Um operador investigado na operação Pote de Ouro, que apura desvio de dinheiro público na cidade de Itabaiana (PB), afirmou que parte dos valores desviados da saúde da cidade serviu para custear a faculdade de medicina do filho do juiz Glauco Coutinho Marques.
Conforme revelado anteriomente, Marques e sua esposa são investigados no caso por supostamente terem recebido uma “mesada” proveniente desses desvios. Ambos negam, por meio da defesa, qualquer envolvimento no suposto esquema e dizem que o curso foi pago por meio do Fies (leia mais abaixo).
O juiz, que deu uma decisão em 16 minutos, também é alvo da operação Retomada, que investiga o uso de decisões judiciais para fraudar descontos de aposentados.
Um documento da operação, do Ministério Público da Paraíba, ao qual a coluna teve o, mostra o depoimento do suposto operador do esquema. Nele, o investigado afirma ter sido informado que parte dos valores enviados à esposa de Glauco seria utilizado para “pagar a faculdade de medicina de um dos filhos dela”.
O interrogado afirmou que “desta forma, dos valores desviados por meio dos contratos forjados e cheques, cerca de seis a sete mil reais foram destinados mensalmente à ex-Secretária de Saúde [esposa de Glauco] para pagamento da faculdade de medicina do filho”.
Ao falar sobre os supostos rees, o investigado disse ainda que o ree dos valores a ex-secretária de Saúde sempre se dava por cheques emitidos pelo interrogado, “geralmente entre os valores de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 7.000,00 (sete mil reais)”. E que, certa vez, “acumulou um mês e foi emitido pelo interrogado um cheque de R$ 13.800,00 (treze mil e oitocentos reais)”. (Clique aqui e confira a íntegra da matéria publicada pelo Metrópoles com fotos)