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BNB é alvo de fiscalização e TCU dá prazo de 120 dias para apresentação de medidas a serem adotadas

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O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou, sob a relatoria do ministro Jorge Oliveira, auditoria operacional para avaliar a efetividade da atuação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para o desenvolvimento da região Nordeste e do norte de Minas Gerais e Espírito Santo, e analisar os mecanismos de monitoramento, avaliação e divulgação de suas ações.

“A importância desse trabalho se revela na medida em que, anualmente, bilhões de reais são transferidos para o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e regionais, servindo de instrumento de política de fomento para o desenvolvimento e atuando como um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE)”, pontuou o ministro do TCU Jorge Oliveira.

Em síntese, a auditoria concluiu que há um espaço significativo para melhorias nos processos de trabalho do BNB e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), com o objetivo de maximizar a efetividade de suas ações.

“Nesse sentido, as recomendações do TCU visam aprimorar a mensuração dos impactos das operações do BNB, garantir o alinhamento das operações com os objetivos estratégicos do banco e melhorar a transparência e o controle social sobre das suas atividades”, assinalou o ministro Jorge Oliveira, relator do processo no Tribunal.

Achados

A auditoria identificou que os indicadores estratégicos utilizados pelo BNB não demonstram claramente a relação de causalidade entre a atuação do banco e os resultados socioeconômicos observados. Isso dificulta a mensuração precisa dos impactos das ações do Banco do Nordeste do Brasil.

O TCU verificou que as Resoluções do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) priorizam, ao mesmo tempo, centenas de atividades sem uma análise clara de quais seriam os mais relevantes em termos de impactos socioeconômicos. A ausência de uma métrica de impacto pode resultar em uma distribuição ineficiente dos recursos.

“Foi constatada a ausência de mecanismos que garantam o alinhamento entre os objetivos de cada operação de crédito e as finalidades estratégicas do BNB. Propostas de grandes valores são frequentemente aprovadas sem uma avaliação detalhada dos potenciais impactos socioeconômicos”, observou o ministro-relator Jorge Oliveira.

O Tribunal apontou que o BNB não possui um processo sistemático de monitoramento e avaliação de suas operações de crédito. A ausência de uma política institucional e de um macroprocesso estabelecido para essas atividades resulta em um conhecimento inadequado dos objetivos e resultados das ações do banco.

“A forma como o BNB divulga suas operações dificulta o controle social. As informações sobre as operações de crédito não são facilmente íveis, e a identificação dos tomadores de recursos não é divulgada”, alertou Jorge Oliveira.

Deliberação

O TCU fez uma série de recomendações ao Banco do Nordeste. Entre elas, o BNB terá de adequar os seus indicadores de eficácia e de efetividade, com vistas a aperfeiçoar a mensuração da sua atuação e de seus resultados, de modo a construir indicadores que efetivamente demonstrem a causalidade da atuação do banco e sejam aderentes aos critérios de validade, comparabilidade, estabilidade e independência.

Foi recomendado ao BNB que estabeleça política institucional, aprovada pelo mais alto escalão do banco, para a implementação e execução de processo de monitoramento e avaliação de eficácia e efetividade de suas operações, frente a seus objetivos legais, estatutários e estratégicos. E que defina processo institucional de monitoramento e avaliação, com as rotinas operacionais aplicáveis.

Essa política institucional de avaliação deverá contemplar, entre outros pontos: periodicidade da avaliação; metodologia para monitoramento e avaliação de projetos individualizados, incluindo critérios de seleção dos projetos; metodologia para avaliação ex ante de programas (por meio da teoria da mudança ou outro método adequado); e forma e periodicidade de consolidação e divulgação dos resultados das avaliações e de internalização das lições aprendidas.

O TCU também recomendou que o Banco do Nordeste inclua, em seus normativos, dispositivo que estabeleça procedimento padronizado para a realização de avaliação sobre os impactos socioeconômicos, quando da análise técnica realizada pelas Centrais de Crédito.

O BNB ainda terá de aperfeiçoar seus mecanismos de publicidade para possibilitar a realização de controle social e governamental, disponibilizando as informações necessárias para esse controle, a exemplo de o facilitado aos relatórios dos resultados das avaliações de eficácia e efetividade das operações do banco, bem como o aos dados das operações de crédito contratadas, respeitando o sigilo necessário, quando cabível.

A Corte de Contas determinou que o Banco do Nordeste do Brasil apresente plano de ação em até 120 dias contendo as medidas a serem adotadas para o cumprimento das recomendações do TCU, além de cronograma com os prazos para a realização de cada uma das medidas ou a apresentação de justificativas fundamentadas para eventual inviabilidade de implementação de algum aspecto.

Clique aqui e confira a íntegra do Acórdão.

