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Gilmar: Fato de notícia ser danosa não significa que tem que ter veiculação impedida

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, defendeu que as medidas de combate à disseminação de “fake news” na próxima eleição não representarão uma forma de censura, e sim de proteção à privacidade e à honra. “O fato de uma notícia ser danosa a alguém não significa que tem que ter sua veiculação impedida”, declarou após reunião do conselho consultivo sobre internet e eleições, nesta quarta-feira, 31, segundo reportagem de Julia Lindner e Rafael Moraes Moura, do Estadão.

“É importante que haja circulação livre de ideias, isso é base da democracia. Esse é um novo desafio, ninguém tem resposta pronta, mas ninguém quer assegurar a censura como método”, reforçou. Gilmar afirmou que a “divulgação de notícias dolorosas faz parte da disputa eleitoral”.

Ele avaliou ainda que fake news sempre existiram, porém, atualmente a propagação dessas informações se tornou mais rápida e também ficou mais difícil distinguir este tipo de conteúdo na internet. “Isso não se faz com algoritmo.” Por causa disso, o TSE estuda criar um canal de comunicação entre a Justiça e os provedores para facilitar a remoção de conteúdos considerados ofensivos ou falsos. O Tribunal também pretende elaborar uma cartilha online, que será apresentada por meio de uma plataforma de ensino à distância que já é usada pelo TSE, para tentar padronizar decisões judiciais de magistrados de todo o país.

Para Gilmar, “a responsabilidade penal já existe, mas é preciso identificar essa pessoa ou a organização que a patrocina” e que divulga este tipo de informação. Ele brincou que “deve ser um dos campeões” entre os alvos de fake news, mas ponderou que não está fazendo nada com “caráter pessoal”. “Claro que há críticas, mas a gente tem que viver com isso, e a justiça está aí para lidar com agressões. Tenho visão liberal pela imprensa, muita simpatia, acho imprescindível, mas acho também que há que haver a proteção à privacidade e à honra”, disse.

Ferramentas. A reunião do Conselho contou com a participação de representantes do Facebook, Whatsapp, Google e Twitter. Segundo o Estadão/Broadcast apurou, o WhatsApp e o Facebook destacaram na reunião do conselho do TSE mecanismos já existentes que ajudam a prevenir a disseminação de notícias falsas.

Conforme relatos, o WhatsApp informou que 90% das mensagens trocadas no aplicativo é feita entre uma pessoa e outra – e a maioria dos grupos de usuários possui cerca de seis pessoas. A empresa ressaltou na reunião do conselho que já possui em funcionamento uma ferramenta antispam, que bloqueia o envio de mensagens em grande escala oriundas de uma mesma conta. O dispositivo foi criado inicialmente para barrar spams comerciais, mas também pode auxiliar a ofensiva da Corte Eleitoral para inibir a proliferação de notícias falsas.

O Facebook, por sua vez, explicou em detalhes atualizações que têm sido feitas no feed de notícias, como a implantada no ano ado para reduzir o alcance de manchetes “caça-cliques” (feitas para atrair a atenção do leitor), com o objetivo de diminuir a frequência com que elas são mostradas.

Procurado pelo Estadão/Broadcast, o Facebook informou que “compartilha do objetivo de combater a desinformação e temos trabalhado com as autoridades sobre temas relacionados à segurança online e integridade eleitoral”. “Estamos atuando em diversas frentes para reduzir a disseminação de notícias falsas, e continuaremos a colaborar com as autoridades”, comunicou a empresa. O Google, que também participou da reunião, não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.

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Recesso branco: Hugo Motta dá uma semana de folga na Câmara para cumprir agenda nos EUA

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Após uma semana intensa na Câmara dos Deputados com discussões sobre a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), e a aprovação do projeto que amplia o número de vagas na Casa, a Câmara terá uma semana de folga informal, chamado de “recesso branco”, não ocorrendo durante o período sessões deliberativas.

A medida foi tomada pelo presidente, Hugo Motta (Republicanos), em virtude da viagem que fará aos Estados Unidos para participar do LIDE Brazil Investment Forum 2025, evento que reunirá empresários, ministros do STF e autoridades brasileiras em Nova York. Ele participará do evento de abertura, na próxima terça-feira (13/05).

O evento nos Estados Unidos reunirá, entre outras autoridades, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-presidente Michel Temer, senadores da República e governadores.

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Projeto torna crime o assédio moral praticado no meio militar

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Redação do Portal da Capital

O Projeto de Lei 4752/24 torna crime o assédio moral praticado no contexto militar, envolvendo condutas como depreciação, humilhação ou tratamento rigoroso que prejudique a imagem, o desempenho ou a saúde do militar. A Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera o Código Penal Militar.

Segundo o texto, pratica assédio moral no meio militar quem atua para depreciar, constranger, humilhar ou degradar, de modo reiterado, outro militar, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica em serviço ou fora dele. A pena prevista é de 1 a 3 anos de reclusão.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a proposta também define como assédio moral situações em que as ordens são exageradas e injustas, como obrigar o militar a fazer atividades mais complicadas do que o necessário ou além do que ele é capaz de realizar, assim como excesso de tarefas, cobranças de metas impossíveis e outras práticas abusivas nas relações de trabalho.

Autor do projeto, o deputado Cabo Gilberto Silva (PL) argumenta que a hierarquia e a disciplina nas relações militares torna essencial a criminalização do assédio moral para proteger os militares e garantir a integridade das instituições.

“Os militares têm a conduta estritamente pautada pela hierarquia e pela disciplina. E esses são fatores que tendem a estimular o desenvolvimento de processos de assédio psicológico”, afirma o deputado.  “A grande maioria da sociedade desconhece que existe uma forma de violência velada nas relações de trabalho do serviço militar. É uma forma de violência que aniquila a vida e sombreia a alma de muitas pessoas, fazendo inúmeras vítimas”, conclui.

Próximas etapas
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será analisada pelo Plenário. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

 

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Com relatoria de Efraim, Comissão do Senado vota incentivo à contratação de menores aprendizes

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Redação do Portal da Capital

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve examinar, em reunião nesta terça-feira (13/05), a partir das 10h, o projeto de lei que concede empréstimos com condições especiais e taxas de juros diferenciadas a pequenas e microempresas que itirem menores aprendizes.

A intenção é aumentar a empregabilidade entre os jovens entre 14 e 17 anos e incentivar a busca pela educação profissional.

O PL 3.470/2019 cria regras de financiamento diferenciado para pequenas e microempresas que oferecem a seus aprendizes os cursos dos serviços nacionais de aprendizagem.

De acordo com a Agência Sendo, pela proposta, as empresas que itirem jovens entre 14 e 17 anos e os matricularem nesses cursos terão condições facilitadas e taxas de juros diferenciadas na obtenção de empréstimos de instituições financeiras públicas.

De autoria do senador Jayme Campos (União Brasil), o texto foi relatado pelo senador Efraim Filho (União Brasil), que apresentou voto favorável ao projeto.

O texto foi aprovado em setembro de 2019 na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e seguiu para a CAE, onde será apreciado em caráter terminativo. Ou seja, se aprovado na comissão, seguirá direto para a Câmara dos Deputados, a não ser que haja recurso para avaliação da matéria em Plenário.

 

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