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Câmara sob Motta fica presa a temas polêmicos e escorrega em busca de rumo para votações, diz Folha

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A menos de um mês do fim do semestre, parlamentares e aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), veem a Casa a reboque de polêmicas e pautas negativas, como a discussão de anistia a condenados do 8 de Janeiro e as crises com o STF (Supremo Tribunal Federal), além de projetos corporativistas.

De acordo com esta matéria publicada pela Folha e na avaliação desses interlocutores, ouvidos reservadamente, falta uma agenda para o Parlamento. Com base nesse entendimento, Motta anunciou semana semana a criação de comissões especiais, grupo de trabalho e um esforço concentrado para votar longa pauta remanescente –projetos que estão prontos para análise, muitos sem polêmicas, mas aguardando votação.

Levantamento da Folha em abril mostrava Motta à frente de apenas de 10 das 23 reuniões deliberativas. Quando assumiu o posto, uma de suas promessas foi a de não fazer surpresas no plenário e decidir a pauta com antecedência, buscando consenso nos projetos. O efeito prático é que agora parlamentares falam em ritmo lento de votações ou até em Câmara paralisada.

As queixas ao estilo Motta foram tema de uma fala dura do líder do PP, Luizinho (RJ), durante reunião de líderes na última quinta-feira (22). Um dos principais aliados do presidente da Casa, ele cobrou dos líderes que defendessem Motta por estar fazendo o que prometeu na campanha: previsibilidade e respeito às comissões.

O presidente da Câmara não mencionou o assunto, mas também cobrou dos líderes presença maior no plenário. Chegou a dizer que não pode votar apenas um projeto por dia e que, mesmo quando não há entendimento, é preciso votar.

Motta corre contra o tempo para encerrar o semestre com uma marca positiva. Na primeira semana de junho, o Parlamento vai sediar o Fórum Parlamentar dos Brics e, na última, os trabalhos serão interrompidos para as comemorações de São João.

Nesta reunião, ficou decidida a criação de comissão especial sobre mudanças na lei sobre portos e outra para motoristas de aplicativo –projeto de interesse do governo e que Motta quer expandir para além de aplicativos de carro.

Em outra frente, também será criado um grupo de trabalho da reforma istrativa, que discutirá uma parte das mudanças já propostas pelo Executivo para carreiras.

Aliados do presidente da Câmara não conseguem dizer o que é uma prioridade da gestão Motta e o que ele pretende deixar como legado. Mas avaliam que a reforma istrativa será, provavelmente, uma das prioridades nos próximos meses.

Citam como importante projeto aprovado neste ano o que impõe a reciprocidade de regras ambientais e comerciais nas relações do Brasil com outros países, como resposta ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um tarifaço que atinge produtos brasileiros.

Eles reconhecem, porém, que as falas do presidente da Câmara têm se limitado a dois assuntos: a PEC (proposta de emenda à Constituição) do governo que confere status constitucional ao Susp (Sistema Único de Segurança Pública) e o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda os rendimentos de até R$ 5.000 mensais.

Reservadamente, um líder pontuou que o ritmo do presidente anterior da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era imprevisível, mas que a dificuldade de acelerar as análises em plenário está associada ao clima de tensão entre os Poderes e obstrução de sessões pela oposição.

Neste ano, foram aprovados cem projetos de lei, projetos de lei complementar e medidas provisórias no plenário.

A agenda da Casa também acabou preenchida com pautas polêmicas ou negativas do ponto de vista da popularidade.

Entre elas, a aprovação de projeto de lei complementar que prevê aumentar a quantidade de deputados de 513 para 531, além de redistribuir a divisão de cadeiras entre os estados.

Para atender a uma demanda do STF, inicialmente a proposta fazia com que sete estados perdessem cadeiras no plenário –como o caso da Paraíba, do presidente da Câmara–, mas isso mudou após negociações. (Clique aqui e confira a íntegra da matéria na Folha com fotos)

 

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Hugo Motta declinou de convite de Lula para ir à Paraíba, diz imprensa nacional

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Após viajar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Vietnã, Japão e Roma, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declinou do convite do Palácio do Planalto para participar da inauguração de uma obra na Paraíba nesta quarta-feira(28).

O presidente vai visitar o canteiro de obras da barragem Redondo, localizada em Cachoeira dos Índios, no sertão paraibano, onde vai inaugurar o primeiro trecho do Ramal do Apodi, obra que integra a transposição do Rio São Francisco.

Segundo estas informações publicadas pelo colunista Pedro venceslau, da CNN Brasil, apesar da pressão da oposição para que se afaste do governo, Hugo não abriu mão da viagem para enviar nenhum tipo de gesto.

Segundo pessoas próximas ao presidente da Casa, a relação com o governo está “boa”, mas o evento é um ato istrativo que deve se transformar em evento político.