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Para Motta, projeto sobre isenção do IR deve ser aprovado pelo Congresso até 30 de setembro

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que, em razão do princípio da noventena, a expectativa é que o Congresso aprove até o dia 30 de setembro o projeto que concede isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais (PL 1087/25).

O princípio da noventena prevê a anterioridade de 90 dias para a vigência de lei sobre determinados impostos. Portanto, para a nova legislação do IR entrar em vigor em 2026, o texto precisa virar lei até o dia 30 de setembro.

A declaração de Motta foi dada em evento promovido pelo Valor Econômico nesta quarta-feira (14), em Nova York. O evento compõe o Brazil Week, que reúne autoridades, empresários e investidores para debater o desenvolvimento econômico brasileiro.

Formas de compensação
Segundo Motta, há um ambiente favorável à aprovação da proposta, mas os parlamentares têm a tarefa de aperfeiçoar o texto encaminhado pelo Executivo. O presidente destacou que a Câmara deve buscar novas formas de compensação para a isenção fiscal que o governo propõe.

Para compensar a perda de receitas que o aumento da isenção trará, o Executivo, conforme lembra esta matéria publicada pela Agência Câmara, prevê um imposto mínimo de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.

“O desafio é como fazer para melhorar o projeto do ponto de vista da compensação. Temos um calendário estabelecido para que o Senado também tenha tempo de analisar a matéria, e os senadores também podem alterar o texto”, destacou Motta.

Diálogo
O presidente disse ainda que o Congresso, em conjunto com os demais Poderes,  tem a missão de pacificar o país para atrair mais empresários e investidores a injetarem recursos no Brasil.

“Precisamos ter um ambiente de harmonia e pacificação para que todas as nossas potencialidades possam ser aproveitadas pelas iniciativas privadas e o poder público”, defendeu.

Confira o áudio:

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Reunião de Ruy, Lula e Padilha avança para distribuir materiais especiais para autistas via SUS

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O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o deputado federal Ruy Carneiro revelaram que o Governo Federal está avançando na análise da iniciativa proposta pelo parlamentar para oferecer a distribuição gratuita de materiais especiais para pessoas com autismo pelo Sistema Único de Saúde. A informação foi confirmada após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante viagem à China.

Segundo o Ministro, a partir de agora, a comissão que define a incorporação de itens incluídos no rol do SUS já a a fazer o estudo de viabilidade para garantir que abafadores auditivos, colete sensorial e pasta de comunicação alternativa sejam distribuídos como parte das ações de assistência a pessoas com deficiência.

“Parabéns, deputado Ruy Carneiro. Tratamos esse assunto e já vamos encaminhar direto para uma comissão, que por lei, define a incorporação de itens do SUS, aqueles que o SUS pode garantir e comprar. Vamos encaminhar essa solicitação para análise dessa comissão, que é formada por representantes do governo, da sociedade e por especialistas”, detalhou Padilha.

A proposta apresentada por Ruy, que também já tramita em formato de Projeto de Lei no Congresso Nacional, defende que o custo dos materiais não é alto e o impacto positivo deles na rotina das famílias de pessoas com TEA é extremamente positivo.

“O colete sensorial, a pasta de comunicação alternativa e o abafador auditivo têm transformado a vida de milhares de pessoas com TEA que conseguem ter o de forma particular. Nossa luta é garantir que esse direito seja ampliado para todas as famílias brasileiras que convivem diariamente com o transtorno do espectro autista, principalmente aquelas de baixa renda. Tivemos uma reunião importante com o presidente Lula e com o ministro Padilha sobre essa questão, para possibilitar que SUS possa fornecer e distribuir os materiais especiais”, destacou o deputado.

Na oportunidade, Padilha ainda reforçou a prioridade que o Ministério da Saúde e o Governo Federal tem dado ao tema, inclusive com uma novidade recente inserida na nova Caderneta de Saúde da Criança, lançada recentemente de forma digital.

“Todo pai, toda mãe, professores e as famílias podem ver que a carteira tem ali uma ala direcionando como fazer o roteiro do diagnóstico, de uma suspeita do transtorno do espectro autista. O diagnóstico precoce é muito importante nesses casos para poder potencializar essa criança, cuidar dessa criança, disponibilizar os espaços adequados na escola, na saúde, nos equipamentos públicos”, finalizou o Ministro.

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“MI não é caça às bruxas, é blindagem contra fraudes”, diz Efraim

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O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho, reafirmou seu apoio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) do INSS, destacando a importância de investigar com seriedade os desvios que atingem aposentados e pensionistas.

“Não se trata de caça às bruxas, mas de criar sistemas de proteção contra fraudes reais, que afetam diretamente a vida das pessoas”, afirmou o senador, lembrando a experiência como presidente da I dos Fundos de Pensão, uma das poucas Is que geraram prisões, mudanças legislativas e resultados concretos.

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