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Alerta na Educação: 63 escolas em risco sanitário serão alvos de fiscalização conjunta na Paraíba

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) aderiu à “Semana Nacional: Sede de Aprender pelo Direito à Água nas Escolas”, ação de fiscalização conjunta idealizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pelos Tribunais de Contas para que seja averiguado o o à água potável, o saneamento básico e as condições dos banheiros nos estabelecimentos de ensino. Isso porque, de acordo com o Censo Escolar 2024, pelo menos 647 mil estudantes estão matriculados em escolas públicas que não possuem água adequada ao consumo humano; 179 mil são afetados pela ausência de abastecimento de água; 357 mil, por falta de esgoto e 347 mil, por inexistência de banheiros.

O Centro de Apoio Operacional em matéria da educação (CAO Educação/MPPB) articulou a logística para a realização da semana na Paraíba, junto com o auditor do TCE-PB, Plácido César Paiva Martins Júnior. Com base na Plataforma de Business Intelligence (BI) do CNMP e nos dados do Censo Escolar 2024, foi elaborada uma matriz de risco, apontando 63 escolas públicas, localizadas em 27 municípios paraibanos, que apresentam risco sanitário extremo e alto de vulnerabilidade. A ideia é otimizar o trabalho e, neste primeiro momento, priorizar a fiscalização nessas unidades de ensino, onde estudam cerca de 21,7 mil alunos.

Ofício Circular

Para auxiliar os promotores de Justiça com atribuição na defesa da educação, o CAO já encaminhou ofício circular com informações sobre a semana de fiscalização, que deverá acontecer entre os dias 2 e 6 de junho. Para garantir a uniformidade dos dados, a orientação aos membros é que imprimam o questionário elaborado pelo CNMP e pelos tribunais de Conta sobre a infraestrutura das escolas e procedam a inspeção in loco das unidades de ensino, com foco na potabilidade e no armazenamento da água; no sistema de esgotamento e banheiros.

O Centro de Apoio também encaminhou minutas de portaria para instauração de Inquérito Civil Público (para investigar a estrutura sanitária das escolas públicas) e de recomendação (para sanar as irregularidades eventualmente constatadas); a relação das escolas com endereço e georreferenciamento e o tutorial para ar o BI do CNMP. “Solicitamos a mobilização dos membros e membras com atuação na área da educação, para envidar esforços para fiscalizar as unidades educacionais. Reiteramos que a união de esforços e a dedicação de cada membro do Ministério Público são essenciais para o pleno êxito desta iniciativa”, disse a promotora de Justiça Fábia Cristina Pereira Dantas, coordenadora do CAO Educação.

Ela destacou ainda que, conforme orientação do CNMP, é obrigatório o lançamento dos dados de todas as visitas em um link apontado pelo CNMP. Também solicitou aos membros da instituição que enviem, posteriormente ao CAO, as informações sobre as atividades de fiscalizações realizadas nas unidades escolares durante a semana nacional.

“Sede de Aprender”

A Semana Nacional é inspirada no projeto “Sede de Aprender”, do Ministério Público do Estado de Alagoas, que foi expandido em outubro de 2023, por meio de acordo firmado com o CNMP, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e o Instituto Rui Barbosa (IRB).

O projeto tem como objetivos a fiscalização das condições de abastecimento de água e saneamento nas unidades de ensino; a ampliação da reflexão do ciclo da água na escola e nas residências; o alinhamento aos objetivos de desenvolvimento sustentável (Agenda 2030); a replicação em unidades familiares, por meio do exemplo e informação observados no ambiente escolar; a ampliação do sistema de saneamento; a transformação do local de destinação (desagradável para agradável); e a capacitação com projetos nas unidades escolares.

Como parte de uma das ações do projeto, em abril deste ano, o CNMP lançou o BI sobre dados do Censo Escolar 2024.  O relatório extraído do sistema contém dados sobre as escolas sem água potável, sem água, sem saneamento e sem banheiros nos estados e nos municípios brasileiros. É possível pesquisar as unidades com maiores problemas e maior número de alunos em risco.

Questionário 

Nas visitas realizadas pelos auditores dos Tribunais de Contas e integrantes dos Ministérios Públicos, será aplicado um questionário com 41 perguntas. O documento engloba questões referentes à infraestrutura das unidades de ensino. A medida busca garantir uniformidade e aprimorar a atuação dos órgãos, inclusive para gerar dados sobre os resultados obtidos.

