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Paraíba

Irresponsabilidade: alunos de Medicina ‘sem máscara’ lotam Domus Hall na Capital com Wesley Safadão

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Os alunos do curso de Medicina de uma faculdade particular instalada no município de João Pessoa, Capital da Paraíba, optaram por dar mau exemplo logo na própria festa de formatura que, ao invés de ser um momento irado por todos, transformou-se em um episódio de muita polêmica em tempos de alta do número de infectados na pandemia provocada pelo vírus da Covid-19 e suas variantes.

O evento, que deveria ter sido reagendado devido aos efeitos de um Ofício expedido pela Secretaria de Saúde de Cabedelo, aconteceu após deferimento de um pedido liminar apresentado à Justiça para a suspensão da recomendação emitida pelas autoridades de Saúde.

Assim, através de um Mandado de Segurança Cível referente ao processo nº 0800435-19.2022.8.15.0731, o juiz Luiz Eduardo Souto Cantalice, deferiu a liminar recomendando, porém, observação a todos os protocolos sanitários.

…defiro o pedido liminar para suspender os efeitos do ato contido no Ofício nº 00191 GAB/SESCAB e, em consequência, autorizar-se no dia 03/02/2022, às 21:00h, no DOMUS HALL, devendo, no entanto, observar todos os protocolos sanitários expedidos pelas autoridades competentes, bem como os Decretos Municipais e Estaduais que regem a matéria“, decidiu o magistrado que é lotado na 4ª Vara Mista de Cabedelo.

Ainda na decisão o juiz disse reconhecer que a iniciativa do secretário de Saúde de Cabedelo se amparava no bem maior que é a vida mas, que mesmo assim, os atos istrativos teriam que ser respeitados.

Assim, apesar do ato do Secretário de Saúde do Município de Cabedelo ter sido revestido de bom senso e cautela, vez que amparado no bem maior que temos, a vida, não pode se sobressair contra decreto expedido pelo chefe da municipalidade, por assim, desrespeitar a hierarquia dos atos istrativos“, justificou.

Brecha

A ‘brecha’ para a decisão foi possível porque nos autos consta que a empresa realizadora do evento teria arrendado a casa de shows antes da publicação do Decreto Municipal.

…dos autos, constata-se (Id n.º 53924250) que a impetrante arrendou o ambiente (Domus Hall), onde se dará o evento (formatura), em data anterior à publicação do Decreto Municipal, estando, portanto, dentro da exceção contida no regramento acima indicado“, ressalta o magistrado.

Comemoração

A partir da decisão, o cantor Wesley Safadão, que já tinha manifestado descontentamento com a recomendação da Secretaria Municipal da Saúde da cidade portuária, comemorou o resultado através de postagem em uma de suas redes sociais.

Durante a festa, que reuniu centenas de convidados, pouquíssimas máscaras foram vistas em relação ao número de participantes que se amontoaram na pista de dança da casa de shows.

A polêmica nasceu a partir do momento em que se soube que a imagem de descaso com o perigo da pandemia, que já matou milhões de pessoas no mundo, estava partindo de pessoas que escolheram a oportunidade de integrar a classe médica em alguns anos.

Clique aqui e confira a íntegra da Decisão.

Números

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) registrou, na quinta (3), mesmo dia da festa, que a Paraíba já totalizava 504.216 casos confirmados da doença, que estão distribuídos por todos os 223 municípios.

Leia também: Paraíba registra 22 novos casos e onze mortes por Covid-19 em 24 horas

O órgão de Saúde Estadual ainda divulgou a confirmação de 17 novos óbitos desde a última atualização, sendo que, pelo menos, 11 deles havia acontecido nas últimas 24h. Com isso, o Estado totaliza 9.755 mortes.

Confira vídeo:

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Paraíba

Agentes políticos e jurídicos chegam a um consenso e TAC eliminará risco de fechamento do Padre zé

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O diretor do Hospital Padre Zé, padre George Medeiros, afirmou que agentes políticos e jurídicos chegaram a um consenso e o ime que envolvia risco de fechamento da unidade hospitalar filantrópica será encerrado na próxima semana.

Segundo o gestor, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será assinado na próxima quarta-feira (30/04), às 14h, com a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) para a liberação de recursos públicos que garantirão a continuidade do funcionamento do hospital.

A unidade filantrópica hospitalar tem vivido dias difíceis, em termos financeiros, a partir da descoberta de um suposto esquema de desvio de quase R$ 140 milhões em verbas e produtos destinados à manutenção do hospital.

O antigo gestor, padre Egídio de Carvalho Neto, foi apontado por investigações do Ministério Público como mentor do esquema de corrupção que teria garantido a ele a formação de um patrimônio milionário que continha, inclusive, apartamentos de luxo, obras de arte e uma fazenda no valor aproximado de R$ 5 milhões.

Os comentários do padre George foram registrados pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (25/04).

Confira o áudio:

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MPF emite medidas para proteger território de pescadores em Barra de Mamanguape; veja documentos

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O Ministério Público Federal (MPF) emitiu duas recomendações visando à proteção dos direitos e do modo de vida da comunidade tradicional de pescadores de Barra de Mamanguape, localizada no município de Rio Tinto, litoral norte da Paraíba. Os documentos foram enviados à Prefeitura de Rio Tinto (PB), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), à Superintendência de istração do Meio Ambiente (Sudema), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao cartório de registro de imóveis do município.

