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Dia da Consciência Negra: MPF reforça a importância da luta pelos direitos quilombolas no Brasil

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Recordar a luta histórica contra a escravidão e refletir sobre os desafios atuais enfrentados pelas comunidades quilombolas na busca da concretização de seus direitos. Com essa premissa, o Ministério Público Federal (MPF) celebra o Dia da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares com a campanha Novembro Quilombola, uma ação coordenada que busca concentrar esforços para acelerar o julgamento de processos envolvendo as principais demandas desses povos tradicionais. Atualmente, existem mais de 350 ações relacionadas aos interesses quilombolas em tramitação na segunda instância da Justiça Federal brasileira.

Uma das principais reivindicações dos quilombolas é a titulação dos territórios tradicionalmente ocupados por eles. Apesar de ser um direito garantido pela Constituição de 1988, o processo de regularização dessas áreas segue lento e marcado por conflitos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das mais de seis mil comunidades quilombolas identificadas no país, apenas uma pequena parte possui a titularidade de suas terras: 147. Essa realidade tem impacto direto na preservação da cultura, segurança e autonomia desses povos.

Essa morosidade na regularização fundiária é um dos principais entraves enfrentados pelo MPF na defesa dos direitos das comunidades tradicionais, porque está associada diretamente aos conflitos territoriais e à dificuldade de proteger as manifestações culturais quilombolas. Segundo a procuradora da República titular do Ofício Quilombolas do MPF, Lívia Tinôco, também são obstáculos os interesses econômicos, que frequentemente entram em choque com os direitos dessas comunidades. “A titularidade das terras quilombolas é essencial para garantir a permanência e proteção dessas comunidades em seus territórios ancestrais, preservando sua cultura, segurança e autonomia.”, ressaltou.

Neste cenário, o trabalho do MPF em defesa dos povos tradicionais reforça a luta das comunidades pelo reconhecimento de seus territórios e pelo respeito ao seu modo de ser e viver. “O MPF atua de forma intensa para garantir os direitos quilombolas, utilizando ferramentas como inquéritos civis, ações civis públicas e recomendações istrativas para cobrar do Estado a regularização fundiária e a titulação de terras”, afirma a procuradora. “A proteção cultural também é um desafio, pois as práticas e tradições quilombolas muitas vezes não são devidamente reconhecidas e preservadas, dificultando a salvaguarda do patrimônio imaterial das comunidades”, completa.

Compromissos internacionais – O Brasil tem compromissos assumidos em instâncias internacionais no que diz respeito à efetivação de direitos das comunidades tradicionais, como a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para Lívia Tinôco, o cumprimento dessas obrigações exige maior investimento em políticas públicas, fortalecimento da fiscalização contra conflitos fundiários e respeito à consulta prévia e informada das comunidades em decisões que impactam seus territórios.

“É crucial que o Estado assegure a participação das comunidades quilombolas nos processos de decisão que impactam seus territórios e modos de vida, respeitando a consulta prévia, livre e informada, como estabelecido em convenções internacionais. O engajamento de organizações da sociedade civil e a articulação com organismos internacionais podem auxiliar a monitorar e pressionar o cumprimento desses compromissos”, frisou.

Legado – Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história do Brasil, simboliza a luta pela liberdade e autonomia dos povos afrodescendentes. Em um país ainda marcado por desigualdades raciais e territoriais, o Dia da Consciência Negra – 20 de novembro – reforça a necessidade de se combater o racismo estrutural e assegurar os direitos das comunidades quilombolas.

Ao celebrar a memória de Zumbi, a sociedade brasileira é convidada a refletir sobre o compromisso com a justiça social e a igualdade racial. “A luta por direitos das comunidades quilombolas segue como uma pauta urgente e fundamental para a construção de um país mais justo e inclusivo. O Novembro Quilombola foi incentivado pela necessidade de dar visibilidade às questões enfrentadas pelas comunidades quilombolas, reforçando o compromisso com a igualdade racial e os direitos dessas comunidades”, finalizou Lívia Tinôco.

Mobilização Nacional – Durante todo o mês de novembro, o MPF realiza a ação coordenada Novembro Quilombola, que pretende acelerar o julgamento de processos relacionados a direitos fundamentais de comunidades quilombolas do Brasil. As ações abordam questões territoriais, ambientais, previdenciárias, de o à saúde, educação e políticas públicas em geral, assim como o respeito à consulta prévia.

O tema também tem sido abordado em todos os canais de comunicação do MPF, com notícias no site e matérias especiais de rádio e de TV. As redes sociais da instituição – YouTube, X, Instagram, Facebook e LinkedIn – receberam capas personalizadas, com grafismos africanos que simbolizam a luta pela igualdade e justiça. Além disso, forma produzidos posts, vídeos e materiais exclusivos sobre a luta das comunidades quilombolas, seus, direitos, desafios e conquistas.

