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Paraíba

MPPB ajuíza ação de improbidade contra ex-prefeito e ex-vereador de Sapé

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação civil pública por ato de improbidade istrativa contra o ex-prefeito de Sapé, Flávio Roberto Malheiros Feliciano, o policial da reserva e ex-vereador de Sapé, José Wilson do Nascimento, e mais seis pessoas, acusadas de irregularidades em licitação e contratos de serviços de segurança celebrados em 2013 e 2014 no montante de R$ 45, 3 mil.

A ação (nº 0803384-26.2021.8.15.0351) ajuizada pela promotora de Justiça de Sapé que atua na defesa do patrimônio público, Paula da Silva Camillo Amorim, tramita na 3ª Vara Mista de Sapé. Além do ex-prefeito e do ex-vereador, também são alvos os então integrantes da Comissão Permanente de Licitação da Prefeitura de Sapé, Pedro Freire de Sousa Filho, Ana Paula Gomes da Silva e Elaine Cunha da Silva, além de três pessoas de origem humilde, que segundo as investigações, foram usadas como “laranjas” para representarem empresas de segurança “de fachada” no processo de licitação: João Francisco dos Santos, Sangramour Aparecida Fronterotta e Márcio Gomes de Oliveira.

O MPPB requer liminarmente que seja decretada a indisponibilidade dos bens de Flávio Feliciano e de José Wilson do Nascimento e que, após a regular instrução da ação, sejam impostas ao policial da reserva e ex-vereador de Sapé as sanções previstas no artigo 12, incisos I, II e III da Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade istrativa), por enriquecimento ilícito, fraude em procedimento licitatório e violação dos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições.

Em relação ao ex-prefeito, a Promotoria requer a condenação dele por permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado, realizar operação financeira sem observar normas legais e frustrar a licitude de processo licitatório, permitindo ou facilitando para que terceiro se enriqueça ilicitamente.

Para os três ex-integrantes da Comissão de Licitação e os três “laranjas”, o MPPB requer a condenação às sanções impostas no artigo 12, incisos II e III da Lei de Improbidade por terem frustrado processo licitatório, por violação aos deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições e por ato visando fim proibido em lei.

Investigações

A ação civil pública é um desdobramento do inquérito civil público nº 064.2019.000719, instaurado a partir de denúncia formulada por um vereador de Sapé, noticiando que o então vereador José Wilson, aliado do prefeito à época, Flávio Feliciano, estaria se valendo de um “laranja”, o auxiliar de limpeza João Francisco do Santos, para viabilizar contratações feitas, em 2013 e 2014, entre a Prefeitura de Sapé e a empresa de segurança privada Protetor Segurança e Eventos, nome fantasia da microempresa João Francisco dos Santos-ME.

Após diligências – como análise de dados do Sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado, de contratos e empenhos realizados pela Prefeitura, oitivas dos envolvidos e de testemunhas e análise de dados fiscais e bancários dos investigados pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do MPPB -, a Promotoria de Justiça concluiu que foram praticadas irregularidades nas contratações celebradas pela Prefeitura com a empresa João Francisco dos Santos-ME, nos anos de 2013 e 2014, para prestação de serviços de segurança, incluindo o de segurança desarmada durante os festejos juninos.

A Promotoria aponta que o Convite nº 09/2013 foi fraudado, que as empresas convidadas (Guardiões e Comando Segurança) eram instrumentárias, usadas para aparentar falsamente o respeito à competitividade no certame, que os atos foram montados e as propostas foram falsamente preenchidas, tudo para garantir que se sagrasse vencedora a empresa João Francisco dos Santos-ME.

Sem autorização

O MPPB também constatou que nenhuma das três empresas participantes possuía registro de autorização para funcionamento de atividade segurança privada e que a empresa vencedora também era de “fachada” e que fora aberta e usada para garantir que os contratos fossem firmados com várias prefeituras, para beneficiar diretamente José Wilson, à epoca vereador de Sapé e que depois veio a assumir o cargo de Superintendente da DMTRANS de Sapé, sendo, portanto, impedido de contratar com o município.

Foi apurado também que as ilicitudes não se restringiram ao município de Sapé e que a empresa fantasma também foi parte em vários contratos feitos com as prefeituras de Cuité de Mamanguape, Riachão do Poço e Sobrado, entre 2011 e 2015, tendo recebido dos referidos entes municipais o montante de R$ 72, 7 mil.

Segundo a Promotoria de Justiça, ficou comprovado que José Wilson era o contratado e o empresário de fato, em relação aos serviços de segurança privada pagos pelo município; enquanto que João Francisco foi utilizado como “laranja”, emprestando seu nome para dar aparência de legalidade às diversas fraudes perpetradas.

Em relação às outras duas pessoas que se apresentaram como representantes das empresas, ficou constatado que são pessoas simples, sem instrução, totalmente alheias a questões do mercado de prestação de serviços, de istração de empresas e de contratações com o poder público e que teriam sido ‘recrutadas’ para participarem da licitação feita apenas no ‘papel’, pois, de fato, as propostas nunca foram por eles apresentadas e nunca houve intenção de concorrer, nem de executar o objeto do contrato.

O MPPB também constatou que houve ilegalidade no processo de pagamento, que foi antecipado e que o município não conferiu, de fato, se o serviço contratado foi executado.

