De acordo com os convidados, a greve será iniciada a partir do dia 16 de junho de 2025 sob justificativa de que a classe patronal não cumpriu o acordo firmado pela com os trabalhadores do setor na mais recente convenção trabalhista da categoria.
Segundo os sindicalistas, os trabalhadores não aceitam retrocesso ou nenhum direito a menos.
“É rasgar a história da nossa categoria. A gente não consegue entender porque os patrões pam os pés atrás. Não aceitamos retrocesso ou nenhum direito a menos“, frisou Demontier.
A decisão foi tomada durante assembleia realizada na quinta-feira (29/05), com mais de 500 trabalhadores do setor.
Crescimento do setor
Os sindicalistas lembram que o setor da construção civil cresceu no último ano mais de 15%, porém, os trabalhadores seguem cada vez mais desrespeitados e desvalorizados pelo patronato do setor que só alcançam seus objetivos graças aos trabalhadores.
Analogia à escravidão
Entre os dias 20 e 28 de maio de 2025, uma operação de fiscalização coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 33 trabalhadores em situação análoga à escravidão na Paraíba.
Segundo informações da equipe de fiscalização, as vítimas atuavam em obras da construção civil nos municípios de João Pessoa e Cabedelo. A ação contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).
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A equipe de fiscalização encontrou os trabalhadores em situação degradante, alojados no interior dos edifícios em construção, em meio a materiais de obra, sem segurança, conforto, privacidade ou condições mínimas de higiene.