localidade está situada às margens do rio Paraíba, as famílias também pescam para complementar sua alimentação. Dos manguezais elas tiram peixes, camarões, mariscos, ostras, caranguejos e siris.

PAE
Os assentamentos agroextrativistas criados pelo Incra são ambientalmente diferenciados, com foco na sustentabilidade e na preservação ambiental, buscando reconhecer e regularizar populações tradicionais (geralmente em regiões com rica biodiversidade, como florestas, áreas ribeirinhas ou zonas de manguezais) como pequenos agricultores, extrativistas, ribeirinhos e pescadores. Essas comunidades praticam atividades sustentáveis, incluindo manejo florestal, pesca e extrativismo de recursos naturais, e possuem formas próprias de organização social, cultural e econômica, baseadas em práticas tradicionais.

Os PAEs promovem atividades produtivas que respeitam o meio ambiente, como manejo florestal sustentável, extrativismo de produtos como castanha, açaí, látex e óleos vegetais, além de pesca artesanal e agricultura familiar de baixo impacto. Essas práticas visam à conservação dos ecossistemas e a reprodução cultural das famílias.

Diferentemente de outras modalidades de assentamentos criados pelo Incra, nos PAEs não há individualização de lotes. A titulação é coletiva, geralmente por meio da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU), garantindo o uso comum da terra para toda a comunidade.

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