Veja os números nacionais gerais: 
# Sem água: 2.513 escolas e 179.752 alunos afetados
# Sem água potável: 6.307 escolas e 647.952 alunos afetados
# Sem esgoto: 5.619 escolas, com 357.655 estudantes afetados
# Sem banheiro: 4.078 escolas, com 347.361

Confira as escolas públicas da PB que deverão ser fiscalizadas prioritariamente:
EEEFM ENGENHEIRO JOSE DAVILA LINS (Bayeux)
ECI IRINEU PINTO (Bayeux)
EMEF MARIA DO CARMO DA SILVEIRA LIMA (Bayeux)
ECIT DURVAL GUEDES (Caaporã)
EMEIEF REGINALDO CLAUDINO DE SALES (Conde)
ECIT HENRIQUE FERNANDES DE FARIAS (Jacaraú)
ECIT CONEGO FRANCISCO GOMES DE LIMA (João Pessoa)
ECIT PROFESSOR RAUL CORDULA (João Pessoa)
EEEM PROFESSORA ARGENTINA PEREIRA GOMES (João Pessoa)
EEEFM GRACILIANO RAMOS (João Pessoa)
EMEF MARIA LUCIA (Mamanguape)
EEIEFM CACIQUE DOMINGOS BARBOSA DOS SANTOS (Rio Tinto)
EEEFM CAMPO DE SEMENTES E MUDAS (Santa Rita)
EMEIEF EDSON CUNHA (Santa Rita)
ECIT PROFESSOR LUIS DE AZEVEDO SOARES (Santa Rita)
EMEIEF MARIA JOSE FRANCISCA (Santa Rita)
EMEF PROF CARLOS ARNOBIO MAROJA DI PACE (Santa Rita)
EEEFM CARLOTA BARREIRA (Areia)
ECIT MINISTRO JOSE AMERICO DE ALMEIDA (Areia)
EEEFM ALVARO MACHADO (Areia)
ECI GOVERNADOR CLOVIS BEZERRA CAVALCANTI (Bananeiras)
EMEIF MANOEL JOAO BARBOSA (Bananeiras)
ECIT JOSE LUIZ NETO (Cuité)
ECI ANTONIETA CORREIA DE MENEZES (Guarabira)
ECI ODILON NELSON DANTAS (Guarabira)
EMEIF PROFESSOR JOAQUIM CICERO BATISTA (Itabaiana)
EMEF JOAO FRANCISCO DOS SANTOS (Itabaiana)
EMEIF PE JOSE MARIA MESQUITA (Itabaiana)
EMEF TERTULIANO PEREIRA DE ARAUJO (Picuí)
EEEM GENTIL LINS (Sapé)
ECI CASSIANO RIBEIRO COUTINHO (Sapé)
ECIT NENZINHA CUNHA LIMA (Campina Grande)
ESCOLA AGRICOLA ASSIS CHATEAUBRIAND-UEPB (Campina Grande)
EEEFM PAULO FREIRE (Campina Grande)
EMEF DEOLINDA MARIA DO AMARAL (Ingá)
EEEM JOAO DE OLIVEIRA CHAVES (Monteiro)
ECIT JORNALISTA JOSE LEAL RAMOS (Serra Branca)
ESCOLA MUNICIPAL MANOEL CARDOSO FILHO (Catolé do Rocha)
ESCOLA MUNICIPAL JOSEFA OLINDINA DA CONCEICAO (Catolé do Rocha)
EMEF MARIA VAZ VIEIRA (Catolé do Rocha)
ECI MANOEL MEDEIROS DE ARAUJO (Patos)
EEEM PROFESSORA MARIA NUNES (Patos)
EEEFM NAPOLEAO ABDON DA NOBREGA (Patos)
ECIT MONSENHOR VICENTE FREITAS (Pombal)
EEEFM JOAO DA MATA (Pombal)
EEEFM ARRUDA CAMARA (Pombal)
EEEFM OITO DE JULHO (Pombal)
EEEFM JOANA IVONILDES BANDEIRA (Pombal)
CRECHE IVANIL SALGADO DE ASSIS (Pombal)
EEEF PROFESSORA ANTONIA DINIZ MAIA (Princesa Isabel)
EEEF MINISTRO ALCIDES VIEIRA CARNEIRO (Princesa Isabel)
ECI DEPUTADO NOMINANDO MUNIZ DINIZ (Princesa Isabel)
ECIT FRANCISCO DE SA CAVALCANTE (São Bento)
ECI FRANCISCO ROMANO DA SILVEIRA (Teixeira)
ECI GERTRUDES LEITE (Teixeira)
EEEF SILVEIRA DANTAS (Teixeira)
EMEIEF JOAO HELENO DE MARIA (Teixeira)
ECI ANTONIO MOACIR DANTAS CAVALCANTI (Teixeira)
EEEFM DOUTOR MANOEL DANTAS (Teixeira)
EMEF JOSE ELIAS DE AMORIM (Teixeira)
EEEFM PROFESSOR MANOEL MANGUEIRA LIMA (Cajazeiras)
ECI EEFM PROFESSOR CRISPIM COELHO (Cajazeiras)
EEEFM MONSENHOR CONSTANTINO VIEIRA (Sousa)