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Fraude no INSS: TCU manda investigar sindicato ligado a irmão de Lula

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O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), acolheu representação da bancada do Novo no Congresso e determinou uma série de medidas para apurar indícios de fraudes envolvendo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem como um dos diretores Frei Chico – irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As irregularidades investigadas dizem respeito a descontos indevidos em aposentadorias e pensões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), 76,9% dos beneficiários que tiveram descontos vinculados ao Sindnapi afirmaram nunca ter autorizado tais cobranças. Além disso, a receita do sindicato aumentou significativamente nos últimos anos, ando de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024. A CNN tenta contato com o Sindnapi.

Segundo conta esta matéria publicada pela CNN Brasil, a decisão determina, entre outras ações, uma inspeção específica no Ministério da Previdência, no INSS e na Dataprev. Esse trabalho tem como objetivo ar as bases de dados e documentos desses órgãos para identificar todas as consignações realizadas nos benefícios previdenciários, os rees feitos às entidades sindicais, os servidores públicos envolvidos e as medidas efetivas adotadas até o momento para apuração e ressarcimento dos prejuízos causados.

“Entendo necessário que a diligência proposta pela unidade técnica seja ampliada para a investigação quanto a todas as entidades associativas, bem como deve ser realizada inspeção específica para identificar todas as entidades potenciais fraudadoras e os servidores públicos que facilitaram as fraudes, para que sejam apuradas as responsabilidades devidas”, escreveu o ministro.

Além disso, o TCU exigiu que o INSS envie informações detalhadas sobre os acordos de cooperação técnica firmados desde 2020, os valores reados mensalmente por entidade, a lista de responsáveis por cada ree e o volume de denúncias registradas.

No despacho, Cedraz reforça ainda que todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) formalizados pelo INSS, que envolvam descontos de mensalidades associativas em folha de pagamento de benefícios previdenciários, estão suspensos e devem permanecer assim até que tudo seja apurado.

As medidas, segundo o TCU, visam garantir a responsabilização das entidades e servidores envolvidos nas irregularidades.

“O sindicato do irmão do Lula não pode ficar impune diante de indícios tão graves de fraude. É um escândalo que envolve o desvio de dinheiro de aposentados, justamente os mais vulneráveis. A inspeção no Ministério da Previdência e na Dataprev é essencial para apurar responsabilidades. Vamos seguir cobrando transparência e punição exemplar para todos os envolvidos”, declarou a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

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Período de adaptação da nova NR-1 a a valer em todo o Brasil

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Redação do Portal da Capital

A atualização da Norma Regulamentadora Nº 1 (NR-1), que inclui os riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas e órgãos públicos, ou a valer em caráter educativo e de adaptação nesta segunda-feira (26) em todo país.

A “nova” NR-1 entraria em vigor no dia 26 de maio deste ano, mas devido a solicitações de representantes das empresas, o Ministério do Trabalho anunciou o adiamento para 2026. No período que teve início ontem, as instituições não serão autuadas por descumprimento da norma, mas devem priorizar a adequação.

“Essa alteração da norma contribui diretamente para a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis, seguros e acolhedores. Isso tem um reflexo direto na saúde mental e na qualidade de vida dos trabalhadores, que am a se sentir mais protegidos, valorizados e preparados para lidar com os desafios do dia a dia. E também é um o muito importante para os empregadores, que am a contar com colaboradores mais motivados e menos expostos a transtornos mentais”, explica Vladimir Miná, Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Paraíba (ABRH-PB).

Com as mudanças previstas na norma, as empresas am a ser responsáveis por proporcionar um ambiente de trabalho benéfico para a saúde mental dos trabalhadores. Através de medidas como prevenção, rastreio e combate a problemas como assédio, estresse, carga mental, ambiente de trabalho tóxico e outros.

Essa atualização ocorre devido ao aumento exponencial de afastamentos de trabalho por transtornos de saúde mental. Apenas em 2024 foram concedidas 472.328 licenças médicas em todo Brasil, maior número em pelo menos 10 anos.

Confira quais medidas as empresas devem priorizar neste momento:

– Mapear os riscos psicossociais existentes no seu ambiente;
– Implementar planos de ação para combater esses riscos;
– Definir metas e prazos;
– Incluir novas práticas que reflitam positivamente na saúde mental dos trabalhadores.

Vladimir explica que as instituições não são obrigadas a contratar novos profissionais para realizarem essas demandas, mas caso sintam a necessidade podem contratar psicólogos e médicos especialistas em trabalho para auxiliar nesse momento. “O mais importante é definir quais estratégias de e que as empresas irão proporcionar aos seus funcionários. E a partir disso tornar a saúde mental uma prioridade”, salienta Miná.

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