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Sob pressão por anistia, Motta diz que Congresso precisa gastar energia com saúde, educação e segurança

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Congresso Nacional precisa concentrar seus esforços em resolver problemas que a população cobra por repostas. Questionado sobre a possibilidade de pautar o projeto de lei que anistia acusados e condenados pela tentativa de golpe de estado em 8 de janeiros de 2023, Motta afirmou que é preciso “gastar energia” com saúde, educação, segurança pública, o que “realmente a população espera” dos parlamentares.

Hugo Motta vem sendo pressionado por deputados de oposição, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), para pautar o requerimento de urgência da anistia, que teve 262 s favoráveis na Câmara dos Deputados, mais da metade da Casa.

— Eu penso que o Brasil tem muitos desafios, muitos problemas a serem resolvidos pela frente, que a também pelo parlamento, e é nessa agenda que temos que focar. É gastarmos energia com aquilo que realmente venha representar avanços para o país na saúde, educação, segurança pública, e penso que o parlamento tem que focar nessa agenda que é o que realmente a população espera de nós neste momento — disse o presidente da Câmara.

De acordo com esta matéria publicada em O Globo, Motta voltou nesta segunda-feira de uma viagem de férias com familiares para o exterior. O presidente da Câmara deixo o país em meio a pressão pela pauta da anistia, a greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), além de um agenda de votações esvaziada, como mostrou O GLOBO.

O presidente da Câmara tem indicado que vai discutir o tema da anistia com os líderes da Casa no retorno dos feriados, mas também vem incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na discussão, buscando por um meio-termo que tranquilize a oposição.

— Nós temos buscado trabalhar sempre dialogando com as lideranças partidárias, com o Senado, com as outras instituições. É um tema, como todos sabem, que divide a Casa. Eu tenho buscado conduzir a Casa com muita serenidade e equilíbrio, essa será mais uma discussão que vamos conduzir dessa forma, ouvindo a todos, para que o Brasil possa sair dessas discussões mais forte — afirmou.

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Pressionado por bolsonaristas, Hugo Motta quer debater anistia com ministros do STF

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A volta do feriado no Congresso será marcada por uma nova onda de pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na defesa do projeto de lei que anistia acusados e condenados pelos ataques do 8 de Janeiro. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), é cobrado a pautar o requerimento de urgência para a proposta. Na tentativa de encontrar uma saída, Motta retomará o contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme publicado pelo O Globo, enquanto ainda estava em viagem internacional de férias, na semana ada, o presidente da Câmara recebeu a ligação de pelo menos um ministro da Corte, preocupado com o avanço do projeto de lei, e ambos combinaram de avaliar o cenário nesta semana.

Antes da Páscoa, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), conseguiu 262 s de apoio ao requerimento de urgência, cinco a mais do que o mínimo necessário. Apesar do apoio de mais da metade dos deputados, o pedido só será pautado por decisão de Motta e aval dos líderes. A pauta da Câmara tem ao menos 1.038 requerimentos de urgência protocolados desde 2010.

Nesta segunda-feira, após ser homenageado em Minas Gerais, Motta disse que o Congresso precisa concentrar esforços em resolver problemas reais:

“O Brasil tem muitos desafios, muitos problemas a serem resolvidos, o que a também pelo Parlamento. É nessa agenda que temos que focar, gastarmos energia com aquilo que realmente venha a representar avanços para o país na saúde, educação, segurança pública. Penso que temos que focar nessa agenda, que é o que realmente a população espera de nós”.

Motta também reforçou que pretende ampliar o diálogo. “Temos buscado trabalhar dialogando com as lideranças partidárias, com o Senado, com as outras instituições. É um tema, como todos sabem, que divide a Casa”, itiu.

Reunião com líderes

O tema deve ser novamente abordado em reunião das lideranças na Câmara, que costuma acontecer toda quinta-feira. Nos últimos encontros, porém, Motta vinha evitando tocar no assunto. A princípio, os líderes demonstram resistência ao movimento pró-anistia, mas frisam que, se a ordem de apoio vier dos presidentes dos partidos, eles terão de ceder.

Membros do STF dizem que não há preocupação com os movimentos de Motta e que não há risco de crise institucional entre os Poderes. É citado o fato de que ele e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dialogam com frequência. Para um ministro, a relação com os dois congressistas é “a melhor possível“.

Entre as possibilidades de negociação na mesa, colocadas por Motta e líderes partidários em discussão com o Judiciário, está a mudança no tamanho das penas que vem sendo aplicadas para os condenados, seja por meio de projeto de lei ou por alteração no entendimento do STF.