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Veja a programação oficial dos 38 dias de festa do ‘Maior São João do Mundo’ que começa nesta sexta

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O ‘Maior São João do Mundo 2025′ começa oficialmente nesta sexta-feira (30/05) e vai até o dia 06 de julho, totalizando 38 dias de pura festa em Campina Grande que, neste ano, terá 5 dias a mais de festejos em relação a programação do ano ado.

Neste ano, atendendo a um pedido da Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), por meio de um projeto da Arte Produções – realizadora da festa -, ficou determinada a ampliação do público para o quartel general do forró.

O acréscimo, inclusive, é para a área pública da festa. O camarote e o fronstage permanecem com a mesma capacidade de 2024: 1.500 e 6.500, respectivamente.

Já a área não paga saiu dos 65.500 em 2024 para 68.195 em 2025. Ou seja, no total, o Parque do Povo terá capacidade para 76.195 pessoas, com conforto e segurança.

Por parte das Forças de Segurança, há um plano de contingência que determina o quantitativo de efetivo de oficiais para o Parque do Povo, referente a cada dia. Os policiais estarão equipados, inclusive com câmeras corporais para garantir a segurança do público participante.

Quanto as atrações, serão mais de 100 artistas que animarão os 38 dias de festa.

Confira a lista completa:

30 de maio (sexta-feira)

  • Heitor Costa
  • Raphael Moura
  • Luan Santana
  • Walkyria Santos

31 de maio (sábado)

  • Mari Fernandez
  • Rafaela Santos
  • Priscila Senna
  • Gitana Pimentel

1 de junho (domingo)

  • Belo
  • João Gomes
  • Kadu Martins
  • Filipe Santos

6 de junho (sexta-feira)

  • Wesley Safadão
  • Dorgival Dantas
  • Rey Vaqueiro
  • Nathan Vinicius

7 de junho (sábado)

  • Xand Avião
  • Léo Foguete
  • Gegê Bismark
  • Karkará

8 de junho (domingo)

  • Natanzinho Lima
  • Taty Girl
  • Forró Pegado
  • Santanna

11 de junho (quarta-feira)

  • Padre Nilson
  • Elson Júnior

12 de junho (quinta-feira)

  • Alexandre Tan
  • Flávio José
  • Leonardo
  • Seu Desejo

13 de junho (sexta-feira)

  • Simone Mendes
  • Projeto à Vontade
  • Brasas do Forró
  • Jefferson Arretado

14 de junho (sábado)

  • Joelma
  • Alok
  • Barões da Pisadinha
  • Ranniery Gomes

15 de junho (domingo)

  • Limão com Mel
  • Mastruz com Leite
  • Cavalo de Pau
  • Stella Alves

18 de junho (quarta-feira)

  • Murilo Huff
  • Marcynho Sensação
  • Matheus Felipe
  • Eric Land

19 de junho (quinta-feira)

  • Henrique e Juliano
  • Ávine Vinny
  • Grelo
  • Fabiano Guimarães

20 de junho (sexta-feira)

  • Fagner
  • Forró Real
  • Juarez
  • Amazan

21 de junho (sábado)

  • Alceu Valença
  • Zé Cantor
  • Os 3 do Nordeste
  • Fabrício Rodrigues

22 de junho (domingo)

  • Eduardo Costa
  • Eliane
  • Capilé
  • Mexe Ville

23 de junho (segunda-feira)

  • Elba Ramalho
  • Sirano e Sirino
  • Guilherme Dantas
  • Diego Facó

24 de junho (terça-feira)

  • Geraldo Azevedo
  • Waldonys
  • Ton Oliveira
  • Kelvy Pablo

26 de junho (quinta-feira)

  • Matuê
  • Hungria
  • Cavaleiros do Forró
  • Ramon Schnayder

27 de junho (sexta-feira)

  • Nattan
  • Pablo
  • Vitor Fernandes
  • Luka Bass

28 de junho (sábado)

  • Jorge e Mateus
  • Zé Vaqueiro
  • Samya Maia
  • Deanzinho

29 de junho (domingo)