Uma das recomendações orienta a Prefeitura de Rio Tinto e os órgãos ambientais que não autorizem licenças, alvarás de construção, nem licenças ambientais para a supressão de vegetação ou outros atos istrativos que possam interferir na área, sem consulta prévia ao MPF. A outra recomendação é para que a prefeitura e o cartório local se abstenham de realizar qualquer ato istrativo ou registral que envolva a venda, licenciamento, parcelamento, regularização fundiária ou emissão de documentos relacionados a imóveis situados no território tradicional da comunidade. A recomendação inclui a suspensão de alvarás, autorizações urbanísticas, certidões de localização, guias de ITBI e registros de propriedade ou georreferenciamento, além da revisão de registros e transmissões já efetivadas.

A medida foi tomada em resposta a denúncias apresentadas pela própria comunidade, que relatou o crescimento desordenado do turismo, invasões de empreendedores que não fazem parte da comunidade, especulação imobiliária, dentre outros fatores que ameaçam seu território e seu modo de vida tradicional.

Segundo apurou-se, a comunidade tradicional de pescadores artesanais de Barra de Mamanguape enfrenta pressões decorrentes não só da ausência de políticas públicas adequadas, mas também de ações governamentais e de empreendimentos que têm gerado impactos negativos na região. Entre os problemas relatados estão o comprometimento do abastecimento de água, o bloqueio de o ao mangue e à praia e o aumento de conflitos no território.

Comunidade tradicional – A tradicionalidade da comunidade foi reconhecida pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil (CNPCT). Além disso, como explica o procurador da República José Godoy, conforme o Enunciado nº 47 da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, a autodeclaração de territórios tradicionais é legítima e gera repercussões jurídicas, que devem ser consideradas em políticas públicas, especialmente em questões fundiárias e ambientais.

“O direito ao território tradicional é anterior à demarcação e precisa ser protegido de forma efetiva, inclusive nos casos em que o Estado ainda não formalizou esse reconhecimento. A recente do Decreto nº 46.455/25 pelo governo da Paraíba, que reconhece a existência, os direitos e a contribuição das comunidades tradicionais para a formação da sociedade paraibana, reforça esse compromisso. Cabe aos poderes públicos agir com urgência para impedir que esses territórios desapareçam diante do avanço da especulação e da ausência de políticas públicas concretas”, afirmou Godoy.

A comunidade possui um vínculo histórico com o território que remonta a pelo menos um século, conforme descrito na ata de autorreconhecimento encaminhada ao MPF. Formada a partir da convivência entre descendentes de indígenas Potiguara e outros povos que chegaram à região, a comunidade consolidou modos de vida próprios, baseados na pesca artesanal e no uso sustentável dos recursos naturais do estuário do rio Mamanguape. O documento relata que, até a década de 1990, os moradores viviam em casas de palha, com o limitado à vila por trilhas ou pelo rio, e sem infraestrutura urbana básica. (Foto: morador da comunidade durante captura de caranguejo no mangue do rio Mamanguape)

Parecer técnico de perícia antropológica do MPF, por sua vez, alerta para o desaparecimento progressivo das áreas de uso tradicional da comunidade, em razão da especulação imobiliária, do avanço desordenado do turismo e de empreendimentos privados como a carcinicultura, ressaltando a urgência da regularização do território para garantir a continuidade do modo de vida tradicional e a preservação da identidade cultural local.

APA ameaçada – Barra de Mamanguape, onde o rio de mesmo nome encontra o mar, é conhecida por sua beleza natural e pela presença do peixe-boi-marinho, espécie ameaçada de extinção e protegida na Área de Proteção Ambiental (APA) da Barra do Rio Mamanguape, criada em 1993. Contudo, o crescimento desordenado do turismo e a especulação imobiliária representam uma séria ameaça tanto para o ecossistema quanto para o modo de vida da comunidade tradicional de pescadores.

Tô no mapa – A comunidade cadastrou oficialmente seu território na Plataforma de Territórios Tradicionais (PTT), ferramenta coordenada pelo MPF, que reúne informações georreferenciadas de áreas autodeclaradas por povos e comunidades tradicionais em todo o Brasil. A iniciativa fortalece juridicamente o reconhecimento do território e visa subsidiar políticas públicas específicas.

Além de realizar o cadastro, a comunidade tem promovido ‘lives’ para ensinar outras comunidades paraibanas a utilizarem a plataforma. A ferramenta, alimentada pelas próprias comunidades e validada por um conselho gestor com representantes tradicionais, visa garantir visibilidade aos territórios tradicionais ainda não demarcados, promovendo sua proteção e induzindo políticas fundiárias, ambientais e culturais. Os registros das reuniões online podem ser conferidos no perfil da comunidade no Instagram: @coletivobarrademamanguape

As recomendações foram emitidas em 22 de abril e concedem prazo de 20 dias para que os órgãos informem se acataram e se cumprirão as medidas recomendadas.

Procedimento istrativo nº 1.24.000.000739/2023-29

Íntegra da recomendação à Prefeitura, ICMbio, Sudema e Ibama
Íntegra da recomendação à Prefeitura e ao cartório

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Paraíba

“De jeito nenhum!”, diz Enivaldo sobre possível “climão” por partilha do comando da Federação na PB

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O presidente estadual do PP na Paraíba, Enivaldo Ribeiro, ao ser questionado sobre a possibilidade de compartilhamento do comando da Federação resultante da juntão entre a sua sigla, Partido Progressistas (PP), e o União Brasil, afirmou não enxergar dificuldade.

Segundo Enivaldo, a boa relação que mantém, inclusive em âmbito familiar, com Efraim Filho, permite que não haja constrangimento sobre a questão.

O comentário de Enivaldo Ribeiro foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta sexta-feira (25/04).

Confira o áudio:

 

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