Também foi cogitada, por parlamentares próximos a Motta, uma condenação apenas por depredação de patrimônio público e não por tentativa de golpe de Estado. Líderes da Câmara levantam ainda a possibilidade de o projeto da anistia abordar um perdão só aos condenados por estarem no ato presencialmente, e não para idealizadores ou financiadores. Essa opção excluiria uma brecha para que fosse dado perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O próprio STF começou nas últimas semanas um movimento para relaxar a punição de alguns dos envolvidos. No dia 28 de março, por exemplo, o ministro Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar para a cabeleireira Débora Rodrigues, que é ré por associação criminosa e golpe de Estado e estava presa em regime fechado desde 2023. Ela pichou a estátua em frente à Corte.

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Minha Casa, Minha Vida ganha Faixa 4 e reforça cenário favorável para quem quer sair do aluguel

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Para os consumidores que sonham com a casa própria, o cenário atual representa uma oportunidade única, mesmo com a Selic ainda elevada (atualmente em 14,25% ao ano). Quem opta por financiar seu imóvel pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que utiliza recursos do FGTS, encontra taxas de juros pré-fixadas entre 4% e 10% ao ano — significativamente mais baixas que as praticadas no mercado tradicional e que não sofrem variações com a Selic, garantindo previsibilidade e segurança.

A MRV, maior construtora da América Latina, atua no programa MCMV desde sua criação e tem liderado as operações voltadas à habitação popular. Com a recente reformulação do programa e a criação da nova Faixa 4, cerca de 13% do Valor Geral de Vendas (VGV) do estoque da MRV já se enquadra nessa nova categoria, ampliando o leque de consumidores que podem ar condições facilitadas de crédito.
Segundo Thiago Ely, VP comercial e marketing da MRV&CO, programas estaduais que complementam os subsídios federais têm se mostrado fundamentais para ampliar o o. “Essas iniciativas complementam as políticas nacionais ao considerar as particularidades de cada região, oferecendo subsídios e condições especiais de financiamento para atender os consumidores locais. Com isso, ajudam a reduzir o déficit habitacional, promovem a inclusão social e garantem que mais famílias conquistem a casa própria de forma ível e segura”, afirma.

Além disso, Ely ressalta que os consumidores da Faixa 1 e 2 do programa saem ganhando mesmo em cenários de inflação mais alta, pois as taxas contratadas podem ser negativas em termos reais. “Com juros a partir de 4% mais TR e inflação girando entre 5% e 5,5% ao ano, o financiamento pode se tornar ainda mais vantajoso do que pagar aluguel — que, por sinal, teve reajuste médio de 16% em 2023 e de 13,5% em 2024, três vezes acima da inflação”, explica.

Nova configuração do Minha Casa, Minha Vida: o que mudou
Com orçamento de R$ 30 bilhões — dividido igualmente entre recursos do FGTS e do setor privado — o programa ou a contemplar um novo público com a criação da Faixa 4, e ajustou regras nas demais categorias:
• Faixa 1: Renda de R$ 2.160,01 a R$ 2.850,00 | Subsídio de até R$ 55 mil | Juros entre 4% e 4,5% ao ano
• Faixa 2: Renda de R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00 | Subsídio de até R$ 16 mil | Juros entre 4,75% e 6,5% ao ano
• Faixa 3: Renda de R$ 4.700,01 a R$ 8.600,00 | Sem subsídio | Juros de 7,66% ao ano
• Faixa 4 (nova): Renda de R$ 8.600,01 a R$ 12.000,00 | Sem subsídio | Juros de até 10% ao ano

Além disso, a nova configuração do MCMV permite que clientes das Faixas 1 e 2 adquiram imóveis originalmente enquadrados na Faixa 3. Outra mudança importante é a equiparação do teto de financiamento para cidades com até 100 mil habitantes, agora iguais às de até 300 mil.

Desempenho da MRV e projeções para 2025

Com mais de 500 mil unidades entregues ao longo de sua história, a MRV já viabilizou o sonho da casa própria para mais de 1,5 milhão de brasileiros. Em 2024, cerca de 90% das vendas líquidas da companhia ocorreram via o programa MCMV, o que reforça sua relevância estratégica.

As vendas líquidas da MRV Incorporação atingiram R$ 10 bilhões em 2024, crescimento de 17,4% em relação a 2023 e de 70,3% frente a 2022 — marca histórica para o setor.

Durante evento com investidores, Ely anunciou que a empresa projeta um crescimento de 17,5% nos lançamentos no segmento de incorporação nacional em 2025. “A expectativa é de que 60% desses lançamentos ocorram entre o segundo e o terceiro trimestres, com 55% das vendas previstas vindas do estoque atual da companhia — 31% concentradas na Faixa 2 e 35% na Faixa 3 do programa MCMV”, finaliza.

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