  • Bruno e Marrone
  • Manim Vaqueiro
  • Jonas Esticado
  • Bob Léo

2 de julho (quarta-feira)

  • Marcos Freire

3 de julho (quinta-feira)

  • Raça Negra
  • Núzio
  • Toca do Vale
  • Ramon e Randinho

4 de julho (sexta-feira)

  • Sorriso Maroto
  • Iguinho e Lulinha
  • Matheus Fernandes
  • Fabiana Souto

5 de julho (sábado)

  • Japãozinho
  • Tarcísio do Acordeon
  • Márcia Fellipe
  • Desejo de Menina

6 de julho (domingo)

  • Garotinho
  • Alcymar Monteiro
  • Felipe Amorim
  • Henry Freitas

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Campanha reforça a urgência do enfrentamento ao trabalho infantil na Paraíba e em todo o país

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Com o slogan “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro”, a campanha deste ano de combate ao trabalho infantil busca estimular a sociedade e o Poder Público a adotarem ações concretas de enfrentamento a essa prática na Paraíba e em todo o País. A iniciativa tem como correalizadores o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção a Adolescentes no Trabalho (FNPETI), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça do Trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A campanha vai reunir quatro vídeos com depoimentos de pessoas que revelam como o trabalho infantil afetou suas trajetórias de vida. Os vídeos foram criados com auxílio de inteligência artificial (IA) e retratam personagens fictícios que atuaram no campo, no trabalho doméstico, na mendicância e como influenciadora em redes sociais durante a infância e a adolescência.

A secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção a Adolescentes no Trabalho (FNPETI), Katerina Volcov, enfatiza que combater o trabalho infantil é uma tarefa que envolve ações efetivas do Estado, da sociedade e da família. “O enfrentamento ao trabalho infantil exige que compreendamos a complexidade dessa violação de direito e que precisamos enfrentar com firmeza e articulação. Estamos diante de uma realidade que se transforma cotidianamente. Além das formas já conhecidas, novas modalidades como o trabalho infantil digital e o empreendedorismo infantil vêm sendo naturalizados pela sociedade. Precisamos romper com mitos e novos modelos difundidos. Necessitamos que a sociedade compreenda que, independentemente do meio, trabalho infantil é violação de direito. Nessa perspectiva, o FNPETI tem atuado ativamente na busca de soluções para o enfrentamento às piores e novas formas de trabalho infantil”.

Durante o mês de junho, as instituições pretendem difundir informações sobre o trabalho infantil e a necessidade de intensificação das ações de erradicação dessa grave violação de direitos de crianças e adolescentes.

Segundo dados da PNAD-Contínua 2023 do IBGE, o Brasil registrou 1,607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil em 2023. O levantamento também apontou que o Brasil tinha 586 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade exercendo as piores formas de trabalho infantil em 2023.

A coordenadora nacional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) do MPT, Luísa Carvalho Rodrigues, destaca que os dados evidenciam uma retomada dos esforços do Brasil para erradicar o trabalho infantil, mas que ainda temos muito a avançar. “Os dados da PNAD-Contínua 2023 são uma sinalização positiva de que o Brasil está retomando um caminho de redução de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. No entanto, esse ritmo ainda é insuficiente para a erradicação dessa violência e indica o descumprimento ao compromisso internacional assumido na Meta 8.7 da Agenda 2030 – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Além disso, espera-se que em breve ocorra a divulgação dos dados do Censo 2022, para melhor orientar as necessárias políticas públicas de enfrentamento ao trabalho infantil.”

“A campanha deste ano ilustra, de forma contundente, as consequências devastadoras do trabalho precoce na vida de uma pessoa. Crianças submetidas a essa realidade têm seus direitos a uma infância livre e protegida violados, substituindo brincadeiras e educação por responsabilidades laborais precoces”, disse o coordenador nacional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho, o ministro Evandro Valadão. “Embora o Brasil não deva conseguir cumprir a meta de erradicar todas as formas de trabalho infantil até 2025, a Justiça do Trabalho mantém o compromisso institucional de intensificar esforços para alcançar esse objetivo o quanto antes nos próximos anos”, completou.

Meta 8.7

A Meta 8.7 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) prevê a erradicação do trabalho infantil em todas as suas formas até 2025. A eliminação efetiva do trabalho infantil é ainda um dos cinco Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho da OIT.

