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TCU aponta indícios de irregularidades em em recursos da União para oito Prefeituras fiscalizadas

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O Tribunal de Contas da União (TCU) fez auditoria para verificar a regularidade da aplicação de recursos da União descentralizados para municípios mediante transferências especiais. O período analisado foi de 1/1/2021 a 30/9/2024 e os municípios abrangidos pela auditoria foram: Alegre (ES), Bituruna (PR), Bonfim (RR), Canelinha (SC), Lagarto (SE), Mucajaí (RR), Nova Mamoré (RO), Novo Oriente (CE), Santa Helena de Goiás (GO), São Caitano (PE), Miranda do Norte (MA) e Santana (AP).

Os doze municípios auditados receberam, entre 2020 e 2024, 181 indicações de emendas na modalidade de transferência especial, o que significou rees de aproximadamente R$ 445 milhões.  

A auditoria constatou indícios de irregularidades, com vários agentes responsáveis, em oito entre as 12 prefeituras auditadas. Isso levou o TCU a decidir pelo aprofundamento das apurações mediante futuros processos individualizados, em que os municípios serão avaliados separadamente.

Mas ainda no trabalho atual, o Tribunal concluiu por alertar a Prefeitura Municipal de Canelinha (SC) de que eventuais irregularidades decorrentes de revogação da suspensão do Processo de Licitação 193/PMC/2023 poderão fazer com que os responsáveis sofram as medidas de acordo com a Lei 8.443/1992.

O TCU também avisou a Prefeitura Municipal de Nova Mamoré (RO) de que, na aplicação de recursos de transferências especiais relativas à emenda 202341730004, houve realização de transferência da conta receptora dos recursos da emenda para outra conta do município, o que descumpriu o disposto na Lei 14.436/2022.

Por fim, o Tribunal alertou a Prefeitura Municipal de Bituruna (PR) de que houve aditivos de acréscimos em percentuais superiores a 25% dos valores iniciais nos Contratos 154/2022 e 155/2022.

O relator do processo é o ministro Antonio Anastasia.

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SERVIÇO

Leia a íntegra da decisão:  Acórdão 1271/2025  – Plenário 

Processo: TC 024.628/2024-7

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Lula cobra atenção internacional à preservação dos oceanos: “Ou agimos ou o planeta corre risco”

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Redação do Portal da Capital

Na sequência dos compromissos oficiais na Europa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou no domingo, 8 de junho, do encerramento do Fórum de Economia e Finanças Azuis, em Mônaco. O evento se conecta à Terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que será realizada em Nice, na França, de 9 a 13 de junho, e também contará com a presença do presidente.

No contexto do Dia Mundial dos Oceanos, o líder brasileiro enfatizou a necessidade de a comunidade internacional se voltar para a efetiva conservação e uso sustentável dos recursos marinhos, prevista no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 da Agenda 2030. “Ou agimos ou o planeta corre risco”, resumiu.

» Confira a íntegra do discurso do presidente Lula

Lula lembrou que pelo mar trafegam mais de 80% do comércio internacional. “Se fosse um país, o oceano ocuparia a quinta posição entre as maiores economias do mundo. Ele gera anualmente 2,6 trilhões de dólares. Seu leito guarda recursos naturais inestimáveis”, afirmou o presidente, para em seguida indicar o contraponto que exige atenção mundial. “O ODS 14 é um dos objetivos com menor financiamento de toda a Agenda 2030. O déficit para sua implementação é estimado em 150 bilhões de dólares por ano. Recursos insuficientes constituem um problema crônico de várias iniciativas multilaterais”.

ATOR CENTRAL – Com quase 8 mil km de costa, o Brasil é ator central nos temas oceânicos. Abriga rica biodiversidade marinha e costeira, além de comunidades tradicionais que dependem diretamente dos oceanos. Neste ano, o país recebe a COP30, em Belém (PA), que também tem como missão reverter a falta de compromisso internacional com as promessas de financiamento para evitar o aquecimento global acima de 1,5º Celsius. O limite é apontado pela comunidade científica como essencial para evitar problemas ainda maiores em função da mudança do clima.

VONTADE – “No ano ado, saímos da COP de Baku com resultados aquém do esperado. Para reverter esse quadro, a presidência brasileira da COP30 e o Azerbaijão estão construindo o mapa do caminho Baku-Belém. Em 2024, países ricos reduziram em 7% a assistência oficial ao desenvolvimento. Suas despesas militares, em contrapartida, aumentaram 9,4%. Isso mostra que não falta dinheiro. O que falta é vontade política”.

CONSEQUÊNCIAS DESIGUAIS – As consequências dessa omissão, segundo o presidente, repercutem de forma mais dramática nas nações em desenvolvimento. “Dos 33 países da América Latina e Caribe, 23 possuem maior território marítimo do que terrestre. A África detém 13 milhões de km quadrados de território marítimo. Isso equivale à soma do território continental da União Europeia e dos Estados Unidos. Tornar a economia azul mais forte, diversa e sustentável contribui para a prosperidade do mundo em desenvolvimento”, disse o presidente, ao lembrar que a temática foi uma das prioridades da presidência brasileira do G20, em 2024.

BUSCA DE SOLUÇÕES – Lula apontou caminhos para uma possível solução, conectada a mudanças de perspectiva nas instituições multilaterais e em seus órgãos financiadores. “As instituições financeiras internacionais têm papel central. Insistimos na necessidade de contar com bancos multilaterais melhores, maiores e mais eficazes. Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos”, indicou.

EXEMPLO – Para Lula, a adoção pela Organização Marítima Internacional de metas vinculantes para zerar emissões de carbono na navegação até 2050 é uma iniciativa promissora, por potencializar a demanda por energias renováveis. Mas faltaria, ainda, ação semelhante para acabar com a poluição por plástico nos oceanos e avançar na ratificação do novo tratado para a biodiversidade nas águas internacionais.