 

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Paraíba

STF analisa recurso de indeferimento da candidatura de ex-prefeito de Cachoeira dos Índios em 2020

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O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta quarta-feira (23/04) um recurso contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve o indeferimento do registro de candidatura de Allan Seixas de Sousa, reeleito prefeito de Cachoeira dos Índios (PB) em 2020, que havia ocupado o cargo por oito dias menos de seis meses antes da eleição e foi reeleito em seguida.

O caso

Nas Eleições 2020, Allan Seixas de Sousa foi reeleito prefeito de Cachoeira dos Índios (PB), teve o registro de candidatura indeferido e recorreu contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que manteve o indeferimento porque ele havia ocupado o cargo por oito dias (entre 31/8 e 8/9 de 2016), menos de seis meses antes da eleição. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), a nova eleição configuraria um terceiro mandato consecutivo, o que é vedado pela Constituição Federal.

O TSE, por sua vez, entendeu que a decisão está de acordo com a jurisprudência eleitoral de que o exercício do cargo seis meses antes da data do pleito é causa de inelegibilidade, independentemente do período ou do motivo da substituição e da ausência de atos de gestão relevantes.

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CMJP aprova Sistema Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

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A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) aprovou o Sistema Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos. O Plenário também aprovou, na Sessão Ordinária da terça-feira (22/04), dois Projetos de Decreto Legislativo (PDL) com homenagens a personalidades pessoenses.

O Projeto de Lei Ordinária 130/2025, de autoria do Executivo Municipal, aprovado, institui o Sistema Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, visando regulamentar, em âmbito municipal, a gestão desses detritos, em consonância com a Resolução CONAMA nº 307/2002, que estabelece diretrizes e normas para o gerenciamento, a disposição e a destinação ambientalmente adequada desses resíduos. A matéria recebeu votos contrários dos vereadores Milanez Neto (MDB), Marcos Henriques (PT) e Fábio Lopes (PL). Já o vereador Carlão (PL) absteve-se da votação.

Também foram aprovados dois Projetos de Decreto Legislativo (PDL) com homenagens a personalidades pessoenses, pelos relevantes serviços prestados à cidade de João Pessoa. O PDL 33/2025, de Carlão, concede o Título de Cidadão Pessoense ao Padre Gabriel Dos Santos Vila Verde Santana. O PDL 31/2025, de Raoni Mendes (DC), concede a Comenda Sivuca ao músico paraibano Yuri Gonzaga.

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Paraíba

Guguinha denuncia manobra da SAF do Botafogo-PB e lamenta venda do mando de campo

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O vereador Guguinha Moov Jampa (PSD) utilizou o tempo do Grande Expediente na sessão da terça-feira (22/04), na Câmara Municipal de João Pessoa, para criticar a decisão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Botafogo da Paraíba de vender o mando de campo da partida contra o Flamengo pela terceira fase da Copa do Brasil. Com a decisão, o jogo será realizado em São Luís do Maranhão, e não mais na capital paraibana.

“Gostaria de lamentar a decisão da Sociedade Anônima de Futebol do Botafogo da Paraíba de vender o mando de campo do jogo que faria com o Flamengo em nossa cidade”, declarou o parlamentar.

Guguinha afirmou que a escolha da SAF causa danos significativos à imagem do futebol local e afasta a torcida do clube. “Se trata de uma decisão que traz prejuízos gigantescos à imagem do futebol paraibano, ando uma ideia de time pequeno, e impedindo não só a torcida de ver o jogo, como incentivar o clube em busca de um resultado positivo nessa partida.”

O vereador também criticou a conduta da SAF diante dos torcedores do Botafogo-PB. “A SAF do Botafogo, desde o início, adotou uma estratégia de chantagear os torcedores do Belo, ando a ideia inicial de venda do mando, depois de garantia de que não iria vender para forçar a associação de torcedores, e a oferta de ingressos com preços exorbitantes, e que, após a reação da torcida, que não aceitou essa forma nociva da SAF, resolveu vender o mando para fugir da solução dos problemas que poderiam serem resolvidos se houvesse amor pelo clube e pela torcida.”

Para Guguinha, o caso evidencia mais uma situação em que o interesse financeiro sobrepõe-se ao sentimento e à cultura popular. “Lamento que, mais uma vez, o capital esteja vencendo um patrimônio do povo brasileiro, em especial dos pessoenses, que é o futebol, o Botafogo, o Belo da Maravilha do Contorno.”

O vereador finalizou levantando suspeitas sobre a operação. “Existe algo de muito estranho nesse movimento da SAF e oportunamente irei aprofundar aqui.”

Sobre a venda do mando de campo:

A venda do mando de campo ocorreu dias após a torcida do Botafogo-PB protestar contra os altos preços dos ingressos e a divisão das arquibancadas para o jogo com o Flamengo. Diante da repercussão negativa, a diretoria optou por negociar a realização da partida fora da Paraíba. O CEO da SAF, Alexandre Gallo, confirmou que o confronto será disputado em São Luís do Maranhão, alegando que a proposta recebida foi a maior da história do futebol brasileiro — embora os valores não tenham sido divulgados oficialmente. A medida, segundo a direção, visa acelerar investimentos na estrutura do clube, mas gerou forte reação entre torcedores e personalidades locais.

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