Segundo os dados mais recentes da OIT e do UNICEF, cerca de 160 milhões de crianças e adolescentes – 63 milhões de meninas e 97 milhões de meninos – estavam em situação de trabalho infantil no início de 2020. Dessas, 79 milhões estavam envolvidas em atividades perigosas que colocam em risco sua saúde, segurança e desenvolvimento moral.

Mesmo com os avanços no combate a essa violação de direitos – são 86 milhões de crianças a menos em situação de trabalho infantil do que em 2000 – os países não cumpriram o compromisso coletivo de acabar com essa prática até o ano 2025.

“Erradicar o trabalho infantil no século XXI não é uma batalha solitária, mas uma meta compartilhada. É um somatório de atuações decisivas e articuladas entre governos, organizações de trabalhadores e empregadores e a sociedade civil para que possamos avançar. Embora os marcos legais estejam estabelecidos, persistem grandes lacunas na implementação. Temos que garantir que nenhuma criança seja privada de sua infância e de uma educação”, disse o diretor do Escritório da OIT para o Brasil, Vinícius Pinheiro.

O coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Roberto Padilha Guimarães, esclarece que toda criança que trabalha perde a infância e o futuro, porque o trabalho infantil priva crianças e adolescentes de um desenvolvimento pleno e do o à educação, perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade. “O dia 12 de junho, Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, é uma data relevante para sensibilizar e chamar a atenção da população brasileira e mundial para esta grave violação aos direitos de crianças e adolescentes, bem como para reforçar a necessidade de cooperação entre poder público, empregados, empregadores, entidades sindicais e sociedade civil para erradicar esta prática e criar um ambiente onde todas as crianças possam crescer livres da exploração e ter o a oportunidades que lhes permitam um futuro digno.”

12 de junho

O dia 12 de junho é o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído por meio da Lei n. 11.542/2007, oportunidade para informar, debater e dar destaque ao enfrentamento à grave violação de direitos que é o trabalho infantil.

Anualmente, as campanhas são realizadas nessa data para motivar uma reflexão da sociedade sobre o trabalho infantil e suas consequências, assim como para garantir a crianças e adolescentes o direito de brincar, estudar e ter vivências próprias da infância e adolescência.

Para marcar a data, também será realizado o Seminário Nacional de Enfrentamento ao Trabalho Infantil, no dia 25 de junho, em Belém (PA). Com o tema “Para além de 2025: Desafios do presente e perspectivas futuras”, o evento reunirá especialistas para debater os desafios atuais do trabalho infantil como suas novas formas na Internet, os impactos das mudanças climáticas e o papel das políticas públicas no combate a essa grave violação de direitos. O seminário é uma iniciativa do FNPETI, do MPT, do MTE, Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Justiça do Trabalho (JT) e da OIT. Inscreva-se preenchendo o formulário disponível no site www.fnpeti.org.br.

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TCE-PB alerta prefeitos sobre gastos públicos com festas juninas para evitar multas e ressarcimento

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O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) alerta aos gestores municipais para que observem rigorosamente a legislação que regula os gastos com eventos festivos financiados com recursos públicos. O alerta se dá pela proximidade dos festejos juninos deste ano de 2025.

O presidente do TCE-PB, conselheiro Fábio Nogueira, enfatizou a importância do cumprimento das Resoluções Normativas e decisões recentes da Corte de Contas. Segundo ele, os normativos estabelecem critérios para a realização desses eventos, exigindo, entre outros pontos, compatibilidade com o cronograma mensal de desembolso. O objetivo é garantir que as festividades não comprometam obrigações essenciais dos municípios, como o pagamento da folha de pessoal, os investimentos em saúde e educação, o ree à previdência e o pagamento a fornecedores.

“A atuação responsável do gestor exige o respeito aos princípios da legalidade, moralidade, economicidade e razoabilidade, especialmente diante de outras demandas prioritárias, como infraestrutura, saúde e educação”, destacou o presidente.

O TCE-PB orienta que a realização de eventos com recursos públicos deve ocorrer apenas em situações de comprovado interesse público, como tradição cultural consolidada ou potencial geração de receitas por meio do turismo. Municípios em estado de calamidade pública ou emergência devem se abster dessas despesas.

O Tribunal também chama atenção para o regime jurídico das contratações públicas previsto na Lei nº 14.133/2021, que reforça o papel fiscalizador dos Tribunais de Contas e impõe regras mais rígidas para o uso de recursos públicos.

Penalidades — Em caso de descumprimento das normas, o TCE-PB poderá aplicar penalidades aos gestores, como multas e a obrigação de ressarcimento ao erário, especialmente quando identificadas contratações irregulares ou despesas incompatíveis com a realidade fiscal do município.

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