BRICS – Além de enfatizar a discussão no G20 e no contexto da COP30, o Brasil pretende expandir o debate sobre desenvolvimento sustentável para a Cúpula do BRICS, que o país recebe em julho, no Rio de Janeiro. Lula lembrou que o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS expandiu o foco em financiamento climático, com mais de 2,6 bilhões de dólares para água e saneamento.

DEVER DE CASA – O presidente apontou, ainda, caminhos adotados pelo Brasil. Indicou que o país aposta na união entre investimentos públicos e privados. Citou a Bolsa Verde, que transfere renda a mais de 12 mil famílias que ajudam a preservar unidades de conservação marinhas. Apontou a carteira de mais de 70 milhões de dólares dedicada à economia azul no BNDES, com ênfase em projetos que se pautam pela conservação.

MUTIRÃO – “Financiamos projetos de planejamento espacial marinho, conservação costeira e descarbonização da frota naval e infraestrutura portuária. Estamos recuperando manguezais e recifes de coral, investindo na pesca sustentável e na gestão de recursos hídricos”, listou Lula. Ele aproveitou a oportunidade para cobrar do mundo um mutirão, palavra indígena que simboliza a mobilização de esforços em torno de um bem comum. “O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva”, concluiu.

AGENDA – Ao longo deste domingo, o presidente Lula tem uma série de compromissos oficiais. Antes de discursar no encerramento do Fórum de Economia e Finanças Azuis, teve encontro com o Príncipe de Mônaco, Alberto II. Na sequência das atividades, almoçou com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e tem reuniões previstas com a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, e com o presidente do Benim, Patrice Talon.

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Paraíba entra na lista dos 4 Estados considerados referência na recuperação de celulares roubados

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Redação do Portal da Capital

O partido União Brasil e a Fundação Indigo divulgaram uma Carta de Compromisso com a Segurança Pública, destacando a Paraíba como um dos quatro estados, além do Distrito Federal, que se tornaram referência na recuperação de celulares roubados.

O documento, apresentado durante o evento S.O.S Bahia, realizado na quinta-feira (05/06) em Salvador, diante de políticos e especialistas em segurança pública, enfatiza os desafios enfrentados na Bahia e aponta exemplos de estados que avançaram na redução da criminalidade. Entre os destaques, a Paraíba aparece ao lado de Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí, reconhecida pela eficácia de suas políticas voltadas à recuperação de aparelhos furtados.

Segurança Pública em Foco

A declaração feita pelo União Brasil ressalta o impacto da recuperação de celulares no enfrentamento ao crime organizado, visto que o roubo e o comércio ilegal de dispositivos móveis são desafios recorrentes no país. A Paraíba tem se destacado pelo emprego de tecnologias inovadoras e estratégias de rastreamento, fortalecendo a atuação da polícia no combate a esse tipo de crime.

Além da menção ao estado, o evento abordou medidas de segurança e estratégias adotadas em outras regiões do Brasil para reduzir os índices de violência e melhorar o e às forças policiais. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o deputado federal Capitão Alden (PL-BA) e especialistas como Caio Coppola e Rodrigo Pimentel participaram dos painéis, debatendo caminhos para o avanço da segurança pública no país.

A Paraíba segue se consolidando como referência na recuperação de bens roubados, reafirmando seu compromisso com a modernização da segurança pública e a proteção dos cidadãos.

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Deputado Hugo Motta estima votação da Regulamentação da IA até o fim do ano

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O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) declarou nesta quinta-feira (5) que a Câmara dos Deputados deverá votar até o final de 2025 o projeto de lei que regulamenta o uso da inteligência artificial (IA) no Brasil. A proposta, que recebeu aprovação no Senado em dezembro de 2024, segue em análise por uma comissão especial, presidida pela deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR), tendo como relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Em entrevista coletiva, Motta afirmou que espera concluir os trabalhos da comissão até o início de dezembro, possibilitando que o texto seja votado antes do encerramento do ano legislativo. “A expectativa nossa é, sim, votar até o final do ano. Eu quero encerrar, se Deus quiser, o ano de 2025 entregando uma legislação votada pela Câmara sobre IA”, destacou.

Adequações no Texto e Retorno ao Senado

O parlamentar ressaltou que, por se tratar de um tema complexo e inovador, é natural que a Câmara dos Deputados faça ajustes no texto originalmente aprovado pelo Senado. Caso isso ocorra, a matéria deverá retornar à Casa Alta para revisão final. O objetivo principal da regulamentação é definir diretrizes para o uso responsável da IA, promovendo segurança jurídica e ética no desenvolvimento de tecnologias no país.

Regulamentação das Redes Sociais

Além da IA, Hugo Motta também abordou a possível regulamentação das redes sociais no Brasil, classificando o tema como altamente divergente dentro da Câmara. Segundo ele, um debate aprofundado entre os líderes partidários será necessário antes de qualquer deliberação. “Vamos, no momento certo, abordar no Colégio de Líderes, para poder, a partir daí, tratarmos de fato da discussão sobre as redes”, afirmou.

A proposta de regulamentação das plataformas digitais, especialmente voltada à proteção de crianças e adolescentes, deve ser encaminhada pelo governo ao Congresso nas próximas semanas. O assunto, assim como o projeto de IA, deve enfrentar amplas discussões e resistência política antes de sua aprovação.

Com a expectativa de votação até dezembro, a regulamentação da IA no Brasil marca um avanço significativo na modernização das leis tecnológicas, definindo parâmetros para a implementação e supervisão de sistemas inteligentes no país

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